O motociclista Flávio Pezão, depois de um mês nas estradas das regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste do Brasil, depois de cruzar toda a Transamazônica, reservas indígenas, centenas de quilômetros e de estradas de muita lama e cortar a floresta amazônica levando muita chuva na cabeça, Pezão voltou ao aconchego do seu lar, ao abraço dos familiares e dos amigos.
Emoção grande tomou conta de todos. Pelos livramentos nas estradas e onde ele pernoitou, pela alegria da volta sem problemas, pelo estrondoso sucesso do seu projeto em que alguns não acreditavam nem apoiaram.
Pezão voltou! E para ele é como tivesse recebido todos os troféus e medalhas de uma grande competição! Provou a todos a força dos motociclistas que realmente vestem esse espírito de liberdade, de descobertas, de enfrentar o vento no rosto, vencendo distâncias e obstáculos que para outros parecem intransponíveis.
Foi assim em todo percurso que fez que soma mais de 10 mil quilômetros. A fé de vencer nunca foi abalada!
A Transamazônica, temida e evitada por muitos foi o seu campo de batalha principal, a sua maior luta. Vencida com todos os méritos. Nem uma chata dor de dentes o impediu de avançar no seu objetivo. Tirado o dente, a doutora lhe prescreveu três dias de repouso. Com algum esforço, descansou um dia. E tomou o rumo da estrada.
Depois, fez uma parada técnica para a revisão da moto. Em Lábrea, uma parada de um domingo para atender a convite dos novos amigos que fazia por onde passava e conhecer a última cidade na rota da Transamazônica – Lábrea, no Estado do Amazonas. E em Brasília, já na viagem de volta para casa, um encontro e um abraço no primo e nas tias.
Em certo trecho da longa estrada teve que se desfazer de algumas coisas de sua bagagem, inclusive a barraca, porque o bagageiro da heroica POP110 não aguentou e quebrou. Reduziu a bagagem mas não a vontade de vencer.
Na retaguarda, cada dia mais distante de Paulo Afonso, na viagem de ida e cada vez mais perto, na viagem de volta, as escudeiras da oração não largavam seus terços. Em Paulo Afonso, a mãe, Socorro Mendonça, o Pai Edigar, a esposa, filhos, irmãos, amigos em oração permanente. Em Brasília, em Fortaleza, em Feira de Santana, onde tem parentes e conhecidos, todos unidos pela sua volta.
Na chegada vitoriosa, os mil abraços dos familiares e amigos que o foram esperar na entrada da cidade.
Muita emoção! Uma explosão de muita alegria!
Flávio Pezão voltou. Inteiro como a sua companheira de viagem, a pequena Moto Honda POP110.
E muito ainda vai se falar desse motoqueiro, maluco para uns, herói para muitos, que fez o que muitos outros nunca tiveram a coragem suficiente para fazer.
Fica a lição e a garra!
E, com certeza, muito ainda vai se falar sobre Flávio Pezão e essa aventura de cruzar toda a Transamazônica, sozinho, em cima de uma pequena moto que todos achavam frágil e se mostrou pronta para aventuras como estas.
Muito ainda vai se falar sobre Flávio Pezão e sua pequena POP110. Por aqui mesmo, vamos voltar ao assunto em breve e em páginas especiais do Jornal Folha Sertaneja do mês de abril, em preparo.
Inté!
Agradeço a todos os leitores da folha sertaneja que carinhosamente acompanharam essa aventura e torceram por mim. infelizmente não pude interagir mais pois no período da expedição a internet e o tempo eram limitados.
Obrigada Galdino por ter acompanhado conosco essa aventura, gratidão por cada palavra expressada em suas reportagens, pois verdadeiramente definiu o espírito guerreiro do meu esposo Flávio Pezão. Ele teve fé, determinação, garra e venceu, realizou um sonho que nos enche de orgulho e sua contribuição foi muito relevante para levar a mais pessoas esse sucesso que foi a Expedição de Pop na Transamazônica. Muito obrigada!
Que bom! Deus o protegeu em todo seu percurso... Seja bem vindo a sua terra natal. Parabéns!Antão Siqueira