Antonieta Moraes nasceu em 21 de janeiro de 1924 no Arraial da Chapada, região rural de Feira de Santana e faleceu no dia 22 de agosto de 2021, com 97 anos, sete meses e um dia, em São Paulo onde morava há muitos anos.
É o que nos informa suas sobrinhas Fátima Moraes, a eterna baliza do GPA/COLEPA e Lúcia Helena, esta, moradora de Paulo Afonso.
Ela estudou na Escola Normal Rural e concluiu o Curso de Magistério em 1940. Fez concurso no Estado da Bahia e foi aprovada mas, como demorou muito para ser chamada, foi trabalhar numa escola paroquial de São Félix.
Em 1947 foi nomeada como professora pelo Estado da Bahia e foi trabalhar em Paripiranga/BA.
Em 1949 ela e outras professoras foram indicadas pelo Governo do Estado para trabalhar em Paulo Afonso, nas Escolas Primárias que estavam sendo construídas pela Chesf.
Antes de vir para Paulo Afonso, precisou fazer um curso no Senai e outros treinamentos porque lhe foi dada a função de dirigir as escolas primárias e também atuar como professora dos cursos profissionalizantes do SENAI e na alfabetização de adultos.
Quando o Ginásio Paulo Afonso foi inaugurado em 5 de março de 1951, ela também assumiu a direção deste GPA.
Em um relato que fez para a família em 2014, um livreto chamado Lembranças, ela fala desses seus primeiros tempos em Paulo Afonso: “a CHESF nos proporcionava recursos para todos os setores, fazendo com que a vida dos que ali trabalhavam se tornasse agradável.”
A Professora Antonieta Moraes atuou como Diretora Social do Clube Paulo Afonso a convite do seu primeiro presidente, o Engenheiro Júlio Miguel de Freitas Filho, com quem se casou em 10 de maio de 1952, em cerimônia simples na Igreja de São João Batista, em Jeremoabo, celebrada pelo Monsenhor Magalhães.
Em dezembro desse mesmo ano, seu esposo decidiu se desligar da Chesf e o casal foi morar no Rio de Janeiro.
Antonieta Moraes foi substituída na direção do GPA pela Professora Idalina Castro Wood. Antonieta acompanhou o esposo em várias obras onde ele trabalhou, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, até que fixaram residência em São Paulo. Ali, Júlio de Freitas faleceu em 10 de outubro de 1981.
No dia 22 de agosto de 2021, com 97 anos, sete meses e um dia, ela concluiu a sua missão na terra e deixou o convívio físico daqueles a quem amou e se doou por inteira por toda a vida.
Durante quase um século ela espalhou amor e luz pelos caminhos da vida, como fez nos seus primeiros tempos de normalista, professora, diretora das Escolas Reunidas e do Ginásio Paulo Afonso, unidades de ensino criadas pela Chesf, onde esteve por pouco tempo, o suficiente para deixar boas marcas de sua passagem entre nós nos dois primeiros anos da vida do GPA - 1951 e 1952.
Sempre muito religiosa e de fé inabalável, desenvolveu, ao longo de toda a vida um trabalho social de valor imenso para muitos.
Dela, asseguram os familiares, pode-se dizer que ela viveu em toda a sua profundidade o que diz São Josemaría Escrivá de Balaguer:
“Nenhuma vida humana é uma vida isolada, mas entrelaça-se com outras vidas. Nenhuma pessoa é um verso solto: fazemos todos parte de um mesmo poema divino, que Deus escreve com o concurso da nossa liberdade”.
Deixamos aos familiares o nosso abraço de carinho e de solidariedade pela perda dessa pessoa que nem conhecemos mas que aprendemos a amar, pela história de sua dedicação ao nosso Ginásio Paulo Afonso, nos primeiros e muito difíceis primeiros anos de sua organização.
(Do livro “Os Caminhos da Educação – De Forquilha a Paulo Afonso, de Antônio Galdino da Silva- lançamento previsto para o final de setembro de 2021)
E depois dela pofessor Pimentel, Capitão Fausto, Antônio Rodrigues, professor Silva, educadores de um tempo dos bons.
Que Deus o tenha na santa eternidade dele um dia vamos todos nós encontrar ela foi uma tremenda guerreira e dona de seu lar e muito família saudades beijos abraços fiquem com o altíssimo Deus
Muitas Bênçãos Divinas!
Mais uma linda história de uma pioneira da educação em Paulo Afonso. Só gratidão. 🙏Só reforça a citação da matéria: “Nenhuma vida humana é uma vida isolada, mas entrelaça -se com outras vidas”Descanse em paz professora Antonieta.
Bonito de se contemplar, quando fé e vida são levados a sério o belo de uma existência se manifesta.