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Professor Galdino

Memorial Chesf de Paulo Afonso – 25 anos - CAP. II - Os espaços do Memorial: auditório, museu, biblioteca, salão de exposições/reuniões

Publicada em 25/10/22 às 22:45h - 684 visualizações

Antônio Galdino


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Memorial Chesf de Paulo Afonso – 25 anos - CAP. II  - Os espaços do Memorial: auditório, museu, biblioteca, salão de exposições/reuniões
 (Foto: Antônio Galdino e acervo do autor)

Para cuidar do projeto e destinar cada espaço para dar vida ao Memorial Chesf foi convidado o desenhista/projetista também da Divisão de Serviços Gerais/DRGP-SPOM, Reginaldo Fortes, que teve a difícil missão de fazer nascer no lugar dos velhos galpões que foram utilizados no começo da obra da Chesf para guardar cimento, num equipamento moderno de múltiplo uso, abrigando a história da Chesf em um Museu, uma biblioteca aberta para a comunidade, um auditório que também fosse teatro e cinema, um salão para exposições, além das áreas administrativas tudo já dentro das normas recentes de atendimento às pessoas portadoras de deficiência. 

Cada espaço foi cuidadosamente analisado. O Memorial Chesf precisava ter um bom auditório de múltiplo uso: auditório, teatro e cinema, coisa que poucas pessoas conhecem porque o uso constante é apenas das instalações do auditório.

Até à definição de todos os espaços, foram muitas conversas com o projetista Reginaldo Fortes e até uma viagem de cerca de 15 dias, com ele, para conhecer alguns modelos de museus pelo sertão a dentro porque o Memorial Chesf de Paulo Afonso precisava ter um Salão Museu, para expor aos visitantes peças e objetos, além de fotografias, que contassem a história desta grande empresa e seus pioneiros.

Era necessário que se tivesse um confortável auditório. Os cuidados com a central de ar condicionado, na medida exata para esse projeto. O acompanhamento do desmonte das ferragens de várias outras obras da Chesf em Paulo Afonso, Itaparica e Xingó para o seu perfeito aproveitamento na obra.

Tão cuidadoso foi o trabalho de Fortes que recebeu o aval do arquiteto chesfiano Armando, a quem o projeto foi apresentado por Fortes, no Recife.

Hoje, aposentado, Fortes se diz muito feliz por essa obra que ajudou a criar e que hoje é uma referência para a cultura do município de Paulo Afonso. Ele esteve acompanhando cada metro construído e coube a ele avaliar as propostas de mudanças que iam aparecendo para que os usuários de cada espaço desse equipamento se sentissem bem, confortáveis e ele, o Memorial Chesf de Paulo Afonso, cumprisse a missão para a qual foi concebida.

Nos aniversários de 10 e de 20 anos do Memorial Chesf, a Administração Regional da Chesf em Paulo Afonso homenageou aqueles que participaram do processo de criação e atuaram no Memorial Chesf. Na foto, Reginaldo Fortes recebe a sua lembrança das mãos se Luiz Neto, então chefe do Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho sob o olhar de Gilberto Pedrosa (Maninho) chefe da Administração Regional da Chesf em Paulo Afonso. 

Reginaldo Oliveira Fortes, nasceu em Santana do Ipanema/AL, no ano de 1954. Foi admitido pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco em 07 de março de 1974 na função de fiscal de campo. Em 1977 foi promovido, através de uma seleção interna, a desenhista projetista, onde ao longo dos anos contribuiu com a sua experiência em vários projetos arquitetônicos e execução dos mesmos, tais como: Projeto de residências M3, M4, Loteamento do Bairro Sal Torrado, manutenção de residências e prédios administrativos, hospital e ambulatório.

“Todos são trabalhos importantes para a gestão regional da Chesf em Paulo Afonso mas, a responsabilidade de elaborar e acompanhar o projeto de construção do Memorial Chesf de Paulo Afonso foi dos mais marcantes”, diz Fortes. 

