Ele era apenas Seu João e tinha o poder de agregar ao seu nome a sua opção política ou o lugar onde estava trabalhando. E, em todos os lugares era sempre uma figura muito querida.
Defendia o PT, como se diz, com unhas e dentes e fazia questão de mostrar essa sua opção política nas suas roupas e no seu meio de transporte, sua moto que vivia cheia de adesivos, bandeiras do seu partido político do coração, o Partido dos Trabalhadores. E, como asseguram seus colegas de sindicato, era homem de frente. Sempre pronto, sempre presente nas greves, nos movimentos sindicais. Era, de fato, autêntico.
Também se mostrava assim, autêntico, real, nas atividades que fazia como empregado da Chesf. No tempo em que trabalhou como garçom, no Clube Paulo Afonso era conhecido como João do CPA.
Tempos depois, trabalhando no SPAA, foi prestar serviços como guia de turismo no Memorial Chesf. Ali, era a mesma dedicação, o mesmo cuidado na preservação das coisas da Chesf, que amava de paixão. Recebia os turistas, os estudantes no Memorial Chesf, explicava tudo, dava uma aula, do seu jeito e levava os visitantes para a visita técnica, nas usinas e ali eles eram acompanhados pelo pessoal técnico e engenheiros da Gerência de Operação com as informações mais precisas.
Era uma pessoa muito agradável, quase folclórica e muito querida por todos.
Zenaide, que foi secretária do Jornal Folha Sertaneja durante muitos anos, me mandou uma mensagem, sofrida, quando soube de sua morte. Ele cativava as pessoas, com o seu jeito simples de ser e de viver.
Lembro que certa vez me pediu para produzir um vídeo sobre ele e fizemos isso, com todo carinho e ele ficou muito agradecido. Vez por outra aparecia no escritório do jornal para fazer uma visita. A gente sabia do sofrimento dele no cuidado com a esposa, durante muitos anos, mas ele nunca reclamava de nada.
E ele se foi. Ficamos tristes.
Lamentável perda! As homenagens são justas, foi uma grande pessoa. Meus pêsames aos familiares.
Meus sentimentos, aos familiares e amigos.