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Professor Galdino

Turismo e Acessibilidade em Paulo Afonso

Publicada em 09/04/22 às 15:04h - 920 visualizações

Antônio Galdino


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Turismo e Acessibilidade em Paulo Afonso
 (Foto: Antônio Galdino, Arq. do jornal Folha Sertaneja e Divulgação Lúcio Flávio)

No início da gestão do prefeito Anilton Bastos Pereira, em 2009, o Departamento Municipal de Turismo de Paulo Afonso- DEMTUR -, por opção do seu gestor, Professor Antônio Galdino, passou a funcionar no prédio da antiga Sala dos Visitantes da Chesf, criada pela diretoria da hidrelétrica ainda no ano de 1950.


Ali, a Chesf, através de equipe treinada para a hidrelétrica para esse fim, recebia todos os que chegavam para visitar as obras da empresa e a Cachoeira de Paulo Afonso. Eram os guias de turismo da Chesf, coordenados por D. Socorro Magalhães Lima e depois por José Carlos Feitosa, ambos de saudosa memória.


Dentre os que faziam parte dessa equipe pioneira de guias de turismo da Chesf, ainda trabalham como guias de turismo, agora como membros da Associação de Guias de Turismo de Paulo Afonso – AGTURB, criada na gestão do prefeito Abel Barbosa, em 1984, os Srs. Antônio Vitório e Pedro Ribeiro.


Naquele tempo, o DEMTUR, passou a ter o registro sobre os visitantes, lugares de onde estavam vindo e outras informações, como fazia a Chesf desde a instalação da Sala dos Visitantes e, por esse controle detalhado dos turistas que chegavam ao município, já naquele tempo, observou-se que entre 10 a 12 por cento destes visitantes eram pessoas da chamada terceira idade que são aqueles turistas que realmente gostam de passear por lazer ou porque se prepararam para isso ao longo da vida, ou estão incluídos em algum programa de governo ou de empresas ou porque são financiados pelos filhos.


É um público que reúne vasta experiência de vida e, por viajarem muito por lugares os mais diversos, no Brasil e em outros países, são naturalmente muito rigorosos na avaliação dos serviços que lhes são oferecidos em cada lugar.


A idade já avançada faz com que sejam bem mais exigentes no que se refere às facilidades para sua mobilidade nos lugares que visitam.


As gestões municipais inteligentes têm investido bastante para receber esse tipo de turista e nesses investimentos são destinados recursos consideráveis para lhes proporcionar a melhor acessibilidade em todos os ambientes tais como praças, logradouros e prédios públicos, monumentos, calçadas e, paralelamente, trabalham junto a hotéis, restaurantes, clubes sociais, teatros, lojas do comércio para que também estes empresários não só cumpram as leis que regulamentam esse assunto, mas se sintam felizes em receber todos os visitantes e, em especial estes que alcançaram a terceira idade, assim como todos os que têm alguma deficiência ou mobilidade reduzida.


Embora o assunto Turismo e Acessibilidade seja muito abrangente e exija ações tanto no que se refere ao transporte apropriado como às calçadas e acessos a ambientes públicos de interesse também turístico, assim como aos vários atrativos urbanos e rurais para que todos se sintam tratados com igualdade e respeito, vamos nos ater, especialmente no principal roteiro turístico de Paulo Afonso que é o que se faz na visita às áreas dentro da Chesf e que hoje, segundo os guias de turismo com quem conversamos, estão bem restritos por decisão da Chesf, limitando-se a três pontos: mirantes dos drenos de areia, mirantes do teleférico e mirante da Cachoeira de Paulo Afonso.



Conversamos sobre o assunto com o Advogado Lúcio Flávio, cadeirante, que já foi presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, COMPEDE, de que é o atual vice-presidente.



Quando da abertura das cachoeiras de Paulo Afonso, Lúcio Flávio, à frente de um grupo de outros cadeirantes, precisou negociar com a gestão da Chesf para que algumas normas aplicadas pela hidrelétrica para aquele momento, fossem modificadas, como uma exceção, para que o direito da visitação fosse garantido a estas pessoas com deficiência.


Ele lembra que “que a Ilha do Urubu possui Acessibilidade relativa e como estava sendo cumprida a orientação de não permitir o acesso de vans e micro-ônibus, mas apenas de veículos menores, até os mirantes das cachoeiras, isso precisou ser negociado.


Outro ponto em que os cadeirantes foram prejudicados foi no acesso ao mirante do teleférico. Para isso a Chesf dispõe de um plano inclinado, justamente para atender a idosos, cadeirantes, pessoas obesas, que não conseguem chegar a esse mirante pela rampa entremeada de degraus que é a outra opção de acesso. O plano inclinado não foi liberado”. Escreveu Lúcio Flávio em sua página no Facebook.



O teleférico, que também não foi liberado pela Chesf durante o período da abertura das cachoeiras, é um grande atrativo turístico. Foi criado pela Chesf como transporte para a Ilha do Urubu, antes de serem construídas as pontes que hoje permitem o acesso ao Mirante da Cachoeira. Era de madeira. 



Anos à frente foi substituído pelo atual, utilizado como ligação entre o complexo de usinas de Paulo Afonso e a Subestação que fica no lado alagoano do cânion. Por muitas décadas foi liberado pela empresa para a visitação turística numa viagem fantástica, a 100 metros do espelho d´água do início do cânion do rio São Francisco. Está parado há muitos anos embora totalmente pronto para retomar os passeios.