Ao longo do tempo passou também pela área de responsabilidade social, onde fiscalizou vários projetos importantes em Piranhas-AL como: fiscalização do Instituto Xingó, reforma do Centro Artesanal, construção de prédio adminstrativo e de cursos, fiscalizou a construção do Instituto Federal de Alagoas  (parceria CHESF/IFAL ) e muitos outros.

Foi desligado da empresa no dia 13 de agosto de 2013, saindo com um sentimento de gratidão e de  dever cumprido durante seus 40 anos de CHESF.

A Auditório Graciliano Ramos é também teatro e cinema

O Auditório do Memorial Chesf chama-se Graciliano Ramos, e foi concebido para ser um espaço de multiuso: auditório, teatro e cinema.

O Auditório -

O auditório do Memorial Chesf de Paulo Afonso recebeu o nome de Graciliano Ramos, numa homenagem prestada pelo também alagoano, Sérgio Moreira, presidente da Chesf ao seu conterrâneo escritor de muitas obras sobre os sertanejos, dentre elas Vidas Secas. 

Os personagens dessa obra, como Fabiano e a cachorra Baleia, além do sol inclemente do Nordeste e também uma representação do romance São Bernardo, deste autor estão  mostrados em ferro (aramado) nos dois lados do palco, numa criatividade de um serralheiro do SPOM, que assinou a sua obra como OLIVEIRA.

Neste auditório estão quatro grandes painéis sendo dois de 4 metros por 3 metros e outros dois de 4 metros por 2 metros, obras em acrílico sobre tela do artista plástico, na época chesfiano da Gerência de Operação, Hilson Costa, hoje arquiteto com escritório em Aracaju/SE.

(Veja mais sobre essas e outras obras do Memorial Chesf em outro capítulo dessa história dos 25 anos do Memorial Chesf Paulo Afonso)

Nesses 25 anos de história não se tem como contar os grandes eventos que ali aconteceram, desde os muitos aniversários da Chesf, aos encontros de aposentáveis, eventos literários e artísticos diversos, reuniões da diretoria da Chesf e eventos da comunidade de Paulo Afonso. Um dos usuários bem frequentes do Memorial Chesf foi a Academia de Letras de Paulo Afonso promovendo grande número de palestras e realizando, nas instalações do Memorial Chesf, três Bienais do Livro de Paulo Afonso e Encontros de Escritores da Região do São Francisco, promovidas pelo jornal Folha Sertaneja, Academia de Letras e Instituto Histórico e Geográfico.

Ali também já acontecerem eventos como o Sonora Brasil, promovidos pelo SESC e musicais poéticos como o Na Mala do Poeta tem poesia de todo jeito, Encontro de Coros, Centenas de palestras como a do atleta Oscar Schmidt, humoristas como Jessiê Quirino e dramaturgos como Ariano Suassuna e centenas de outros eventos. O palco do auditório Graciliano Ramos, do Memorial Chesf Paulo Afonso, também já recebeu Ministros de Estado, como Nilmário Miranda para um evento com os índios Tuxás, na gestão do APA Fernando Ribeiro e a primeira dama Ruth Cardoso e comitiva de empresários, dentre eles Antônio Hermírio de Morais, na gestão de Rubem Alcântara.

Um dos eventos mais marcantes na história do Memorial Chesf foi a realização do Chá da Memória, quando a hidrelétrica reuniu os seus pioneiros para que contassem um pouco de sua história para a produção de um vídeo, feito pela Galvídeo no ano de 2007.

O Cinema -

Em uma cabine foram montadas e testadas pelo técnico Violão (in memoriam), as máquinas de projeção de cinema que durante décadas funcionaram no Clube Operário de Paulo Afonso e estavam em perfeitas condições de uso. Como todos os galpões construídos pela Chesf eram do mesmo padrão, e o COPA era originalmente um galpão de material de obras para a Usina Piloto, o foco das máquinas de cinema ali instaladas foi testado de forma perfeita pelo técnico e eletricista Violão. Tudo perfeito. Apenas com um detalhe: como esse equipamento ainda utilizava/utiliza o sistema de carvão ativado, já em desuso, sugeriu-se que a Chesf substituísse essas máquinas por equipamentos mais modernos, o que não foi feito.

