O ano novo abre suas portas para receber milhares de novos dirigentes nos municípios brasileiros, num total de 67.800 cargos, sendo 5 565 prefeitos, 5 565 vice-prefeitos e 56 810 vereadores, segundo informa o TSE.

Em cada um desses municípios do Brasil, o ano começa cheio de expectativas, dúvidas, inquietudes. Os prefeitos eleitos e seus vices, enquanto não brigarem, precisam atender aos acordos feitos durante a campanha e arranjar cargos para acomodar os parceiros de caminhada. Há lugar em que vai faltar cargos públicos e vai ser preciso criar alguns do tipo Secretário Extraordinário e outros.

Essa é uma visão global, no país que, na verdade são muitos brasis.

Dirigindo o foco para o município de Paulo Afonso, onde vivem e mourejam 120 mil almas, quais são as expectativas para esse novo ano, de 2021?

Uma das preocupações primeiras dos dirigentes eleitos em 15 de novembro é a convivência com a pandemia que paralisou a vida de muitos e que, teimosamente, decidiu continuar a caminhada durante o novo ano... Para combate-la, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores precisam continuar a luta intensa que vem sendo travada há mais de 9 meses e lutar muito para que se tenha logo a bendita vacina, tão polêmica, para que se possa tocar a caminhada de forma mais ou menos normal...

E Paulo Afonso, exatamente por conta das ações desse vírus, termina e começa o ano administrativo da Prefeitura de forma inusitada.

O vice-prefeito, Flávio Henrique, que foi candidato a vice-prefeito em chapa de oposição ao prefeito com qual foi eleito em 2016, concluiu a gestão municipal do ano de 2020, porque, reza a Lei Orgânica do Município, que após a ausência do prefeito, por 20 dias ou mais, assume o vice-prefeito. E o prefeito da gestão 2017/2020, Luiz de Deus mesmo em avançado estágio de recuperação da Covid que o fez ficar um mês em São Paulo assume a sua terceira gestão do município de forma remota e deverá contar muito com a ação do vice-prefeito e dos seus secretários, alguns por certo, novos, para gerir o município.

Reeleito em 2020, e por estar hospitalizado, foi diplomado pela Justiça Eleitoral no dia 16 de dezembro, de forma remota. E assim também foi empossado pela Câmara Municipal de Paulo Afonso.

E a gestão já começa com um enorme problema além da continuada luta contra o Covid. É que a Chesf, em nota publicada na imprensa nas últimas horas do dia 31, depois de rir-se e ironizar a gestão municipal  ou “mangando de nós” como falou o vereador Zezinho do INPS em seu discurso de posse e escreveu Edson Mendes em artigo chamado Mingau e Chacota, comentado pelo cronista e professor Francisco Nery no site www.folhasertaneja.com.br (veja matéria no link abaixo) confirma o total desligamento da empresa da gestão do Hospital Nair Alves de Souza que cai no colo da gestão municipal como um grande “cavalo de Tróia”.

O ano começa também com muitas especulações sobre as mudanças proclamadas pelos ex-prefeitos Paulo de Deus e Raimundo Caires, aliados do prefeito reeleito, Luiz de Deus e que ainda não aconteceram, segundo um dos atuais Secretários Extraordinários, no final do ano “porque o prefeito Luiz de Deus, do hospital de São Paulo, ainda não deu a sua palavra final...”

Enquanto isso, a Chesf, que deveria ser a maior parceira do município em várias áreas, inclusive na Saúde e no Turismo, se fecha, literalmente. Em sua área de gestão estão os maiores atrativos turísticos do município de Paulo Afonso e eles estão fechados ao público desde março de 2020 e um deles, o teleférico, não funciona há cerca de 10 anos...

O ano de 2021 começa, para a gestão municipal, de fato, com dúvidas e inquietudes.

Na sessão de posse dos vereadores e do prefeito e vice-prefeito de Paulo Afonso o Deputado Federal Mário Jr. elencou várias ações suas que trazem um alento para a vida do Hospital Nair Alves de Souza e para a saúde de forma geral, além de outras áreas nesta gestão do Prefeito Luiz de Deus e Marcondes Francisco.

Vale então para cada um que mora nesse município e que o ama de verdade, aparelhar-se de toda a reserva de fé e de esperança para acreditar, como sugere Max Lucado em um dos seus bons livros que

“Dias Melhores Virão” e onde orienta “como curar a dor e reconquistar a esperança quando nada parece dar certo”.

Por enquanto, prevalece a canção “O Amanhã”, interpretada por Simone, onde se questiona: “Como será amanhã? Responda quem puder”.

E, não adianta recorrer a bola de cristal, jogo de búzios, cartomante, ciganas. É preciso colocar Deus na causa.

Claro que as alternativas sugeridas pelo Deputado pauloafonsino, Mario Jr. são, como disse, um alento para tantas ansiedades, mas vai ser preciso muita união, trabalho de muitos outros deputados que costumam levar os votos dos eleitores de Paulo Afonso e só voltar quatro anos depois para buscar outros votos. Esse, pelo menos, foi o compromisso de muitos vereadores empossados no dia 1º de janeiro de 2021: cobrar ação efetiva dos seus deputados.

Ah... e lembrar a eles que daqui a dois anos é a vez da eleição deles... ou não.

Ainda sobre o episódio do Hospital Nair Alves de Souza, cuja lentidão da decisão sobre o seu destino levou o governador Rui Costa a chamar esse processo de “novela mexicana”, insisto que leiam ou releiam a reflexão chamada Mingau e Chacota e vejam o link que está nela.

Esse texto de Edson Mendes foi publicado neste site www.folhasertaneja.com.br no dia 18/12/2020, às 23:12h. e foi lido por 107 internautas. Veja nesse link:

https://www.folhasertaneja.com.br/noticias/opiniao/508224/1