Durante todo o dia do sábado, 16 de abril de 2022, Flávio Pezão precisou enfrentar desafios ainda maiores que outros encontrados desde quando iniciou a sua aventura de pilotar uma pequena moto, a POP 110, e com ela vencer toda rodovia BR-230, a Transamazônica.
Diz Flávio em emocionado depoimento, que esse trecho final, de 200 quilômetros, entre Humaitá e Lábrea, no Estado do Amazonas, foi, incrivelmente, o mais difícil.
Os primeiros 35 quilômetros de rodovia, saindo de Humaitá eram asfalto, por ser um trecho em que as rodovias BR-230 e BR-319 se juntarem com destino a Boa Vista. Mas logo, voltou a estrada de terra que, com as chuvas dos últimos dias se transformou num enorme lamaçal e com grandes buracos.
As chuvas, nesse período são tão intensas que o volume de água dos igarapés que chega a cobrir, em alguns lugares, as frágeis pontes de madeira construídas ao longo da estrada.
Já era noite quando Flávio chegou ao seu último destino nesta primeira etapa da viagem. Antes de procurar um hotel para um merecido banho e um também muito merecido descanso, uma parada na praça para o mais importante registro dessa viagem. O registro da missão cumprida. A chegada vitoriosa em Lábrea, depois de percorrer mais de 4.200 quilômetros de toda a BR-230, a Rodovia Transamazônica.
Ainda na sua chegada, a emoção da vitória e a gratidão àqueles que, como sua mãe Socorro Mendonça passava horas por dias em orações para que as bênçãos de Deus caíssem sobre o seu filho amado e ele, protegido de todos os males, conseguisse concluir com êxito esse sonho, que é também o sonho de todos os motociclistas.
Um grito de emoção, contido até então, explodiu: "Cheguei! Eu e minha POP vencemos a Transamazônica".
Isso. A primeira grande e difícil etapa do projeto estava concluído. Nas fotos e vídeos gravados durante esta fantástica aventura e na sua memória o registro de todas as emoções, do carinho das pessoas que o apoiaram durante toda a viagem. A alegria de irmãos motociclistas que o incentivavam e aplaudiam a cada trecho vencido.
As muitas amizades que foi fazendo ao longo desses milhares de quilômetros, alguns deles de pura apreensão e suspense, ficarão para sempre guardadas e tudo o que viu e registrou, com sabedoria, será lição permanente de vida.
Flávio Pezão também a oportunidade de conhecer costumes, culinária, modos de viver daqueles que arriscam suas vidas e seu patrimônio na tentativa de buscar ouro e outras riquezas no meio da floresta sempre em permanente tensão porque a qualquer momento podem ser surpreendidos pelos órgãos federais, Ibama, Polícia Federal, que destroem os garimpos e todos os seus equipamentos.
Também encontrou madeireiros que vivem em harmonia com as tribos indígenas de quem são parceiros na retirada de madeira que chegam às madeireiras, instaladas legalmente e também geram recursos para os governos estabelecidos na região.
Nessas regiões desconhecidas de muitos, onde nem o poder público consegue chegar, é forte a prostituição como forma de se ganhar a vida nesses lugares.
Foram muitas descobertas e histórias desses lugares por onde a sua pequena moto POP110 foi passando, vencendo obstáculos que pareciam intransponíveis, resistente, também ela, vitoriosa.
Para Flávio Pezão, o principal objetivo do seu projeto foi prontamente cumprido. Ele se propôs a fazer essa longa e difícil viagem com uma moto pequena e escolheu a Moto Honda POP-110, a mais popular por ser das mais baratas do mercado e para isso, colocou nesse projeto a sua experiência de já ter feito outras grandes viagens pelo Brasil mas com motos potentes, de 800, 1000 cilindradas.
Fazer um trajeto destes, de mais de 4.200 quilômetros, dos quais cerca de 1.700 deles debaixo de chuva, no meio da floresta amazônica, cruzando reservas indígenas, tendo dificuldade de encontrar bons e aconchegantes lugares para dormir e se alimentar, enfrentando muita lama, atravessando pontes de madeira que parecem que vão desabar a qualquer momento pela força das muitas águas dos igarapés, e tudo isso em cima de uma pequena moto de apenas 110 cilindradas, parece mesmo cenas dos filmes de Indiano Jones...
Mas, a apreensão da estrada se transforma em largo sorriso ao chegar aos pontos de apoio e encontrar pessoas prontas para ajudar, curiosas para saber como tudo isso está acontecendo, dispostas a cobrir as despesas de alimentação, de pernoite, gente desconhecida até então, oferecendo o conforto de sua casa para receber o novo amigo, motociclista...
Daí, o depoimento emocionado de Flávio Pezão. “Eu faria tudo de novo, umas dez ou mais vezes com essa pequena POP.”
Flávio também conseguiu resposta para um grande questionamento que ele fazia sempre a si mesmo. “O motociclismo é a moto ou o motociclista”?
Ou seja, as pessoas ficam curiosas, oferecem apoio, se mostram amigos de primeira hora, porque o motociclista, pela sua atitude, pelas suas roupas, pelas logomarcas do seu clube, por se apresentar como uma pessoa amante da vida, da natureza, do prazer de novas descobertas ou porque ele está em cima de uma poderosa máquina, de marca famosa em todo o mundo e de grande poder pelas muitas cilindradas que ela possui e de alto valor comercial?
