Rogério Xavier, Superintendente de Cultura de Paulo Afonso e Rubinho Lima, editor do livro de Voldi Ribeiro, me enviam link de matéria publicada pela jornalista Melina Dalboni que fala sobre esse livro chamado Lampião e o nascimento de Maria Bonita, publicado em 2019, no qual se mostra que a data de nascimento de Maria Bonita foi 17 de janeiro de 1910 e não 8 de março de 1911 como trazem os livros anteriores a esta descoberta.
De fato, a data do nascimento de Maria Bonita foi celebrada durante décadas e tem sido citada em dezenas de livros por muitos anos como sendo o dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher. Essa referência se tornou habitual, levando-se em conta que um dos seus defensores foi o renomado escritor, modelo de todos os outros que estudam o cangaço, Dr. Antônio Amaury Corrêa, falecido recentemente, em 26 de fevereiro, em São Paulo, aos 86 anos, como noticiou este site. Dr. Antônio Amaury já havia reconhecido a descoberta fantástica de Voldi Ribeiro.
Em Paulo Afonso, dentre os admiradores e fiéis seguidores do Dr. Antônio Amaury estão os escritores Luiz Ruben, João de Souza Lima e o próprio Voldi Moura Ribeiro, também falecido em 20 de janeiro.
Em intensa pesquisa, que levou anos, o sociólogo Voldi Ribeiro, apoiado pelo também pesquisador das coisas no Nordeste, Padre Celso da Anunciação, hoje morando na Alemanha, encontrou nos registros da Igreja Católica da Paróquia de Jeremoabo, a anotações da certidão de batismo de Maria Gomes de Oliveira, que viria a ser conhecida internacionalmente como Maria do Capitão, Maria Bonita e nesta certidão de batismo, reconhecido documentalmente, na ausência de outro documento de identidade, segundo o escritor Voldi Ribeiro, consta que o seu nascimento foi em 17 de janeiro de 1910, cerca de um ano e dois meses antes da data comemorada todos os anos – 8 de março.
A descoberta de Voldi Ribeiro foi publicada inicialmente, quando ainda em sua fase de conclusão, no jornal Folha Sertaneja, edição Nº página e, quando da realização do evento Cariri Cangaço, em foi por ele defendida publicamente.
Em 2019, Voldi Ribeiro lançou o livro Lampião e o nascimento de Maria Bonita, pela Editora Oxente, de Paulo Afonso/BA, com 192 páginas fartamente ilustradas apresentando aos pesquisadores do tema cangaço esta data do nascimento de Maria Bonita: 17 de janeiro de 1910.
O tema Maria Bonita, a companheira do cangaceiro Lampião tem merecido continuados estudos, livros, filmes, documentários, teses de doutorado no Brasil e em outros países.
Ela nasceu no Povoado Malhada da Caiçara que, na época do seu nascimento pertencia ao município de Santo Antônio da Glória, hoje Glória/BA. Esse povoado, como vários outros de Santo Antônio da Glória, passou a fazer parte do território do município de Paulo Afonso/BA quando ele foi emancipado em 28 de julho de 1958.
Maria Bonita tem uma estátua de mais de dois metros de altura, em pedra sabão na Praça das Mangueiras, em Paulo Afonso e sua casa, na Malhada da Caiçara foi transformada em Museu Casa de Maria Bonita, após ser restaurada, sob a coordenação do escritor Luiz Rubem Bonfim, na gestão do Prefeito Raimundo Caires e faz parte de um dos Roteiros Turísticos do Cangaço.
Pela data de nascimento correto. 17 de janeiro, está explicado então porque ela era guerreira, forte e ao mesmo tempo sencível ao sofrimento das pessoas, as pessoas nascidas neste período, lutam sempre por uma causa, não se curva diante de ninguém e são teimosas e percistentes! Parabéns a todas as mulheres guerreiras!
Prezado professor, é com grande estima que agradeço pelo reconhecimento de tantos anos de sagaz pesquisa que culminaram em publicação inédita da verdadeira data de nascimento da cangacerira-mor pelo meu pai em seu livro. Parabéns pela matéria!!
Estimado prof Galdino, parabéns pela matéria de excelência! Obrigada pela bela homenagem ao Dia das Mulheres e em especial a homenagem pela representante feminina do Cangaço!
Excelente matéria, em um dia tão especial. Parabéns as mulheres GUERREIRAS desse nosso Nordeste.