SAÚDE – VACINAÇÃO: Durante ato de vacinação em Brasília, neste sábado (24), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga pediu apoio de pais e responsáveis de crianças menores de cinco anos, e de gestores, para aumentar a cobertura vacinal contra a pólio. Até o momento, 6 milhões de crianças foram imunizadas contra a doença em todo o país.
A poucos dias do fim da campanha nacional de vacinação contra a poliomielite e de multivacinação, a ser encerrada na próxima sexta-feira (30), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, convocou pais e responsáveis de crianças para o que chamou de "cruzada" contra a doença que causa paralisia infantil.
A fala do ministro ocorre diante dos números de cobertura vacinal registrados até o momento. Segundo o ministério da Saúde, 6 milhões de crianças foram imunizadas contra a pólio em todo o país. Esse número representa cerca de 42% do público-alvo, formado por 14,3 milhões de crianças menores de cinco anos de idade.
Queiroga fez a convocação neste sábado (24), durante ato de vacinação no Parque da Cidade Sarah Kubitschek, em Brasília (DF). A ocasião também marcou as comemorações dos 32 anos do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Agora, temos um grande desafio: não permitir que a poliomielite seja reintroduzida no Brasil. Temos 15 milhões de crianças para vacinar e vamos fazer uma grande cruzada para ampliar a cobertura vacinal para proteger as crianças do Brasil”, afirmou o ministro da Saúde.
Queiroga também convocou gestores estaduais, municipais e trabalhadores do SUS a se empenharem no trabalho de vacinação. “Precisamos trazer os pais e os avós para vacinar pelo menos 95% dessas crianças”, pediu. Vamos continuar furando a sola dos sapatos para vacinar cada uma das crianças do nosso Brasil”, finalizou.
Os estados com as menores coberturas vacinais contra a pólio são Roraima (22,2%), Acre (22,9%), Rio de Janeiro (29,5%), Rondônia (34,5%), Pará (35,8%) e Goiás (38%). Os dados são do painel da campanha vacinação contra poliomielite, montado pelo ministério da Saúde, a partir das notificações feitas por estados e municípios.
O último caso de infecção pelo poliovírus selvagem no Brasil foi em 1989. Esse vírus é o causador da Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, uma doença contagiosa aguda que pode infectar crianças e adultos e deixar importantes sequelas.
A doença pode causar desde sintomas leves, como um resfriado comum a problemas graves no sistema nervoso, como paralisia irreversível, principalmente em crianças com menos de cinco anos de idade e, em casos mais graves, pode levar a óbito.
O país recebeu o certificado de eliminação de pólio em 1994, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos preocupa especialistas da saúde. Em 2021, o percentual ficou abaixo de 70%, sendo que o ideal é que 95% das crianças menores de cinco anos estejam vacinadas.
Um sistema “forte, universal, gratuito, justo, integral, solidário e social”. Assim foi celebrado o aniversário de 32 anos do SUS, durante o ato deste sábado, em Brasília.
“O SUS inclui todos os brasileiros dentro de uma perspectiva de assistência à saúde universal, integral, igualitária e gratuita. Portanto, é um patrimônio de cada um dos mais de 210 milhões de brasileiros”, destacou Queiroga.
Além de gestores do ministério da Saúde, participaram da solenidade a secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Maria Florêncio, e a médica costariquenha Socorro Gross, representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). “Comemoramos um SUS forte, que todos os dias está no lar das pessoas e que mostrou para o mundo e para nós das Américas ser o alicerce e solidário com os dez países que têm fronteira”, agradeceu Socorro Gross. “O SUS se renova todos os dias”, acrescentou.
Regulamentado dois anos após a Constituição Federal de 1988 pela Lei nº 8.080, o Sistema Público de Saúde atua em todo o território nacional, promovendo serviços de prevenção, vacinação e controle das doenças, além de atuar na assistência farmacêutica, educação, promoção e gestão da Saúde.
Fonte: Brasil 61