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Professor Galdino

A sanfona e os teclados silenciaram... morreu Toinho dos Dissonantes aos 81 anos

Publicada em 12/08/23 às 23:36h - 990 visualizações

Antônio Galdino


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A sanfona e os teclados silenciaram... morreu Toinho dos Dissonantes aos 81 anos
 (Foto: Arq. do jornal Folha Sertaneja)

Sábado, 12 de agosto de 2023, véspera do Dia dos Pais. No final da tarde vejo no WhatsApp a notícia do falecimento de Antônio Honório de Souza, conhecido de todos como Toinho dos Dissonantes, pioneiro de Paulo Afonso, onde chegou com apenas 9 anos de idade, no ano de 1951.

A informação que nos chega é que o seu corpo está sendo velado no Ginásio de Esportes Luiz Eduardo Magalhães, na Avenida Apolônio Sales, e o sepultamento será nesse domingo, dia 13 de agosto, às 16 horas, no Cemitério Padre Lourenço Tori, de Paulo Afonso.

Apresento à sua família o meu pesar por essa perda tão preciosa e oramos que o Espírito Santo traga para cada familiar o conforto e a paz nesse momento difícil.

E como uma homenagem póstuma apresento um relato pequeno de sua passagem entre nós, alegrando com os acordes de sua sanfona e dos seus teclados as festas do COPA e outros clubes sociais da cidade e da região e as festas de rua de muitas cidades, durante muitos anos. Também levou a animação às Festas de São João do COLEPA e Os Dissonantes foi a base para centenas de calouros que passaram pelo Coliseu Show, o imperdível programa de auditório das manhãs dos domingos no Cine Coliseu, da Praça Libaneza...

No Coliseu Show, a partir da esquerda: Antônio Galdino (apresentador), calouros Ângela e Juvenal, cantor dos Dissonantes, Fernando Menezes, calouro Isac, músicos dos Dissonantes, Pinto e Ailton.

Toinho dos Dissonantes e o Coliseu Show

Por anos, seis ou mais, fazia, com Nilson Brandão e Rubem Marques, algumas vezes, o programa de calouros chamado Coliseu Show. Para acompanhar os calouros um grande conjunto musical. Foi assim com Os Satélites, de Elias Nogueira e com outros grupos musicais, mas o que ficou mais tempo e marcou mesmo o programa foi Os Dissonantes, de Toinho.

E lembrei que era exatamente nos sábados à tarde que Nilson Brandão e os calouros do programa Coliseu Show iam para a sede dos Dissonantes para ensaiar para o programa Coliseu Show dos domingos pela manhã no Cine Coliseu, na Praça Libaneza. E foi assim por muitos anos.

Antônio Honório, Toinho dos Dissonantes, aos 14 anos já tocava no Forró de Chico Cego...

Antônio Honório, Toinho dos Dissonantes nasceu na cidade paraibana de São João do Tigre, filho de Seu Ananias e de D. Josefa, em 21 de Janeiro de 1942.

Em 15 de maio de 2018, por iniciativa do vereador Cícero Bezerra e aprovado por unanimidade por todos os vereadores, a Câmara Municipal de Paulo Afonso concedeu a ele o título de Cidadão de Paulo Afonso, pelo muito que divulgou este município em suas centenas de tocadas com os Dissonantes por esse Brasil a fora.

O Jornal Folha Sertaneja daquele mês de maio de 2018, lhe prestou uma singela homenagem.

Hoje o acordeon e também os teclados com que tanto animou as Festas Juninas do COLEPA, de Paulo Afonso, do Nordeste silenciaram...

Silencia uma parte muito importante da história da música em Paulo Afonso.

Como uma homenagem a quem tanto contribuiu com a cultura de Paulo Afonso e tanto divulgou esta cidade/município por onde andou levando a música dos Dissonantes, reproduzimos o texto publicado no Jornal Folha Sertaneja há cinco anos com o relato de sua história.

O paraibano Antônio Honório, Toinho dos Dissonantes, foi homenageado pela Câmara com o título de Cidadão de Paulo Afonso

Na Sessão do dia 15 de Maio de 2018, a Câmara Municipal de Paulo Afonso, fez a entrega solene do título de Cidadão de Paulo Afonso ao Sr. Antônio Honório de Souza, fruto do Projeto de Decreto Legislativo Nº 14/2018, de autoria do vereador Cícero Bezerra de Andrade aprovado por unanimidade pelos vereadores deste Poder Legislativo.

