Faleceu aos 74 anos, Francisca Rosa, mais conhecida como “Chica do Colepa”.
Chica do Colepa” era exemplo de mulher guerreira, de mãe cuidadosa e de amor ao próximo.
Foi com grande tristeza e pesar que os pauloafonsinos receberam a notícia do falecimento da senhora Francisca Rosa de Jesus Santos, aos 74 anos, mais conhecida como “Chica do Colepa”. Ela foi merendeira por longos anos no antigo Colégio Paulo Afonso da Chesf, onde foi amada por alunos e companheiros de trabalho.
Chica morreu às 6h da manhã desta Sexta-feira da Paixão, 7 de abril, no município de Serra Talhada, PE. A ex-chesfiana estava internada há 15 dias no Hospital São Vicente, em virtude de uma queda e fratura do fêmur. Ela precisou ser removida de Paulo Afonso para se submeter a uma cirurgia, mas por complicações renais e da própria fratura, não resistiu.
Além do Colepa, Chica atuou como funcionária da Chesf no Centro de Formação Profissional de Paulo Afonso (CFPPA), antiga Escolinha, e alguns escritórios da companhia.
Pessoa simples e de sorriso cativante, a filha do também ex-chesfiano José Higino, deixa saudades eternas nos filhos Alexsandro e Francisco, demais familiares e amigos.
O velório será realizado a partir das 15h de hoje, na sua própria residência, localizada à Rua Monsenhor Magalhães, nº 420, no centro de Paulo Afonso. Seu sepultamento acontecerá a partir das 8h da manhã deste sábado, 8 de abril, no Cemitério Padre Lourenço Tori. (do site giulianoribeiro.com).
Os ex-alunos do COLEPA também choram...
As redes sociais, os grupos de WhatsApp do COLEPA, o Facebook chegam todos com essa triste notícia.
Em verdade, mesmo sentidos com a sua partida, cada um de nós, mesmo tristes e pesarosos precisam entender o que Deus tem para cada um de nós e como a querida Chica vinha sofrendo ultimamente, com problemas sérios nos rins o que exigia que fizesse hemodiálise todos os dias.
Por último, ela quebrou o fêmur e teve que ser levada para um hospital em Serra Talhada para ver se conseguia uma recuperação. Não deu certo e Deus a chamou para a Sua morada.
Vamos nos lembrar da boa Chica, como a conhecemos, alegre, ajudadora, gente do bem. Sempre!
Durante anos os alunos do COLEPA foram ampliando, a cada novo ano, o carinho, o amor pela merendeira mais querida, a boa Chica.
A boa Chica teve uma vida sofrida. Houve um tempo em que ela, trabalhando numa empresa terceirizada, foi esquecida no processo de entrada na Chesf. Foi preciso que professores e alunos a ajudassem a ter reconhecidos os seus direitos.
Ela sempre saía na defesa das pessoas. Soube de uma história que aconteceu em uma agência bancária assim que saiu a Lei que beneficia idosos, gestantes, pessoas com bebês no colo, que passaram a ter prioridade nas filas.
Ela estava em uma fila de um banco, bem cheio e viu uma gestante no rabo da fila. Não teve dúvidas, saiu do seu lugar e foi lá atrás trazer a mulher para a frente. Algumas pessoas começaram a reclamar, inclusive um senhor abusado, cheio de ar. Chica não se fez de rogada. Tomou a defesa da mulher e apenas disse ao machão da vez:
- O senhor só tá reclamando porque o senhor nunca pariu. Não sabe o que é carregar uma criança na barriga nove meses...
O povo todo aplaudiu a nossa Chica e o senhor incomodado, saiu, calado, de fininho e caiu fora...
Falando dessa viagem da nossa querida Chica, em meu lembrei automaticamente do poema de Manoel Bandeira chamado Irene no Céu.
Irene no Céu
Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
- Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.
(Manuel Bandeira)
Como a Irene do poeta Manuel Bandeira, a nossa Chica não vai precisar pedir licença...
Que o conforto do Espírito Santo chegue a todos os seus familiares e aos amigos nesse momento de perda e de dor, “Para que os seus corações sejam consolados e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai e de Cristo”. (Colossenses: 2.2)
(Professor Galdino)