O evento realizado pela Academia de Letras de Paulo Afonso na Câmara Municipal de Paulo Afonso no dia 02 de setembro, o primeiro presencial pós-pandemia, foi prestigiado pelo Secretário Municipal de Cultura e Esportes, Dernival Oliveira Júnior e reuniu pessoas da comunidade de Paulo Afonso o Dr, Juliano Moreira, Salvador Xavier e Adeilda, Professor Denilson Souza, que realiza um belo trabalho na área de leitura e escrita com alunos da rede municipal, o Professor Sílvio Magalhães, diretor do IFBA, Professora Maria Lúcia, Pedagogo João Paulo e Professora Emiliana Bento, da Escola Municipal Rivadalva de Carvalho, do Bairro Tancredo Neves, Pedagoga Lúcia Nascimento, que criou o Projeto Aventureiros da Leitura que já revelou muitos novos escritores que têm participado de várias antologias na região, dentre muitos que ali estiveram para prestigiar esta Academia de Letras de Paulo Afonso, criada há 17 anos, 5 de novembro de 2005 em Paulo Afonso.

Professor Sílvio Magalhães, diretor do IFBA, estudante de Santa Brígida, empresários Edinho e Dr. Juliano e Secretário de Cultura, Dernival Oliveira

Salvador Xavier e Adeilda - pioneiros de Paulo Afonso

Representação da Escola Municipal Rivadalva de Carvalho (BTN): diretora Maria Lúcia, coordenador João Paulo e professora Emiliana Bento ao lado do esposo

Da ALPA, estavam presentes: Francisco Araújo, Edson Barreto, Roberto Ricardo, Gilmar Teixeira, Luiz José, Socorro Mendonça, Jovelina Ramalho, Antônio Galdino, Lúcia Teixeira, Francisco Nery, Jotalunas Rodrigues, Gecildo Queiroz, Cleonice Vergne, Marcos Antônio Lima, Isac de Oliveira, Aníbal Nunes e Sebastião Leandro de Morais, num total de 17 membros presentes.

Para cada um dos seus membros, foi um retorno emocionante porque não se reuniam, de forma presencial, desde o início da pandemia, em março de 2020. Os contatos dos membros dessa instituição literária foram feitos nesse período através de encontros online e informações via WhatsApp.

Mas, em todo o tempo da pandemia, a Academia de Letras de Paulo Afonso procurou desenvolver atividades possíveis, entre elas a produção de livros.

No ano de 2020 foram lançados três livros pela diretoria da ALPA. O anuário da ALPA referente ao ano de 2020, uma Antologia Poética, com autores da ALPA e de Paulo Afonso e um livro especial só sobre o rio São Francisco.

No ano de 2021 mais dois livros foram lançados pela ALPA: O seu anuário de 2021 e mais uma Antologia Poética com autores pauloafonsinos.

Em 2022 a ALPA lançou o seu anuário deste ano, o de Nº 4. Estes livros da ALPA chamam-se Revista da Academia de Letras de Paulo Afonso, como também são chamados os anuários da Academia de Letras de Pernambuco e de outras academias do Brasil.

O primeiro evento presencial da ALPA aconteceu no dia 02 de setembro, às 19 horas, na Câmara Municipal de Paulo Afonso, cedida pelo seu presidente, Vereador Pedro Macário Neto.

Neste evento, presidido pelo presidente da ALPA, Professor Antônio Galdino da Silva, no cargo por força do Artigo 23º do Estatuto da instituição, em face da renúncia da presidente eleita em outubro de 2021, foram apresentados os livros produzidos por esta Academia, com especial destaque para o livro Revista da Academia de Letras de Paulo Afonso Nº4, do ano de 2022.

Todos os livros da ALPA têm as suas capas com fotografias do município de Paulo Afonso. Os três primeiros são fotos do renomado e saudoso fotógrafo João Tavares, recentemente falecido, fotos cedidas gratuitamente ao organizador dessas coletâneas. A edição de 2022 traz em sua capa uma belíssima foto de Severino Silva, que foi fotógrafo da Chesf por muitos anos, igualmente cedida sem custos à ALPA.

Ainda neste evento houve um Sarau Literário, com a apresentação de poemas por poetas e poetisas da ALPA. Ali estiveram a poetisa e escritora Maria Socorro de Mendonça e os poetas Isac de Oliveira, Jotalunas Rodrigues e Marcos Antônio Lima.

