A missão enviada pelo Governo Federal para dar auxílio à população vítima de terremotos no Haiti se deslocou, nesta quarta-feira (25), para montar uma base operacional na cidade litorânea de Les Cayes, a 200 quilômetros da capital Porto Príncipe.
A cidade foi escolhida para sediar o centro de operações da missão brasileira por ficar em uma região duramente atingida pelo desastre natural.
A equipe brasileira se desloca por terra da capital até a cidade litorânea. O trajeto é complicado devido aos danos causados pelo terremoto, como explica Armin Braun, coordenador da missão e diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, o Cenad.
“Nenhuma grande equipe ainda se deslocou por terra por várias questões, questões de segurança, é um trecho bastante complicado, questões do próprio tráfego na rodovia, em alguns pontos a rodovia tem danos, possivelmente vamos encontrar mais alguns que são relacionados ao terremoto que aconteceu na região, algumas infraestruturas bastante comprometidas como pontes.”
A missão humanitária ao Haiti é liderada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, o MDR, e conta com a participação dos Ministérios das Relações Exteriores, da Defesa, da Saúde e da Justiça e Segurança Pública.
No país caribenho, estão mais de 30 bombeiros militares do Distrito Federal e de outros estados brasileiros, que levaram, em um avião cargueiro da FAB, mais de 10 toneladas de medicamentos e insumos estratégicos.
De acordo com Braun, a missão brasileira vai se juntar a equipes de outros países para auxiliar o povo haitiano.
"O objetivo é chegar em Les Cayes e montar uma base de operações e de coordenação de atividades do governo brasileiro junto com o governo haitiano e também com agências de outros países e outras agências internacionais, como as Nações Unidas, que já estão lá. O trabalho de coordenação já está acontecendo com essas agências, as equipes já estão prontas para atuar e, ao chegar lá, já vão se organizar para iniciar alguma atividade de busca e salvamento e também fazer apoio e assistência humanitária à população daquele país."
Fonte: Brasil 61