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Professor Galdino

Fim de ano, pensando no que passou, sonhando com o que virá... De repente, uma pergunta: Como estão os teus idosos?

Publicada em 31/12/21 às 11:49h - 655 visualizações

Antônio Galdino


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Fim de ano, pensando no que passou, sonhando com o que virá... De repente, uma pergunta: Como estão os teus idosos?
 (Foto: imagens ilustrativas da Net e Arq. Jornal Folha Sertaneja)

Fim de ano, a cabeça costuma refletir sobre o que passou, as agonias que se viveu, as vitórias conseguidas, as perdas pelos caminhos da vida neste último ano.

Certamente que nessa conta entram também as alegrias, possivelmente os momentos em que agradecemos, com verdadeira emoção pelo que conquistamos.

E, aproveitando a prosa, como estão os teus idosos mais queridos?

Os que costumam ler a Bíblia Sagrada dos cristãos, ou já assistiram a missas ou cultos evangélicos, já devem ter lido ou ouvido alguém ler o capítulo 90, versículo 10 do livro de Salmos que diz o seguinte, segundo uma tradução de Almeida:

A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos”. Ou, numa versão de King James, atualizada para o Português, vai-se ler:

De fato, os dias de nossa vida chegam a setenta anos, ou a oitenta para os que têm mais saúde; entretanto, a maior parte dos anos é de labuta e sofrimentos, porquanto a vida passa muito depressa, e nós voamos!”

Nas duas versões e outras que existem, o que se diz claramente é que depois dos 70 anos faltam as forças, chegam as doenças, limitam-se os passos...

A legislação do Brasil e do mundo afora até antecipa esse tempo e tem como idosos todos os que já completaram 60 anos de vida...

E sobre esse fato inevitável, de deixar de ser jovem, se conseguirmos chegar a esta idade e, mesmo sem ser velho mas apenas idoso, numa adocicada figura de linguagem, têm esses homens e mulheres que passaram dos 60 anos, os seus movimentos limitados a ponto de, em muitos casos, ficarem na dependência de outros para realizar até coisas simples do dia a dia. Isso os machuca muito, embora eles e elas nunca digam nada... Tenha muita paciência, e todo o amor.

No ano de 1950, a população idosa de mais 60 anos representava 4,9% do total de habitantes no Brasil. No ano de 2021, o IBGE estima que a população do Brasil é de 213,3 milhões de pessoas e, desse total, cerca de 15% é de idosos de mais de 60 anos e, daqui a 80 anos, em 2.100, o Brasil terá 40,1% de sua população com mais de 60 anos de idade.

Sob o ponto de vista econômico, isso representa um enorme problema para os governos que precisam ter, de forma eficiente, políticas públicas para esses brasileiros.

Mas, queremos nos ater aqui ao ponto de vista emocional, das relações interpessoais, entre filhos e netos e seus pais e avós idosos que alcançaram a idade “da canseira e do enfado”.

Sobre esse tema vi circulando nas redes sociais um texto chamado de “Carta de uma idosa trancada num lar de idosos” que transcrevo a seguir:

Esta carta representa o balanço da minha vida. Tenho 82 anos, 4 filhos, 11 netos, 2 bisnetos e um quarto de 12 metros quadrados.

Eu não tenho mais casa e nem minhas coisas amadas, mas eu tenho quem arrumar meu quarto, me faça comer e me faça cama, me controla a pressão, me pesa.

Não tenho mais risadas dos meus netos, não posso mais vê-los crescer, abraçar, brigar; alguns deles me visitam a cada 15 dias; outros a cada três, quatro meses; outros nunca.

Eu não faço mais nuggets ou ovos recheados e nem rolos de carne moída nem ponto de cruz. Ainda tenho passatempo para fazer e o sudoku que me entretém um pouco.

Não sei quanto tempo me resta, mas preciso me acostumar com essa solidão; faço terapia ocupacional e ajuda no que posso quem está pior do que eu, embora não queira me apegar muito: eles desaparecem frequentemente. Dizem que a vida é cada vez mais longa. Por quê? Quando estou sozinha posso olhar para fotos da minha família e algumas memórias que trouxe de casa. E isso é tudo.

Espero que as próximas gerações entendam que a família se constrói para ter um amanhã (com os filhos) e retribuir aos nossos pais com o tempo que nos presentearam para nos criar.”

Este texto, publicado no Facebook traz um comentário que é, tristemente, lamentavelmente, a dura realidade desses nossos dias que alguém chamou de ‘pós-modernos’. Diz o comentário:

“Essa é a realidade dos tempos modernos: coloca os pais no asilo, os filhos na creche e os cães e gatos dormindo na cama, indo ao veterinário, no salão de terapia para não ficarem deprimidos. A humanidade está estranha...”

A propósito, você já teve a oportunidade de fazer uma visita, levar um presente, uma contribuição para os que vivem na Casa de Repouso São Vivente de Paula, os Vicentinos, de Paulo Afonso?





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1 comentário


SELIGANAMUSICA® NEGRITTO

31/12/2021 - 19:30:51

Aquele que deixa seu pai em uma casa de repouso deve pensar que seu pai cuidou dele a vida toda para na sua velhice ele cuidar do seu pai, mas isso nem sempre acontece, a gente sempre ver muitos idosos abandonados pelos ingratos dos seus filhos sem falar que sábio até mesmo o que tem amizade com seus idosos pois eles são um poço de sabedoria.


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