O Teatro -

O palco elevado do auditório tanto dá mais visibilidade para a plateia como poderá ser utilizado como teatro, havendo apenas a necessidade de se instalar uma cortina à sua frente. Para que esse espaço adquirisse a condição de teatro, foi-se buscar o apoio da dramaturga pauloafonsina, Dolores Moreira filha do pioneiro chesfiano, Joaquim Alexandre e de Maria Moreira e, a partir de sua orientação técnica foram construídos camarins dos dois lados do palco, ligados por uma ampla coxia.

Neste palco já foram encenadas peças sobre a própria Chesf e sobre o Nordeste, por grupos de teatro de Paulo Afonso.

 

Salão de exposições – salão de reuniões

Hoje transformado em grande sala de reuniões, um dos salões do Memorial Chesf de Paulo Afonso, ao lado do Auditório, foi concebido para ser um Salão de Exposições, também utilizado para eventos sociais e palestras. 

Neste espaço já foram apresentadas muitas exposições fotográficas, de pinturas diversas e outros grandes eventos. Nesse espaço e no auditório foram recebidos escritores da região que participaram dos Encontros de Escritores da região do São Francisco, dentro das três Bienais do Livro realizados nesse Memorial nos anos de 2014, 2016 e 2018, evento organizado pelo Jornal Folha Sertaneja em parceria com a Academia de Letras de Paulo Afonso e com o Instituto Geográfico e Histórico de Paulo Afonso, com o apoio da Chesf e da Secretaria de Cultura do município de Paulo Afonso. 

Exposições fotográficas, como a organizada pelo fotógrafo Severino Silva, da Chesf, hoje aposentado mostrando as belezas de Paulo Afonso e do rio São Francisco e uma exposição de presépios natalinos de todo o mundo, organizada pelo Padre Celso da Anunciação, dentre muitas outras.

O Salão de Exposições agora foi organizado como sala de grandes reuniões da empresa.

Todos os pavilhões do Memorial Chesf de Paulo Afonso têm interligação entre si.

Salão do Museu Chesf, agora com uma novidade: o Museu Vivo!

Espaço muito visitado por pauloafonsinos e por turistas, o Museu Chesf reúne equipamentos recebidos da área das usinas da Chesf e utilizados nos primeiros tempos da empresa. Ali também estão chapéus utilizados pelo primeiro presidente da Chesf, equipamentos com os quais o chesfiano Bret Cerqueira Lima fez as primeiras filmagens das obras, uma cópia – relíquia – do Relatório de Halfeld sobre o rio São Francisco, resultado de sua expedição de Pirapora à foz desse rio entre os anos de 1852 e 1854, cujo teor motivou o Imperador D. Pedro II a visitar a Cachoeira de Paulo Afonso, o que fez em 20 de outubro de 1859.

Estão no Museu Chesf do Memorial de Paulo Afonso uma grande maquete em madeira da Usina e reservatório Luiz Gonzaga, e outra, esta construída sob a orientação do Engenheiro Bret Cerqueira, do sistema de ensecadeiras utilizadas para o fechamento do rio São Francisco. Também muitas fotos, parte do acervo de centenas de troféus conquistados em desfiles e nos Jogos Olímpicos pelo Colégio Paulo Afonso, cujo sistema de ensino foi mantido pela Chesf durante mais de cinquenta anos. Há ali também  o busto, o birô e cadeira do primeiro presidente da Chesf, Engenheiro Antônio José Alves de Souza que presidiu esta empresa de 15/03/1948 a 18/12/1961, e uma vitrola histórica. Ele faleceu de infarto em Paulo Afonso e o seu coração foi sepultado ao lado do seu busto do Parque Belvedere, monumento construído pelos empregados em homenagem à diretoria da empresa e ao primeiro decênio da Chesf, em 15/03/1958.

