O homem humilde, desolado, olha para a escuridão da Praça das Mangueiras e sai murmurando e envolto em pensamentos...
Certamente, a seu modo, vai pensando...
- Não bastasse o desconforto de se viver dois anos sem, inclusive o constitucional direito de ir e vir, livremente, assegurado em todas as leis do país, por conta dos decretos, sempre questionáveis dos governos estadual e municipal, chega-se ao período mais festivo, alegre, colorido do ano num clima de total nostalgia, sem brilho, sem cores, sem a oportunidades dos abraços simples na praça pública ao som das canções natalinas...
Refere-se ele, conversando com seus botões, que por decisão unilateral e anunciada quebradeira do município, não se acenderam as luzes na Avenida Getúlio Vargas, para alegrar os comerciantes e os clientes, nem a Praça das Mangueiras, onde outrora ressoavam os cantos dos corais e a decoração encantava adultos, crianças e turistas.
De fato, sem a decoração tradicional dos últimos anos, a que os pauloafonsinos já haviam se acostumado e esperavam ansiosamente todos os anos, a Avenida Apolônio Sales, antes fotografada pelo grande Tavares que também nos deixou neste mês de festas para fazer companhia ao seu amigo Jânio Soares que partira dias antes, hoje é apenas uma avenida como outra qualquer em um dia qualquer, de qualquer cidade sem decoração natalina, em qualquer mês do ano... E a Praça das Mangueiras parece até mais escura...
Há muita gente reclamando dessa escuridão lamentável na Terra da Energia mas são os moradores mais simples, que também pagam impostos, que já não têm a possibilidade de ter as ceias regadas a comidas e bebidas especiais e se contentava com o brilho das árvores envoltas por milhares de luzinhas que tinham o poder de iluminar as suas tristes e monótonas vidas de todos os dias... Nem isso se teve esse ano...
Os motivos da sua falta neste ano de 2021 são avaliadas e aceitas ou não pelos moradores desta cidade e ao avaliarem isso estão também, naturalmente, avaliando a gestão municipal. Disso, todos sabem.
E, obviamente, acompanhando a tristeza e o lamento dos que se contentavam com esse ambiente de festas, pelo menos uma vez por ano, quando tinham a possibilidade de levar as crianças para uma festa grande, com músicas e guloseimas, os opositores de plantão questionam o poder público e, as redes sociais se entopem de fotos e vídeos da Praça das Mangueiras às escuras e as comparações com a farta iluminação de outros anos, quando o Natal de Paulo Afonso correu mundo nas milhares de fotos de celulares e trouxe muitos turistas para admirá-lo de perto nos anos seguintes...
Independente do custo de uma decoração de Natal, sempre negociável quanto ao valor e à data de seu pagamento, essas cores, brilho e luzes que as cidades costumam ter e que Paulo Afonso se acostumou a ver nos últimos anos, têm, segundo estudiosos do comportamento do ser humano, dos mais humildes, o poder de fazê-los felizes, de se sentirem iguais a todos que estão nas praças e nas ruas, pelo menos por um tempo e, para eles que nunca têm a oportunidade de viajar para ver as decorações de Natal em outras cidades e shoppings, essa falta é muito sentida, para ele e sua família humilde...
Na verdade, essa tradição de colorir as cidades, suas praças, levam a uma reflexão mais profunda sobre o verdadeiro Natal: o nascimento de Jesus Cristo, nascido da Virgem Maria numa humilde manjedoura, ao lado de animais do estábulo e mais que qualquer outro grande líder da história mundial, abriu o coração para o amor e a acolhida aos mais humildes, aos iguais e aos diferentes porque todos são filhos de Deus, criador dos céus e da Terra e de todo o universo.
A luz de uma estrela muito brilhante guiou reis e humildes pastores de ovelha para o encontro com o menino, o Messias, e sua história, anunciada muitos anos antes pelo Profeta Isaías, correu mundo, chegou aos povos do Século XXI...
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.
E ouvi de uma pessoa, quando se falava sobre esse assunto:
- A manjedoura, o estábulo, os animais compunham um cenário simples, rústico, rural, mas o brilho da estrela inundou de luz esse ambiente singelo...
De fato, embora o verdadeiro motivo do Natal deva estar dentro de cada um de nós, como era bonito de se ver a capital da energia fazer juz ao seu nome e ter luzes, brilhos, cores embelezando todos os lugares...
Mas, mesmo com a falta das luzes natalinas na cidade, haverá sempre todo o motivo para comemorar a data do aniversário do Salvador do mundo, Jesus Cristo. Isso sim, é o verdadeiro Natal!
Neste Natal de 2021 deixe que a luz do Salvador brilhe em você e seja você também luz para tantos que vivem na escuridão da vida.
Então, realmente, será Natal! Será um Feliz Natal para todos!
Penso eu que depois de ler um texto desse muitos cairão em si que na verdade devemos comemorar por está vivo e pela a vinda de Jesus para nos salvar, e não se entupir de vinho e farras em meio a praças publicas. estamos passando por momentos de reflexões, mal estamos conseguindo sair de uma doença está sendo anunciada outra. Então vamos se apegar mais a Jesus Cristo, pois só ele é o caminho a verdade e a Salvação.