Toinho e sua família na Câmara Municipal de Paulo Afonso, quando recebeu o título de Cidadão de Paulo Afonso

Se alguém falar de um certo músico paraibano chamado Antônio Honório de Souza, certamente pouquíssimos saberão que é ele. Mas se disser, Toinho dos Dissonantes, todos terão uma lembrança, uma palavra de elogio, uma historinha para contar sobre este excepcional músico, o filho de Ananias Honório de Souza e Josefa Alves Feitosa e que nasceu em 21 de Janeiro de 1942 na cidade de São João do Tigre, nas terras paraibanas mas, poucos tempo depois, com apenas 9 anos de idade, no ano de 1951, chegava à pequena Forquilha, à Vila Poty que depois se transformou na formosa Paulo Afonso, no Estado da Bahia.

O menino paraibano aprendeu a manejar com segurança e destreza as teclas e os baixos da sanfona nordestina e ainda com 14 anos começou a tocar no Forró de Chico Cego.

No ano de 1962, quando tinha 20 anos, como relata o músico Turpim Nóbrega, de saudosa memória, no seu livro A Música e Eu, produzido por Antônio Galdino pela Galcom Comunicações, “Toinho do Acordeon, como já era conhecido, foi convidado por Turpim Nóbrega para fazer parte da banda Turpim e seu Conjunto que começava a tocar no Clube Operário de Paulo Afonso depois da saída do Maestro Expedito Aguiar da direção da Orquestra desse Clube, o COPA”.

Zé Freire, presidente do COPA e a Banda Os Dissonantes

Diz ainda Turpim (in memoriam) que “anos depois, em 1964, a direção do COPA adquiriu instrumentos elétricos, guitarra, baixo, teclados e o conjunto passou a se chamar Turpim e seus Elétricos e nesse conjunto que tocou pelo Nordeste a fora por muitos anos, Toinho do Acordeon passou a ser Toinho dos Teclados.

Nos anos 70, Toinho, que também já trabalhou como relojoeiro na Casa de Edson Jóias, saiu do COPA e formou a Banda os Dissonantes, na qual atuou por 35 anos, viajando por todo o Nordeste e vários outros estados, difundindo o nome de Paulo Afonso, através de sua arte, para todo o Brasil, sendo o mestre da música para vários outros artistas como Osvaldo Silva, Altair Leonardo, Fernando Menezes, Aroldo do Hospital, Ailton Malaquias, Pinto do Sax, Miguel Baterista, Isaac cantor, Luisinho baterista, Zé Leite no baixo e muitos outros e alguns seguem carreira até hoje, pondo em pratica o que aprenderam com o grande maestro da vida" Toinho dos Dissonantes".

O músico Birusco disse uma vez para o Jornal Folha Sertaneja: “Tive a oportunidade de tocar durante 4 anos com Os Dissonantes. Muito aprendizado com Toinho. Minha primeira escola musical. Meu primeiro cachê. Muitas histórias pra contar. Um amor de pessoa e também muito cuidadoso comigo. Na época, de menor, ele era meu tutor nas viagens com a banda. Só tenho gratidão e desejo tudo de lindo na vida desse ser de luz”.

Os Dissonantes foi durante muitos anos o conjunto que acompanhava os calouros e cantores no programa Coliseu Show, realizado todos os domingos pela manhã no Cine Coliseu e produzido e apresentado por Antônio Galdino, Nilson Brandão e Rubens Marques.

“Antônio Honório ou Toinho dos Dissonantes, casado com Maria José Amaral e pai de Socorro, Helena, Marcos e Cristina, levou a alegria da sua música para muitos lugares durante dezenas de anos até que o AVC, sofrido em várias vezes, o mais intenso em 2011, o deixou impossibilidade de continuar o seu trabalho” como afirmou na época sua filha Cristina.


No sábado, dia 12 de agosto de 2023, o acordeon, os teclados, que estavam adormecido,  emudeceram de vez ... e o silêncio dos seus acordes são uma homenagem a quem lhes deu vida por muitos anos, Antônio Honório de Souza, Toinho dos Dissonantes que viajou... foi tocar em outras paragens...



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1 comentário


Clara Ferreira da Silva

27/02/2024 - 13:28:08

Sou neta dele e descobri hj o seu falecimento 😥🖤 Apesar de nunca o ter conhecido pessoalmente, tenho MTA admiração por ele!


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