Vejo em um site - www.calendarr.com – informações interessantes sobre o dia 7 de janeiro, considerado como o Dia do Leitor e a sua origem.
O que nos deixa também felizes é que essa data é uma invenção boa de nordestinos, de cearenses. Veja o que diz o site:
“O Dia do Leitor é comemorado anualmente em 7 de janeiro.
Esta é uma data dedicada às pessoas que são apaixonadas pela literatura, ou seja, que amam livros!
Ninguém nasce sendo um leitor. O interesse pela literatura é algo que se desenvolve no ser humano através dos anos, a partir de influências positivas relacionadas ao ato de ler.
O hábito da leitura é importante para exercitar as capacidades de comunicação, interpretação e de cognição das pessoas.
A literatura ainda é celebrada no Brasil em outras datas ao longo do ano, como o Dia da Literatura Brasileira, comemorada anualmente em 1 de maio; e o Dia Nacional do Livro, em 29 de outubro.
Origem do Dia do Leitor
O Dia do Leitor foi criado em homenagem à fundação do jornal cearense “O Povo”, criado em 7 de janeiro de 1928, pelo poeta e jornalista Demócrito Rocha.
Neste jornal, que ficou conhecido por combater a corrupção e divulgar fatos políticos, existia um suplemento chamado “Maracajá” que se tornou um espaço de divulgação do movimento modernista literário cearense na época.
As obras de Demócrito Rocha são de grande importância para a cultural regional. O autor pertenceu à Academia Cearense de Letras, enquanto era vivo.
Aqui em Paulo Afonso, ao criarmos o jornal Folha Sertaneja em 18 de fevereiro de 2004, sempre nos preocupamos em abrir generosos espaços para cronistas, para difundir a literatura, para divulgar de forma mais intensa possível a arte literária, especialmente com o foco na Academia de Letras de Paulo Afonso que, a partir de setembro de 2017, me chamaram para dirigir.
Pessoalmente tenho escrito coisas que falam da nossa terra e da nossa gente, registrando os acontecimentos da história regional em 6 livros, 6 revistas autorais e outros cinco livros de que participei ou fui o seu organizador.
Mas, o que nos alegra é ver dezenas, quase um centenas de leitores, ainda crianças e adolescentes agarrados com os livros que lhes chegam às mãos e muitos deles, estimulados por essa leitura, já se arriscam a escrever alguns poemas e têm marcado presença nas Antologias poéticas produzidas por instituições culturais da região, inclusive da recente Antologia de Poetas de Paulo Afonso, organizada por mim para a Academia de Letras de Paulo Afonso – ALPA.
Esses muitos jovens leitores e muitos já escritores, ganharam o gosto pela leitura a partir de projetos simples mas muito envolventes e ainda não devidamente valorizados pelos órgãos públicos.
Um desses projetos chamada Leitura – a Chave do Mundo, funcionou durante alguns anos junto à Secretaria Municipal de Educação e com o apoio do jornal A TARDE, de Salvador. Era coordenado pela Professora Maria do Carmo, conhecida como Carmem. Com a mudança da gestão da Secretaria de Educação, a professora Carmem foi afastada desse projeto e a Secretaria de Educação criou outro chamado Leitura e Descoberta – Viaje nessa ideia, mantido por esta Secretaria de Educação em algumas escolas municipais.
A Professora Carmem, que trabalha na Escola Municipal João Bosco Ribeiro, criou então o Projeto Leitura: Luz do Aprender que também já tem poetas e poetisas participando de Antologias da região.
Paralelamente ao Projeto – a Chave do Mundo, nasceu outro projeto chamado Aventureiros da Leitura, uma iniciativa de uma estudante de Pedagogia e de Letras, Lúcia Nascimento que atua na biblioteca da Escola Municipal Manoel Nascimento Neto que vem dando muito certo. Dentre os muitos leitores, que têm participado de programa de rádio, declamando poesias também da autoria deles, mais de 40 jovens já têm participado de Antologias como uma realizada na cidade de Santa Brígida, na Bahia em outra Antologia em Porto da Folha, Sergipe e 15 deles estão com seus trabalhos na Antologia de Poetas de Paulo Afonso, produzida pela ALPA.