Marcos Antônio Lima é pauloafonsino e membro correspondente da ALPA e mora na cidade de Santa Brígida e lá organizou a Academia Santabrigidense de Letras e Artes da qual é o seu presidente. Também organizou uma Oficina Manhã Literária que reúne estudantes daquela cidade para a prática da leitura e da escrita e vários deles já se destacam com trabalhos apresentados em Antologias regionais. Marcos Antônio trouxe os participantes dessa Oficina que também apresentaram poemas nesse evento da ALPA.

A direção desse Sarau Literário da ALPA nesse evento foi da Acadêmica, Secretária Geral da ALPA, Professora Jovelina Ramalho que também é poetisa e autora do Projeto O Escritor Vai à Escola, adotado pela ALPA e através dele vários poetas, poetisas e escritores têm participado de encontros com estudantes de escolas da rede municipal de ensino em Paulo Afonso e cidades vizinhas como Santa Brígida e Rodelas.

Um momento muito emotivo desse encontro da ALPA foi a posse da nova acadêmica, a dramaturga Maria Dolores Moreira da Silva que, por motivo de saúde, estar passando por um delicado e doloroso processo de quimioterapia por conta do ressurgimento de um CA, foi representada pela sua filha Carolina Alexandra que é bem reconhecida e querida como cantora e atriz do Grupo de Teatro Roda da Baraúna, dirigido pela sua mãe e também por ela.

A cerimônia teve momentos de grande emoção quando o presidente da ALPA, que indicou Dolores Moreira para a vaga deixada pelo acadêmico Jânio Soares falou dessa perda prematura de Jânio e dos problemas que impediram Dolores Moreira de estar presencialmente recebendo o carinho da comunidade de Paulo Afonso pelo seu trabalho que se desenvolve há dezenas de anos.

Dolores Moreira foi também saudada pela acadêmica Lúcia Teixeira que teve grande experiência com teatro nos primeiros anos de Paulo Afonso quando criou e dirigiu o Grupo Curicaca, de teatro de rua.

Outro momento de elevada emoção foi a leitura de carta do Presidente da Academia Piranhense de Letras e Artes, o arquiteto Álvaro Moreira (nenhuma relação de parentesco com a dramaturga) que conheceu Dolores quando realizava trabalhos como chesfiano, em Paulo Afonso e dela guarda as melhores lembranças.

Também houve emoção e lágrimas quando Carolina fez o seu discurso depois de receber o diploma da ALPA das mãos do decano desta Academia, Roberto Ricardo, com sua sabedoria de octogenário, membro fundador, Cadeira Nº 7 e a estola da ALPA, das mãos de Socorro Mendonça, membro fundadora, Cadeira 10.

Mas o evento guardava ainda muitas emoções.

E elas explodiram e arrancaram aplausos de todos por vários minutos, em pé, quando o Grupo de Teatro Roda da Baraúna apresentou, numa performance brilhante, com os atores Erik Bezerra e Xandra Carolina a história de Abel Barbosa sobre a luta para a emancipação política de Paulo Afonso e sua vida na cidade por mais de 67 anos, até a sua morte.

A história também falava na participação da pioneira D. Risalva Toledo que foi comerciante, vereadora, vice-prefeita e estava com Alzheimer há vários anos e faleceu naquela noite, pouco antes da apresentação dessa peça teatral, o que tornou a encenação sobre Abel Barbosa ainda mais emotiva.

O presidente da ALPA, agradeceu a parceria encontrada no presidente da Câmara, Vereador Pedro Macário Neto que, em vários oportunidades como esta agora, tem cedido essas modernas instalações do Poder Legislativo e pessoal de apoio, desta vez, o vigilante e o responsável pelo serviço de som, para que possamos realizar eventos da ALPA nesse espaço. 

Também agradeceu ao apoio que sempre tem recebido do Membro Honorário da ALPA, o empresário Sebastião Leandro de Morais, sempre que a ALPA dele precisa como foi neste evento.

