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Professor Galdino

A cultura brasileira perde dois grandes valores no mesmo dia...

Publicada em 10/11/22 às 16:40h - 446 visualizações

Antônio Galdino


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A cultura brasileira perde dois grandes valores no mesmo dia...
 (Foto: Das redes sociais)

O dia 9 de novembro por certo será lembrado pelos amantes da boa música e das raízes culturais do Brasil como o triste dia em que partiram dois grandes representantes dessas áreas, os dois, músicos, cantores, caminheiros por essas estradas há sete, oito décadas...


Dia 9 de novembro o noticiário da TV, rádios, jornais, redes sociais impactaram a todos com a triste notícia da morte da cantora baiana Gal Costa, aos 77 anos, de infarto, em São Paulo. Os mesmos veículos de comunicação também anunciavam a morte de Rolando Boldrin, aos 86 anos, por insuficiência renal e respiratória.

 

“Perdemos a maior cantora do Brasil”, diz Caetano Veloso

“É com pesar que confirmamos o falecimento da cantora Gal Gosta, na manhã dessa quarta-feira, 09 de novembro, em São Paulo. Gal Costa sofreu um infarto em sua casa e não resistiu. Pedimos respeito e compreensão nesse momento de luto”, informou a assessoria.

Baiana de Salvador, onde nasceu em 26 de setembro de 1945, Maria da Graça Costa Penna Burgos teve uma carreira de 57 anos quando, em 1965, apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Morava em São Paulo onde faleceu de um infarto, deixando surpresos e entristecidos amigos cantores de sua geração como Caetano, Gilberto Gil, Betânia, seus conterrâneos baianos e todas as gerações de admiradores por quase 60 anos de caminhada.

De "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal", "Pérola Negra", ele foi do suingue de Jorge Ben Jor com "Que pena (Ela já não gosta mais de mim)" ao rock com "Cinema Olympia", mais uma de Caetano. "Meu nome é Gal", de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.


Gravou Luiz Melodia, Jards Macalé e Waly Salomão e seguiu gravando músicas de Gil e Caetano, mas foi incluindo no repertório versos de outros compositores como Cazuza ("Brasil", 1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas ("Um dia de domingo", de 1985); e Marília Mendonça ("Cuidando de longe", 2018).


Sobre sua morte, Caetano Veloso disse, “perdemos Gal Costa, a maior cantora do Brasil”. Para Preta Gil, Gal Costa era “grande mãe, grande colo, grande inspiração”. 

Gilberto Gil, num lamento triste balbucia: “Nossa irmãzinha se foi...” 

Maria Bethânia diz: “Não imaginei falar da dor de perdê-la”.



Rolando Boldrin vai para o céu, aos 86 anos...

Rolando Boldrin levava os causos, poesias, textos interessantes apresentados por ele por seus convidados nos programas que fazia nas manhãs de domingos na Rede Globo, TV Bandeirantes, SBT e TV Cultura, depois de longa carreira como ator


Em um desses programas, na TV Cultura, ele apresentou o texto “Se eu morrer antes de você”, de autoria do Padre Zezinho, publicado no seu livro Amizade talvez seja isso... da Editora Paulus, de São Paulo, em 1988, que fala da importância da amizade e de estar no céu. (Veja o vídeo no final da matéria).


Nesta quarta-feira (9) o cantor, compositor e ator Rolando Boldrin, que apresentava semanalmente o “Sr Brasil”, programa da TV Cultura, fez esta viagem ao eterno. A sua morte foi confirmada pela assessoria do artista, assim como o anúncio do seu velório, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.


Rolando Boldrin estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, havia dois meses. Segundo informou a assessoria à TV Cultura, a causa da morte foi insuficiência renal e respiratória.


Mas, quem era esse contador de histórias da televisão brasileira?


Rolando Boldrin nasceu na cidade interiorana de Sçao Joaquim da Barra no estado de São Paulo. Desde pequeno tocava viola. Aos doze anos de idade começou uma empreitada musical com o seu irmão, formando a dupla Boy e Formiga, que era bem sucedida na rádio do município.


Aos dezesseis anos, devido a incentivos por parte de seu pai, Boldrin foi para a capital São Paulo, de carona em um caminhão. Lá, antes de emplacar na carreira de cantor, foi sapateiro, frentista, carregador, garçom e ajudante de farmacêutico. Aos dezoito prestou serviço militar no Exército, em Quitaúna e, nos anos que se seguiram, dedicou-se à atividade musical.


Boldrin debutou na música em 1960, como participante do disco de sua futura esposa, que se tornou sua produtora, Lurdinha Pereira. Em 1974, lançou seu primeiro disco solo, pela Continental, O Cantadô.


Boldrin também teve uma grande experiência como ator de teleteatros da TV Tupi, entre o final da década de 50 e começo da de 60, ao lado de vários nomes como Lima Duarte, Laura Cardoso, Dionísio Azevedo e outros. O livro "A TV antes do VT" mostra várias passagens do ator na emissora, em fotos das gravações dos programas da TV Tupi, antes da implantação do videoteipe.


Como ator de televisão, entre as décadas de 1960 e 1980, Boldrin atuou em aproximadamente trinta novelas das TVs Record, Tupi, Bandeirantes e Globo.


Como apresentador de televisão, na década de 80, esteve à frente dos programas Som Brasil, (TV Globo), Empório Brasileiro (TV Bandeirantes) e Empório Brasil (SBT). Seu último trabalho como apresentador foi o programa Sr. Brasil, pela TV Cultura de São Paulo.


Após atuar como Pedro Melo em O Tronco (1999), filme baseado no romance homônimo do escritor goiano Bernardo Élis, recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília.


Rolando Boldrin era casado com Patrícia Maia Boldrin, produtora e cenógrafa.


Divulgação da cultura brasileira

Aproveitando o espaço na televisão, Rolando Boldrin foi um dos maiores divulgadores da música sertaneja brasileira. Em agosto de 1981 estreou o programa Som Brasil, na TV Globo, com o objetivo de divulgar a música brasileira de inspiração regional. Ele contava "causos", dançava e exibia peças teatrais e pequenos documentários. 


Mas o destaque eram as atrações musicais, cujo repertório incluía músicas de cantores e compositores que tinham como fonte a cultura popular. Boldrin deixou o programa em 1984, mas levou a ideia a outros programas apresentados por ele, Empório Brasileiro, Empório Brasil e Sr. Brasil.


Em 2010 foi tema do desfile da Escola de Samba Pérola Negra no carnaval de São Paulo com o enredo "Vamos tirar o Brasil da gaveta", tendo como ponto central o empenho de Boldrin em ressaltar a cultura nacional.


Em 2022, a TV Cultura homenageou o ator pelos seus 85 anos de vida com a exibição do documentário "Eu, A Viola e Deus", dirigido por João Batista de Andrade. 




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1 comentário


Marcos Antônio Lima

10/11/2022 - 17:06:22

Um dia triste,que entrará para os anais da história como um dia de irreparável perda.


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