Os últimos tempos têm nos trazido o baque constante de notícias de perdas de gente com quem convivemos por um pequeno tempo que tenha sido mas que deixou marcas de sua passagem em nossa vida, em nossa caminhada.
Há dias, ficamos impactados com a viagem inesperada de Voldi Ribeiro, sociólogo, pesquisador das coisas do Nordeste.
No outro dia, chega a notícia da ida prematura da nossa colega Professora Luci Henrique e logo depois chega outra triste notícia da viagem sem volta da colega Professora do COLEPA, Maria do Carmo, que era também muito querida como Vice-diretora do Colégio Polivalente, da Rede Estadual de Ensino da Bahia, de onde tinha se aposentado há três ou quatro meses.
Foi-se Luiz e outros Luízes, Josés, Marias, ocupam leitos de UTI buscando a cura para retornar ao seio das famílias.
A insensível e fria estatística mostra números sempre crescentes de doentes, também de curados e das dezenas de pessoas mortas pelo Covid em Paulo Afonso, 69, pelos últimos boletins divulgados pelos órgãos responsáveis por estas informações.
E, na luta heróica para nos manter vivos, nos enjaulamos, nos prendemos em nossas casas e parece que, a cada dia, precisamos ir para os cômodos mais do fundo, mais para dentro das casas, recolhidos que estamos às nossas tendas como fortalezas de salvação.
Estávamos manuseando alguns livros de autores da região e me deparei com um chamado de Crônicas do Encontro, de Cloves Marques com uma dedicatória do autor para mim, datada de 20/12/1994, o ano em que este livro foi publicado.
Em seguida comecei a escrever sobre o tempo de tantos desencontros que vivemos nos dias atuais.
Enquanto acompanhava as mensagens que chegam a todo instante pelo Whatsapp, trabalhava a ideia de escrever sobre esses fatos, fazendo uma avaliação desse quadro medonho e aterrorizante que nos invade a todo instante e me deparo com a notícia do falecimento de Clóves Marques, engenheiro da Chesf, poeta, cronista, escritor premiado com oito livros publicados, nascido em Delmiro Gouveia/Alagoas, o autor de Crônicas do Encontro que acabava de folhear...
Ele, irmão da Professora Cida, cunhado de Carlos Daniel, filho do Sr. Antônio Marques que durante muitos anos trabalhou no comércio na Av. Getúlio Vargas, de uma sensibilidade poética pouco comum aos engenheiros que precisam tratar de números frios, das réguas de cálculos, dos princípios matemáticos...
Cloves escreveu vários outros livros, quase sempre inspirado na cultura japonesa, como ele declara em entrevista concedida a uma rede de Televisão do Recife (Veja o vídeo no final do texto).
Quase um ano depois que o Covid tem feito milhões de vítimas em todo o mundo, vemos os leitos de UTI cheios e uma luta intensa nos profissionais da área da saúde, muitos deles vítimas deste mal, atuando como heróis anônimos, para salvar vidas e nem sempre têm o êxito que esperam e para o que tanto lutam.
Em cada um de nós, renova-se a esperança que a vacina ainda salve a muitos. Uns, no entanto, não conseguiram ser alcançados por ela a tempo e partiram, deixando um vazio imenso, nos deixando entristecidos, sem ação, pesarosos, vivendo intensamente pela renovação permanente da nossa FÉ, a esperança que dias melhores virão e haveremos de voltar a nos abraçar...
Para todos os familiares de Cloves Marques, Cida e Carlos Daniel e filhos e outros familiares e de tantos que sofrem pela despedida prematura daqueles seus mais queridos, o nosso fraterno e virtual abraço.
Errata : CLOVES e não acliv s
Convivi com aclives nos idos de 1994/95, na DA da CGESF. O qu mais nos cativava era a sua fidalguia e a sua dedicação ao próximo. Verdadeiro espírito cristão. Descanse em paz amigo.
Errata: de quando comentávamos o lançamento.....
Ainda chocado com a perda do meu querido professor Clovis e mais tarde, companheiro de trabalho na Chesf.Lembro com saudade deputando comentávamos o lançamento de mais um livro que guardo autografado .Como nada é permanente e tudo é passageiro, fica a saudade é o pesar a toda a sua família.Siga em paz o seu caminho, amigo 🕊🕊🕊 !!!fienx3
Como pauloafonsino de criação já admirava a Familia Marques pela educação que o Sr. Antônio dava aos seus filhos. Na 2ª série ginasial tive o prazer de ter o Cloves como Professor de Matemática que, pela sua tranquilidade na forma de ensinar uma matéria tão complexa tornando-a tão acessível, me encantei pelas ciências extatas. O segundo momento de convivência ocorreu quase 30 anos após, no Gabinete da Diretoria Administrativa da CHESF, onde conheci mais de perto sua verve poética, inclusive acompanhando a edição do citado livro. Posso afirmar que sempre foi uma pessoa do bem e que DEUS dê o conforto necessário a sua Familia para superação dessa irreparável perda.
VAI EM PAZ GUERREIRO
Convivi por muito tempo com a família Marques em Paulo Afonso, quando me aproximei um pouco mais com Cloves,fomos grandes amigos e como lamento essa grande perda,ele se foi,mas nos deixou um grande legado,que Deus o receba no Reino da Glória!
Obrigado pela homenagem, amigo!Tive a pouco com minha Tia que lembrou de você e ficou feliz com homenagem.Vai deixar saudades.Forte abraço
Que notícia tão triste a partida desse grande poeta.Uma pessoa muito sensível e amável com todos. Convivemos juntos na Chesf.Meus sentimentos para tida família e que Deus conforte a todos. Vá em paz meu amigo.
Conheci o Cloves como professor de matemática no Colégio Sete de Setembro, em Paulo Afonso, nos anos de 1960. Desde então tornamo-nos bons amigos. Eventualmente conversávamos sobre poesia. Depois, na Chesf, já no Recife, falávamos de Gramática. Por último, em sua posse numa Academia de Letras. Por um tempo, a existência nos separa... Ficam as boas lembranças e a saudade - renitente... A vida fica conosco.
Que triste notícia. Quanta saudade!
Obrigado pela correção, Prezado Paulo Lopis. Texto corrigido. Abraço fraterno.
Meu professor querido, gente que tristeza.
Clóvis era filho do comerciante Antônio Marques. Antônio exalto era outro comerciante.suas lojas ficavam na Av Getúlio Vargas.