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Professor Galdino

“EU SOU IDOSO. VELHO, NÃO!” – 2ª PARTE - Numa Academia de Letras da terceira idade, as lições de sabedoria dos vovôs octogenários!

Publicada em 26/07/22 às 14:42h - 574 visualizações

Antônio Galdino


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“EU SOU IDOSO. VELHO, NÃO!” – 2ª PARTE - Numa Academia de Letras da terceira idade, as lições de sabedoria dos vovôs octogenários!
 (Foto: Acervo Antônio Galdino)

Numa Academia de Letras da terceira idade, as lições de sabedoria dos vovôs octogenários!

Publicamos a 1ª parte desse artigo sobre os idosos que você pode ver no link abaixo:

https://www.folhasertaneja.com.br/noticias/colunistas/641840/1

Nessa 2ª parte, uma homenagem aos octogenários membros da Academia de Letras de Paulo Afonso.

Ou seja, os “velhinhos” da ALPA se sentem muito bem. Obrigado...

Como se viu, na parte 1 dessa conversa, dos 40 membros da ALPA, 23 já têm mais de 60 anos de idade e dentre estes, nesse ano 2022, quatro dos membros da ALPA já comemoraram seus 80 anos de intensa atividade: Sebastião Leandro de Morais (membro honorário), Roberto Ricardo do Amaral Reis (membro fundador), Ivus Conde Ideburque Leal (membro efetivo) e Luiz Fernando Motta Nascimento(membro correspondente).

Sebastião Leandro, à direita, sendo entrevistado pelo Prof. Francisco Nery para este site

Em janeiro, dia 3, quem alcançou os 80 anos, foi o Membro Honorário da ALPA, Sebastião Leandro de Morais, paraibano de Monteiro, que chegou a Paulo Afonso ainda menino. Cidadão de Paulo Afonso, por reconhecimento da Câmara Municipal, teve uma passagem pequena pelas escolas da Chesf e se tornou autodidata, um apaixonado natural pela cultura ampla e pela literatura, o cordel, e dedicou-se há muitas dezenas de anos ás atividades comerciais, tornando-se um grande empresário que dá emprego a centenas de pessoas e mantém a simplicidade de sempre.

Professor Roberto Ricardo, à esquerda, comemorando os 80 anos ao lado do irmão gêmeo Rubens

Em abril, dia 17, quem festejou alegremente os seus 80 anos em um encontro da grande família, ao lado do seu irmão gêmeo, Rubem, foi o Professor Roberto Ricardo do Amaral Reis, baiano de Santo Amaro da Purificação. Recebeu da Câmara Municipal, o título de Cidadão de Paulo Afonso e se fez conhecido de muitos pela brilhante atuação como professor do Colégio Paulo Afonso (COLEPA) e do Centro Integrado de Educação (CIEPA), hoje CETEPI-1. Roberto Ricardo foi um dos criadores do Instituto Geográfico e Histórico de Paulo Afonso de que foi presidente por mais de 12 anos. Também foi membro fundador da Academia de Letras de Paulo Afonso onde ocupa a Cadeira Nº 7.

É escritor e poeta. O seu livro Paulo Afonso e o Sertão Baiano – Sua Geografia e Seu Povo, publicado em 2004 é um excepcional compêndio de mais de 300 páginas sobre a Geografia de Paulo Afonso e já poderia ter sido adotado como livro didático pelos colégios de Paulo Afonso, sendo também uma excepcional fonte de pesquisa para os estudantes universitários da região.

Ainda muito ativo o Professor Roberto Ricardo vive produzindo poesias e, além das que publicou em parceria com o também membro da ALPA e professor Edson Barreto no livro Versos Diversos em Verso e Reverso, publicado em 2011, tem muitos outros poemas inéditos, compartilhados em família, e alguns nessa edição da Revista da ALPA, como o seu Monólogo da Sabedoria, que fala justamente da avançada idade, onde diz, ao completar 77 anos:

Monólogo da Sabedoria

Calma Pessoal...ultrapasso os setenta.

Continuo, como vê... pensando, ouvindo e bem disposto.

Junto com vocês que me cercam e me alegram... com vossas presenças,

Mas em especial junto a alguém... que me enche de carinho me dá conforto.

 

Se bem me lembro, já se foram os cinquenta, os sessenta e os setenta,

E se foram muitas coisas a contragosto. E se foram... a juventude,

Alguns amigos, sem nos dar adeus.

Sem nos pedir licença, surgiram algumas rugas no meu rosto.

 

Contudo... adicionei sabedoria e muita experiência no viver.

Valores... que a idade nos consagra,

Em meio às alegrias e a dor.

 

E hoje, aos setenta e sete, de idade... me sinto confiante ao dizer:

Valeu todo esse tempo... toda estrada,

Por tudo que aprendi... por todo amor!