O presidente da ALPA disse ainda que “no mês de outubro, a ALPA, que já produziu um livro sobre o rio São Francisco, chamado “Rio São Francisco em Prosa e Versos”, vai organizar um grande evento sobre esse tema: rio São Francisco, em data e local ainda sendo estudados. Em novembro, dia 5, a ALPA completa 17 anos de sua fundação e este importante evento merecerá uma comemoração especial, quem sabe, talvez na inauguração da nossa sede própria, na primeira prefeitura de Paulo Afonso, hoje Espaço Cultural Raso da Catarina. Todos já estão convidados para esses dois momentos da ALPA ainda neste ano de 2022.”

Foi dada a palavra ao Secretário Municipal de Cultura e Esportes, o pauloafonsino Dernival Oliveira Júnior que, em seu pronunciamento, ao final do evento, o Secretário de Cultura, Dernival Oliveira, disse do seu “empenho pessoal e do apoio que está recebendo do ex-deputado José Carlos Aleluia que, junto a secretário da área cultural do governo federal e grupo ligado a esta área está concluindo acordos para que seja instalado um grande Museu da Energia e ligado a ele, um Teatro, que serão construídos na área próxima ao Balneário Abelardo Wnaderley, ao lado do Corpo de Bombeiros”. Também afirmou o secretário Dernival Oliveira que estará “vendo como se fazer a recuperação do espaço do Lindinalva Cabral para que ali sejam realizados também peças teatrais e eventos outros que irão, por sua vez, ampliar as ofertas de lazer aos turistas.”

O evento foi encerrado com a execução do Hino de Paulo Afonso que é de autoria de Oscar Silva que é também membro da ALPA.

Depois de encerrado o evento da noite de 2 de setembro, na Câmara Municipal de Paulo Afonso, o presidente da ALPA, Professor Antônio Galdino foi questionado sobre um comentário feito por uma pessoa bem relacionada da cidade que teria dito que o atual presidente da ALPA “queria se perpetuar no cargo” e essa colocação maldosa teria deixado o presidente bastante contrariado.

O presidente da ALPA então esclareceu sobre este assunto.

“O Estatuto da ALPA determina que as pessoas só podem ocupar o mesmo cargo para o qual foi eleito apenas por até dois mandatos consecutivos, devendo haver um intervalo de um mandato entre eles, caso deseje ocupar o mesmo cargo. Mas a pessoa pode ser eleita, depois de dois mandatos consecutivos, para outros cargos da diretoria.

Em 2017 fui eleito pela primeira vez para o cargo de presidente da ALPA e exerci o meu mandato fielmente, com boa gestão. Tanto que, em 2019, quando convoquei a assembleia geral para informar sobre o processo da nova eleição, cujos membros estavam presentes no auditório da Casa da Cultura, decidiu essa assembleia, me reeleger por aclamação para continuar presidente neste segundo mandato e procedeu a Assembleia a indicação de outros membros para os demais cargos. Novamente exerci o meu mandato fielmente e, na primeira semana de 2021 foi convocada a eleição para a nova diretoria da ALPA, mandato 2021/2023. E isso aconteceu normalmente, sendo eleita a poetisa Gorete Moreira para este cargo e, por insistência dos membros desta chapa única, fui indicado para continuar na diretoria como vice-presidente. O mandato transcorreu normalmente até que em 18 de abril de 2022, a presidente e a secretária geral, Socorro Araújo, decidiram renunciar aos cargos para os quais tinham sido eleitas.

O Estatuto da ALPA diz claramente em seu Art. 23º. Art. 1º que, “No caso da vacância acontecer com o cargo de presidente, cabe ao vice-presidente exercer esse cargo até o final do biênio”. O mesmo acontece com o cargo de Secretária, o que fez com que a Professora Jovelina Ramalho assumisse a Secretaria Geral e isso me fez voltar ao cargo de presidente da ALPA e, com certeza, não para me perpetuar nele porque no ano de 2023 estarei convocando as eleições gerais para a diretoria da ALPA e, desta vez, não concorrei a nenhum cargo desta diretoria. Até porque a idade já exige um pouco mais de sossego.”, concluiu o presidente da ALPA, Professor Antônio Galdino da Silva.

Todo o evento teve a cobertura do site www.folhasertaneja.com.br, do jornal Folha Sertaneja online, do site www.seliganamúsica.com, dirigido por Nilton Alcântara e da TV CAPUXU, dirigida pelo jornalista Ednaldo Júnior.