O Museu do Memorial Chesf Paulo Afonso tem também a galeria atualizada de todos os presidentes da Chesf desde a sua criação em Março de 1948.

No Museu Chesf, a energia viva...

Numa versão mais moderna, o Museu da Chesf do Memorial de Paulo Afonso apresenta o Museu Vivo, um mini sistema elétrico de potência montado pelo técnico em eletrotécnica, José Reginaldo dos Santos, ex-instrutor do Centro de Formação Profissional de Paulo Afonso, onde ele demonstra desde a produção da energia hidroelétrica até o seu consumo industrial, um grande laboratório que tem encantado os visitantes e, de forma bem especial, os estudantes de eletrotécnica e dos cursos de engenharia elétrica.

José Reginaldo dos Santos é técnico em Eletrotécnica, tem pós-graduação em Engenharia Elétrica e capacitação para os cursos de Operador de Usina Hidrelétrica e operador de Sistema Elétrico de Potência. Na área de Educação tem Graduação em Licenciatura em Pedagogia, Pós-Graduação em Psicopedagogia. Na Chesf, atuou por dezenas de anos como Instrutor do CFPPA nos cultos técnicos de Eletrotécnica e na formação de Operadores de Usina, Subestação e Sistemas Elétricos. Com o encerramento das atividades da Chesf no CFPPA, passou a atuar no Memorial Chesf de Paulo Afonso acompanhando visitas técnicas ao complexo hidrelétrico de Paulo Afonso. Ali, montou esse Mini Sistema Elétrico de Potência, a que chama de Museu Vivo. Também atua no Centro Técnico de Itaparica – CETEPI-1, da rede escolar do Estado da Bahia, onde é Coordenador Pedagógico.

Biblioteca Aurélio Buarque de Holanda, do Memorial Chesf Paulo Afonso

Também naquela época já se pensou em organizar um espaço no Memorial Chesf para uma Biblioteca mas ela só foi inaugurada dois anos depois, em 17 de dezembro de 1999, quando o Administrador da Chesf em Paulo Afonso era Rubem Alcântara.

A Biblioteca do Memorial Chesf de Paulo Afonso recebeu o nome do filólogo, dicionarista Aurélio Buarque de Holanda recebeu a visita de um filho de Aurélio Buarque e outros familiares de Aurélio Buarque de Holanda estiveram presentes. Ele foi homenageado pela Administração Regional de Paulo Afonso e recebeu do Assessor Administrativo da APA, Florisval Batista, uma placa. O Administrador Rubem Alcântara estava em viagem a serviço, no Recife.

Para essa Biblioteca foram transferidos os acervos das antigas bibliotecas do Clube Operário de Paulo Afonso, do Clube Paulo Afonso e também do Colégio Paulo Afonso.

Há muitos anos que a Biblioteca do Memorial Chesf de Paulo Afonso tem um espaço especial para os escritores membros da Academia de Letras de Paulo Afonso e outros escritores do município de Paulo Afonso.

Todos os espaços do Memorial Chesf de Paulo Afonso compõem uma área total construída de mais de 1.550 metros quadrados. O que surpreende a todos é o seu custo final. Confirma Pedro Nascimento que era o gerente da Divisão de Serviços Gerais na época, responsável por toda essa obra, com o que também concorda Reginaldo Fortes que, ao seu final o seu custo total não chegou aos 500 mil reais.

Na época, asseguram eles, estava sendo concluído o Ginásio de Esportes de Paulo Afonso e, na época se teve a informação que o custo final de Ginásio de Esportes chegou perto de 5 milhões de reais.

PRÓXIMO CAPÍTULO - As artes do Memorial e as pessoas.




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