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Professor Galdino

E Viva o Umbuzeiro que merece ter um dia só seu, como já dizia Clementino Heitor no Folha Sertaneja e Euclides da Cunha em Os Sertões

Publicada em 25/05/22 às 15:30h - 635 visualizações

Antônio Galdino


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E Viva o Umbuzeiro que merece ter um dia só seu, como já dizia Clementino Heitor no Folha Sertaneja e Euclides da Cunha em Os Sertões
 (Foto: Da net e Arq. do jornal Folha Sertaneja)

Desde a sua primeira edição, em 18 de fevereiro de 2004, que o jornal Folha Sertaneja e, a partir do ano seguinte, quando foi criado, também o site www.folhasertaneja.com.br têm sido intransigentes defensores de ações de preservação do meio ambiente, da defesa do bioma caatinga, onde o município de Paulo Afonso e centenas de outros estão inseridos, da defesa do rio São Francisco, razão da vida e desenvolvimento de todo o Nordeste e grande pedaço do Sudeste.

Assim, esses veículos de comunicação têm apresentado, com muita frequência, matérias, algumas contundentes, sobre temáticas associadas ao meio ambiente.

Muitas dessas matérias, tanto do site como do jornal, mereceram comentários vigorosos de outros defensores da natureza e muitos desses artigos foram depois republicados no livro Rio São Francisco em Prosa e Versos, organizado pelo professor Antônio Galdino da Silva e produzido pela Academia de Letras de Paulo Afonso, lançado no ano de 2020.

Também a Academia de Letras de Paulo Afonso, que tem entre suas finalidades, “a preservação da história e da memória desta região amparando as manifestações da mesma natureza, inclusive nas áreas das ciências, das artes e da Geografia”, tem se manifestado, através da produção de textos diversos, livros, palestras e eventos sobre a necessidade premente de se manter viva a natureza que nos mantêm vivos.

Um dos nossos mais atuantes membros da ALPA, o Professor Francisco Nery mantém um viveiro de plantas em sua casa e, constantemente é visto plantando e estimulando a plantação de árvores em Paulo Afonso e, nesse sentido, já esteve mais de uma vez, acompanhado de outros membros da ALPA, com o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Ivaldo Sales Jr. incentivando intensificar esse plantio de árvores na cidade e até, em uma dessas reuniões, de que participei, foi sugerida a criação de um pequeno bosque no entorno do Lago do Belvedere, ao lado do Obelisco que marca o início da construção da barragem Delmiro Gouveia.

Também não se pode esquecer os nomes do Dr. Amaury Meneses que arborizou e criou lagos no então Acampamento da Chesf com o apoio do seu fiel escudeiro, o Sr. Manoel José.

O Umbuzeiro, tão vigorosamente defendido por Euclides da Cunha em seu livro “Os Sertões”, também dá nome a cidades como São Sebastião do Umbuzeiro, na Paraíba e a serras como a nossa Serra do Umbuzeiro, no roteiro turístico de Paulo Afonso.

Assim, é louvável e digna de aplausos, esta iniciativa de se fazer o tombamento do Umbuzeiro da Coreto, da antiga Rua A, da Chesf, embora os organizadores do evento tenham esquecido de incluir a ALPA entre os nomes citados. 

A propósito, na edição Nº 02 do Jornal Folha Sertaneja do dia 23 de março de 2004, o jornalista Clementino Heitor de Carvalho escrevia o artigo que reproduzimos a seguir exatamente sobre a necessidade, observada por ele há mais de 18 anos atrás, da preservação dessa árvore símbolo do Nordeste e de todo o bioma caatinga que continua sendo destruído e virando cinzas nas fogueiras dos festejos juninos que se aproximam.

Nessa mesma edição do Folha Sertaneja, Clementino tem outro artigo falando das qualidades nutritivas do umbu, a saborosa fruta do umbuzeiro.

Muito interessante refletir sobre o que escreveu Clementino Heitor de Carvalho, conceituado jornalista aposentado do jornal A Tarde, de Salvador e um dos pioneiros na construção do jornal Folha Sertaneja que, há 18 anos, continua na defesa do meio ambiente, todo.

O Umbuzeiro merece ter um dia para ser comemorado

Aproveitando a oportunidade da 20ª Reunião da Associação dos Prefeitos do Sertão Baiano, em Paripiranga, para lançar a ideia de uma louvação anual do Umbuzeiro. O Pau Brasil, leguminosa que deu o nome ao nosso País, tem o seu nome comemorado em 3 de maio. O Umbuzeiro poderá igualmente ganhar uma data para ser lembrado como “a árvore sagrada do Sertão”. Esta foi a definição criada por Euclides da Cunha, por considera-la sócia fiel das rápidas horas felizes e longos dias amargos dos vaqueiros”.

O Dia do Umbuzeiro coincidirá com o Dia da Árvore, 21 de setembro, tornando palpável, para o nordestino, o sentido das comemorações de uma data que servirá de marco anual da mobilização permanente para a defesa ecológica do Sertão, de sua flora e de sua fauna. E, concretamente, contra o processo de desertificação da caatinga, que vai se transformando em miniaturas do Saara. O Dia do Umbuzeiro também poderá coincidir com a data do nascimento do seu cantor em prosa, 20 de janeiro (de 1866), para a lembrança simultânea do homem símbolo, Euclides da Cunha, o autor desse monumento de nordestinidade que são “Os Sertões”, e da árvore símbolo do Sertão Brasileiro.

A instalação de sementeiras nos municípios do semiárido por iniciativa das respectivas prefeituras e das suas comunidades, será a providência inicial destinada a perpetuar o Umbuzeiro, ameaçado de extinção, como o bioma Caatinga, pelos desmatamentos e queimadas. A distribuição de mudas garantirá a presença dessa árvore tão associada ao Nordeste seco e tão representativa da gente que nele vive, a generosidade humana e vice-versa.

Em 7 de setembro de 1978, o Pau Brasil foi declarado Árvore Nacional e o 3 de maio, Dia do Pau Brasil, pela Lei nº 6.607. Outra iniciativa, adotada em 30 de julho de 1988 pelo professor Roldão de Siqueira Fontes, que pertenceu ao Colégio Agrícola de São Lourenço, da Universidade Rural de Pernambuco (URPE), deve ser estendida ao Umbuzeiro, igualmente sem fins lucrativos.

Como objetivo principal da FNU, a implantação de um bosque em cada município sertanejo, através de convênios com prefeituras e outras instituições e do apoio do Ministério do Meio Ambiente. Neste caso, até significaria uma resposta da ministra Marina Silva aos que a acusam de só pensar na Amazônia, o que é muito mas não é tudo quanto ao ecologicamente indispensável.


A semente da ideia do Dia da Fundação do Umbuzeiro está lançada e o seu patrono é Euclides da Cunha. Tem tudo, portanto, para germinar. Principalmente se contar com a adesão da Associação dos Prefeitos do Sertão Baiano. 

Clementino Heitor de Carvalho
Jornal Folha Sertaneja, Edição nº 2, de 23 de março de 2004





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1 comentário


F. Nery Jr.

26/05/2022 - 17:37:08

Pois é, Galdino, quanto mais árvores, melhor. Árvores frutíferas, então - como já é reconhecido pelos coordenadores de planos diretores das cidades! Louvamos o viés educativo da Folha Sertaneja.


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