E há o Professor Danilson que tem feito seus alunos voarem alto, produzindo textos que estão em publicações pelo Brasil a fora...
Para apoiar esses jovens leitores que se tornam escritores, a Academia de Letras de Paulo Afonso tem um projeto chamado O Escritor vai à Escola, onde os escritores chegam às escolas para conversar com os seus leitores.
No Dia do Leitor queremos deixar o nosso abraço e o incentivo para todos aqueles que dedicam um pouco do seu dia para viajar nas páginas de um livro, de uma revista, de uma publicação.
Como já dizia Castro Alves, “oh bendito o que semeia, livros, livros à mão cheia e manda o povo pensar”.
Monteiro Lobato também disse que “um país se faz com homens e livros” e que “quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê”.
Ah!, no Dia do Leitor, deixamos aqui o nosso apelo aos governantes, presidente da República, ministros, governadores, deputados, senadores, vereadores. Criem leis, senhores, disponibilizem mais recursos para a cultura literária para que se produza livros mais baratos e para que, independente das bibliotecas públicas, muito mais crianças, jovens, adolescentes, adultos de todas as idades tenham mais livros às mãos, “livros à mão cheia”, e possam ler, ler muito, ler mais ainda e se tornarem cidadãos conscientes do seu papel nesta sociedade.
Ah! Se não fossem os leitores, muitas vezes tão generosos com o que escrevemos, o que seria de nós, pobres escritores, sonhadores.
Como disse o educador e escritor de mais de 100 livros, Rubem Alves, nós, escritores, escrevemos para nos manter vivos. Cada palavra é uma semente que deixamos pelos caminhos da vida. Como ele, esperamos que essas sementes germinem e cresçam com árvores fortes e que elas sejam todas caraibeiras que, na Primavera cobrem de ouro as ruas das cidades com suas flores.
Os que escrevem livros, textos, histórias, poesias, livros, são os escritores, que nada seriam se não fossem os leitores que colocam seus olhos sobre as páginas que todos nós, um dia escrevemos...
E os que incentivam a leitura e a escrita precisam, merecem o apoio e o reconhecimento de secretários municipais, prefeito, vereadores. O valor do seu trabalho é imenso e tem sido pouco reconhecido e apoiado. Acordem todos! Ainda é tempo!!!
Paulo Afonso pode ser uma grande referência para a região e para o mundo. E para isso, é preciso apenas que muitos enxerguem com clareza o que vêem com pouca nitidez. Um pouquinho de apoio e de reconhecimento e é só colher os frutos, amanhã
Portanto, aplausos para os incentivadores da leitura e da escrita e para o Leitor, hoje e todos os dias!!!
Professor Antônio Galdino da Silva
Presidente da Academia de Letras de Paulo Afonso
Diretor do jornal Folha Sertaneja e site www.folhasertaneja.com.br
E-mail – professor.gal@gmail.com
Whatsapp – 992341740
Instagram - professorgaldino
Marta Tavares e Maria José: Que bom ver um texto lido por pessoas como vocês. Tive conhecimento que Marta, em 2020, leu mais de 170 livros. Mazé, enquanto professora em Paulo Afonso sempre foi uma devoradora, no bom sentido, dos escritos que lhe chegavam às mãos, o que continua fazendo e escreve seus poemas, muito bem. Já escreveu livros, desde os tempos do Modernismo, no final do século passado... Uma pequena amostra do seu trabalho recente está na Antologia de Poetas de Paulo Afonso, nas páginas 84 a 86. Muito obrigado às duas, exemplos de leitoras! Abraço fraterno. Galdino
Excelente texto que li com gana e prazer. Gana por saber das notícias literárias da cidade que amo a distância e prazer por sabê-la berço que acalanta tantos outros que percorrem os mesmos caminhos que percorri, quando por aí estive. Sinto-me orgulhosa de ter iniciado minha caminhada literária nessa terrinha amada.Parabéns aos literatos e em particular a Folha Sertaneja que sempre está a frente, incentivando e promovendo a cultura de Paulo Afonso.
Linda efeméride. Ótimo texto. Parabéns a todos que incentivam a leitura, que são conquistados pelas palavras.