Professor Ivus Leal autografando seu último livro de poesias para a Professora Arleide

No dia 3 de julho/2022, foi o aniversário de 82 anos de Ivus Conde Ideburque Leal, que prefere ser apenas Ivus Leal. Cearense de Fortaleza, fez seus estudos universitários em no Rio de Janeiro, fazendo Licenciatura em História na Universidade Católica de Petrópolis, e atuou em alguns colégios do Rio de Janeiro antes de decidir voltar Nordeste e fixar-se em Paulo Afonso, tendo chegado à cidade para ser professor do Colégio Paulo Afonso - COLEPA -, mantido pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco. Foi também diretor do COLEPA e de outro colégio mantido pela hidrelétrica, no Estado de Pernambuco, o Colégio de Itaparica, em seu Acampamento de apoio à construção da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga.

Morador de Paulo Afonso desde o ano de 1968, Ivus Leal foi homenageado pela Câmara Municipal com o título de Cidadão de Paulo Afonso.

Durante muitos anos o Professor Ivus escreveu crônicas de viagens e causos no Jornal de Paulo Afonso, na Jornal Voz dos Municípios, de Sergipe e depois, no Jornal Folha Sertaneja, de Paulo Afonso. Parte desses seus escritos nos jornais resultaram no livro Pelas Estradas da Vida, produzido pela Galcom Comunicações. Tem vários outros livros de poesias, sendo o último deles Versos Bonitos de Amor, publicado em 2018.

Aposentado de suas atividades na Chesf, Ivus Leal optou por continuar morando em Paulo Afonso, na mesma casa da Rua das Acácias. Em julho de 2022, Ivus Leal completa 82 anos de vida.

Luiz Fernando fazendo palestra sobre os 72 anos da Chesf (13/3/2020) no Memorial Chesf Paulo Afonso, quando foi recebido como membro da ALPA

Em 30 de julho de 2022, Luiz Fernando Motta Nascimento completa 83 anos de idade e de vida permanentemente ativa. 

Luiz Fernando Motta Nascimento tem uma história de vida que antecede a existência do município de Paulo Afonso.

Ele nasceu em Serrinha/BA no ano de 1939. Em 1946 acompanhou seu pai, Alfredo Hermínio, conhecido como Mestre Alfredo, que veio para lugar conhecido com Forquilha para trabalhar na construção – ele era mestre eletricista – da Usina Piloto, que estava sendo construída pelo Ministério da Agricultura. Estudou por um ano em uma escola improvisada no galpão de materiais da obra da Usina, onde hoje é o Clube Operário de Paulo Afonso. Voltou a Serrinha mas, quando a Chesf construiu suas escolas voltou e estudou nestas escolas da Chesf e no Ginásio Paulo Afonso, concluindo ali o Curso Ginasial em 1958. Fez Engenharia em Salvador e no Recife e, uma vez empregado da Chesf, veio a ser diretor dessa hidrelétrica em duas diretorias: na Diretoria de Construção e na Diretoria de Suprimento.

Defendeu doutorado na Alemanha sobre Estudo da degradação de pára-raios sem centelhadores à base de óxido de zinco e tem artigo publicado na Revista Italiana de Energia (Milão - Itália) sobre Pára-raios de Óxido de Zinco em conjunto com especialistas italianos do CESI – Centro Elettrotecnico Sperimentale Italiano – Giacinto Motta.

Publicou o livro Paulo Afonso: Luz e Força Movendo o Nordeste e o E-book Disjuntor de Alta Tensão (pela Livraria Saraiva) e participou da edição dos livros: CHESF: 35 Anos de História (Recife); História da Energia Elétrica na Bahia (Salvador); Paulo Afonso I:  Imagens de uma epopeia (RJ); e Memória Viva – Energia Elétrica (SP).

Depois de aposentado exerceu as funções de Subsecretário do Planejamento de Salvador, no período de abril de 1998 a dezembro de 2004.

Mora em Salvador/BA. e em 13 de março de 2020, com 80 anos, foi empossado como membro correspondente da ALPA, Cadeira 37 em solenidade realizada no Memorial Chesf de Paulo Afonso, quando proferiu palestra sobre os 72 anos da Chesf.

Estes exemplos de vida e de sabedoria dos vovôs e em breve também das vovós que chegaram aos 80 anos e também dos que já festejaram os sessenta e setenta anos, todos da terceira idade e que são, mesmo sem querer isso, modelos para os mais novos, de quarenta e cinquenta anos, mostram, para todos nós da ALPA e para a sociedade onde cada um atua, o quão importante e dar atividades ao nosso cérebro ao longo de toda a caminhada da vida.

E, se começamos a fazer isso ainda bem cedo nessa estrada, certamente se chegará aos oitenta ou mais anos sendo referências de criatividade e de vida feliz e poderemos dizer como o nosso poeta octogenário:

Valeu todo esse tempo... toda estrada,

Por tudo que aprendi... por todo amor!




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2 comentários


F. Nery Jr.

26/07/2022 - 18:06:46

Sabedoria, prudência e honradez. Vivam os nossos decanos.


Socorro Mendonça

26/07/2022 - 16:59:11

Este quarteto tem minha admiração, respeito e carinho! Realmente não envelheceram. Idosos cheios de sabedorias, exemplos a serem seguidos. Somam na ALPA! Como eu gostaria de está com vocês todos os dias. Trocarmos idéias e com certeza só me enchia de grandes aprendizados . Vida longa meus amores daALPA.


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