Flávio diz que a sua vivência nesse projeto mostrou que as pessoas respeitam, acolhem e aplaudem o motociclista pelo que representa e não pelo equipamento que possui. Ele, que já rodou por grande parte do Brasil em máquinas muito mais potentes, sentiu-se acolhido, da mesma forma, pilotando essa POP 110, por onde passou.
Foram muitas as demonstrações de afeto, de querer ser útil. Choveram convites para conhecer, haras, fazendas, pernoitar nas residências de pessoas que nunca viu.
Assim, ao concluir a primeira etapa dessa viagem, que dá nome ao projeto – De POP na Transamazônica – Flávio Mendonça, um dos filhos da escritora e poetisa, pedagoga, imortal da ALPA, Socorro de Mendonça e de Edigar, sente-se muito feliz, ao realizar esse sonho, feito com toda a garra pessoal, própria do espírito de motociclista que tem dentro dele desde a adolescência e que foi herdado por toda a família, esposa e filhos, todos motociclistas além de irmãos de sangue e de estradas...
Agora, certamente mais relaxado depois de cumprir com absoluto sucesso esse projeto por inteiro, Flávio Pezão ainda vai enfrentar quase duzentos quilômetros de estradas de lama no seu retorno a Humaitá mas, dali pra frente ele segue por outra rota e vai ainda cruzar outros estados e rodar mais de 6 mil quilômetros até voltar ao aconchego da família e dos amigos em Paulo Afonso/BA.
Para isso, infelizmente, Flávio Pezão, não encontrou os apoios públicos que esperava mas, como a viagem está ainda na metade, ainda dá tempo de ajudar, em reconhecimento desse grande feito, levando a imagem de Paulo Afonso para 13 estados brasileiros e para todo o mundo nas ondas da internet...
Parabéns, Flávio! Excelente performance do motociclista de sua pequena POP.
O site www.folhasertaneja.com.br está com você, por sugestão do amigo Celso Xavier, e continua acompanhando cada dia dessa grande aventura.
E, quem sabe, quando você chegar a Paulo Afonso, o teu chefe vai te dar mais um mês de férias remunerado e a Honda do Brasil te ofereça um grande prêmio pela tua vitória e da POP 110.
Ainda dá tempo!!!
Meu sobrinho querido, por onde vc andar, terão muitos anjos pra te proteger e livrar dos momentos difíceis. Descanso merecido pra vc. Até breve.
Boa tarde, meu sobrinho corajoso. Deus te abençoe e te traga de volta pra segurança da sua casa. Volte na proteção Divina 😘
Bom descanso, meu sobrinho. A estrada é longa. Deus continue te abençoando e protegendo.venha na proteção Divina.
Flávio, que Deus te abençoe e te traga nas mesmas condições que te levou. Na proteção Divina. Que seu caminho seja iluminado.Venha em paz
Parabéns meu brother vc foi um guerreiro nas estradas
Parabéns meu irmão vc pessoa iluminada que diante desse desafio mais uma vez escreve seu nome na Elite do Motociclismo Brasileiro.
Grande Pezão, meu brother, sei como é difícil encarar é vencer uma aventura dessa, e mais Ainda de pop 110, que impõe muitos limites ao motociclista. Mais uma vez, parabéns por vencer mais essa etapa. 👏👏👏👏👏
Deus te abençoe sempre e te guie nesse projeto de garra e fé
Meu sentimento hoje é de agradecimentos sinceros- à Deus pelos livramentos concedidos ao meu filho. Ele venceu e saiu ileso.- Ao JORNAL FOLHA SERTANEJA que gentilmente vem fazendo toda cobertura deste desafiador e bem sucedido projeto.- Aos patrocinadores meu muito obrigada. Tudo está sendo possível pelo valioso apóio de cada um de vocês.- Aos amigos até então desconhecidos do percurso da BR 230 , vocês acolheram o meu filho, obrigada de coração .- Vocês motociclistas, que tanto têm incentivado a este amigo e filho guerreiro, obrigada. " Amai- vos uns aos outros como eu vos amei " FELIZ PÁSCOA!
Parabéns mais uma vez meu marido, nunca duvidei que você conseguiria realizar essa aventura e buscar as respostas para sua pesquisa, você é um homem guerreiro e determinado, que tem a minha admiração ou melhor, a nossa, pois toda sua família torce e está orando por você. Que Jesus continue te abençoando grandemente e realizando todos os seus sonhos. Te amo
Parabéns meu sobrinho querido. Deus te abençoou com saúde e livramento. Te proteja de volta pra casa, são e salvo. Fé em DEUS e PERSEVERANÇA, nunca te faltaram. Vem em paz.🙌
Cadê a HONDA, a Sec de turismo e o chefe/patrão do Flávio????????? Que dureza é essa, home??????? Quem está escrevendo não é parente e nem conhecia o Flávio até agora. Mas que é isso??? Perder uma chance dessa de ser grandioso?? Repetindo, sou apenas um leitor que acompanhou até agora a descrição da viagem acreditando no Brasil grandioso. O companheiro Flávio provou que com força de vontade quase tudo é possível.
Parabéns por realizar um sonho com tanta garra e determinação. Sonhe mais e mais alto! Deus o abençoe grandemente.