Do mesmo modo é o plano inclinado que leva ao alto do Morro do Teleférico que era operador pelo mesmo operador do teleférico. 

Quando a Chesf, cerca de 10 anos atrás fez uma reforma completa na área onde está instalado o teleférico melhorou bastante o acesso a esse equipamento criando, ao lado do plano inclinado, rampas intercaladas com degraus o que permite o acesso rápido dos mais jovens. Entende-se que o plano inclinado seja para uso, exatamente, e prioritariamente, de pessoas com dificuldades de locomoção. Não se tem certeza se nesse plano inclinado há facilidade de se acomodar cadeiras de rodas com cadeirantes.


Enfim, o retorno do funcionamento desses dois equipamentos, assim como da liberação de outras áreas de atrativos turísticos como o mirante que mostra o início do cânion do rio São Francisco, a saída das águas das usinas e a "Ponte de Nazaré", como ficou conhecida a ponte de cabos onde foi gravada a cena da personagem Nazaré na novela global Senhora do Destino, assim como a galeria da terceira usina, também muito cobrada pelos turistas, depende de negociações entre a Chesf e a Prefeitura.



Sobre a acessibilidade, de forma geral, Lúcio Flávio diz que há anos está em vigor “a Lei Brasileira de Inclusão, Lei n. 13.146/2015, além NBR 9.050/2004 e dezenas de resoluções e portarias normativas do Governo Federal já determinam a adequação de suas áreas de acesso público, afinal a empresa inclusive tem funcionários com Deficiência que precisam circular”.


Para que essas pessoas da terceira idade, com mobilidade reduzida, pessoas com deficiência, de todos os tipos disponham de recursos como interpretes de LIBRAS e sinalização tátil e Braile para que possam ter acesso aos vários pontos de interesse turístico existentes no município, inclusive ao principal roteiro de Paulo Afonso, na área da Chesf e para isso precisa apenas que a Prefeitura e a Chesf avaliem conjuntamente onde será necessário que se tenha a necessidade desses ajustes e sejam feitas estas correções.


Lúcio Flávio também lembra que a Prefeitura, atendendo às recomendações do COMPEDE, fez várias correções para permitir o trânsito normal de cadeirantes e idosos, inclusive no acesso a prédios e instituições públicas, o que foi também seguido por alguns empresários do comércio local, mas ainda é necessário que muitas outras ações sejam implementadas na cidade, no rebaixamento de guias de praças, na melhoria das calçadas muito irregulares, na maior oferta de veículos coletivos com acesso para cadeirantes.


“Criamos alguns corredores de Acessibilidade nas áreas centrais e de serviços e prédios públicos. Mas é necessário um grande projeto de Calçadas Públicas, criando novos corredores, além de ampliar a fiscalização e campanhas de conscientização para as construções novas e reformas dentro das normas técnicas de Acessibilidade, que devem ser uma obrigação profissional e moral de Engenheiros civis e Arquitetos.


O COMPEDE tem acompanhado a efetivação das políticas públicas de alcance a direitos das pessoas com deficiência, sobretudo, nas questões de acessibilidade arquitetônica e de transporte. Hoje, no transporte público já se tem uma frota quase totalmente acessível para usuários de cadeira de rodas, que representa muito para o movimento de luta do segmento”.

Lúcio Flávio diz aos empresários e ao poder público que “o Turismo voltado a pessoa com Deficiência é atrativo e lucrativo, pois é um grupo economicamente ativo e que em viagem está sempre acompanhado


O vice-presidente do COMPEDE mostra matéria jornalística que destaca a cidade de Socorro, do Estado de São Paulo onde esteve por cinco dias, “ali as atividades de aventura e a estrutura hoteleira adaptada às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida foram reconhecidas pelo prêmio Top Destinos Turísticos 2017.”


A matéria jornalística diz ainda:

“As ações em prol do turismo acessível promovidas pela cidade de Socorro renderam à região localizada na Serra da Mantiqueira o posto de melhor destino turístico do estado de São Paulo na categoria Turismo Social, segundo a premiação Top Destinos Turísticos 2017, uma iniciativa da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) e do SKAL Internacional São Paulo. O prêmio foi recebido pelo prefeito de Socorro durante uma cerimônia que aconteceu na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no último dia 18 de maio.

Para garantir a livre mobilidade dos visitantes com deficiência física pelas ruas, a cidade possui sinalização tátil, elevadores, rampas e barras nos pontos turísticos, além de realizar ações de fiscalização nos estabelecimentos para garantir que todos tenham rampas de acesso dentro das normas de segurança.

Porém, o grande diferencial está no atendimento feito a essas pessoas, que faz da cidade o destino ideal para aqueles que procuram atividades para se aventurar entre amigos e família ou hospedagens para relaxar em meio à natureza. A hotelaria da região oferece estrutura completa para receber hóspedes com deficiência ou mobilidade reduzida, com quartos adaptados e atividades especiais, e até mesmo de aventura, como passeios de charrete e de cavalo, tirolesa, arvorismo, rapel e rafting, passeios de bicicletas, triciclos e quadriciclos e passeios de barcos, pedalinhos e caiaques pelo lago.”

Veja a matéria completa no link abaixo:

https://socorro.tur.br/publicacao/cidade-de-socorro-e-premiada-como-melhor-destino-do-estado-de-sao-paulo-em-turismo-acessivel/

Antônio Galdino da Silva




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1 comentário


Nadja

12/04/2022 - 14:50:52

Excelente matéria, Galdino. Sua contribuição no Turismo foi e será r7t


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