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Professor Galdino

Bola no centro do campo... Renasce uma Esperança... Vem aí a 15ֺª Supercopa de Futebol Nilson Brandão

Publicada em 18/11/24 às 22:51h - 226 visualizações

Antônio Galdino com texto de Luciano Júnior


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Link da Notícia:

Bola no centro do campo... Renasce uma Esperança... Vem aí a 15ֺª Supercopa de Futebol Nilson Brandão
Bola no centro do Estádio Álvaro de Carvalho - montagem sob foto de Anderson, de 2020.  (Foto: Acervo do autor e Beto da Liga (foto dele e Luciano e banner))

Bola no centro do campo... Renasce uma Esperança...

Vem aí a 15ֺª Supercopa de Futebol Nilson Brandão

Antônio Galdino

Em seu livro, ainda inédito, “Ecos do Futebol em Paulo Afonso e outros esportes”, ainda não publicado, porque as promessas vazias de alguns e a insensibilidade de outros ainda não o fizeram nascer, o desportista desde menino Nilson Brandão, que nos deixou há pouco tempo sem ver o seu sonho realizado – a publicação do seu livro de ricas histórias sobre os esportes, e o futebol, em especial – ele nos diz várias vezes duas coisas muito marcantes: bola no centro do campo e a bola vai continuar rolando...

A primeira frase nos mostra que vamos ter jogo sim, que o jogo vai começar ou recomeçar após um gol...

A segunda frase nos mostra que o show não pode parar e, um dia, apesar dos adiamentos, do estádio vazio, a bola vai continuar rolando, se não no pomposo estádio, em um campo de terra improvisado, na rua... sempre vai-se encontrar um menino ou uma linda menina - e salve Marta e as muitas meninas do futebol e outros esportes - tendo uma bola de futebol, ou de outros esportes, como sua referência...

Foi assim com Nilson Brandão e com milhares de atletas, alguns de excepcional talento, outros apenas chutadores de bola, tudo bem...

Mas, a bola vai continuar rolando,  no meio da rua, no poeirão, nos campos de várzea, na zona rural, no campo de futebol municipal...

É o que já nos afirma Pedro Roberto, o Beto da Liga, ao anunciar nas redes sociais que está retomando as atividades da Supercopa de Futebol de Paulo Afonso e que ela agora se chama SUPERCOPA DE FUTEBOL NILSON BRANDÃO e que a bola vai rolar já em fevereiro de 2025...

Lembro de uma conversa com Nilson e ele traz essa lembrança no seu livro que, com 10 anos de idade, ao chegar a Paulo Afonso, a sua grande alegria foi ouvir, pelo rádio, a seleção brasileira de futebol ser campeã mundial, na Suécia, em 1958.

Nesses dias, quem esteve algumas vezes na Redação da Folha Sertaneja foi Pedro Roberto, quase meu vizinho, mais conhecido como Beto da Liga, por já ter sido presidente da Liga Desportiva de Paulo Afonso – LDPA e por suas muitas investidas em organizar atividades futebolísticas como a Supercopa Cachoeira de Paulo Afonso, revelando talentos jovens, adolescentes para o mundo do futebol.

E a Supercopa, que mereceu tantos espaços abertos por Nilson Brandão, nas rádios e nos jornais onde ele colaborou, chegou a ter 14 edições, mas, por causa de interesses políticos de outros, parou no tempo... É como se numa jogada magistral, dribles fantásticos, na hora do chute certeiro para o gol, a imagem ficasse parada, congelada e... faltasse energia, tudo apagasse...

Na conversa na Folha Sertaneja, Beto fez duas revelações muito importantes e de grande peso emotivo. Primeiro, anunciou que já vinha se preparando e que, em fevereiro de 2025, vai lançar a 15ª Edição do seu projeto Supercopa. A outra revelação é que a Supercopa passa a se chamar Nilson Brandão. Que grande gesto de homenagem a este desportista, para ele mais que grande amigo, um grande mestre, que aprendeu a ouvir...

Nilson Brandão, Editor de Esportes do Jornal Folha Sertaneja, no Cepeazinho no dia 18 de fevereiro de 2004, no lançamento do Nº 01 deste jornal mensal.

No Jornal Folha Sertaneja, Nilson Brandão tinha uma página inteira para falar de esportes e, na Edição Nº 1 deste jornal, de 18 de fevereiro de 2004, na página 15, ele destacava o Futsal, que estava no maior sucesso e trazia um artigo sobre a VII Supercopa e uma entrevista com Pedro Roberto, o Beto da Liga sobre essa sua criação. Veja o que ele escreveu sobre a Supercopa, há mais de 20 anos atrás...

Ao ser informado sobre o recomeço dessa caminhada e a homenagem a Nilson Brandão, dando o seu nome a este evento me transportei para 20 anos atrás quando Brandão escrevia sobre a VII Supercopa e para as páginas do seu livro “Ecos do Futebol em Paulo Afonso e outros esportes” onde ele falava e escrevia, com total segurança, sobre a bola no centro do campo...

Renasce assim em cada torcedor, em cada jogador, nesses meninos que estão começando, nos atletas masters como os do Caveira que se reencontraram esta semana, nessa Supercopa que renasce, e em outros muitos torneios, jogos de grandes times visitantes, a seleção brilhando de novo no Intermunicipal, a construção de um grande e moderno Estádio de Futebol...

Isso, ainda que demore a construção de um novo estádio, que é o sonho também antigo de muitos desportistas, arruma o gramado, testa os refletores do Estádio Álvaro de Carvalho porque renasce em todos nós a esperança de que a bola vai continuar rolando...

E sobre esse tema empolgante, Luciano Júnior também escreve dois artigos que já circulam pelas redes sociais e aqui também. O primeiro, você vai ler logo abaixo. O outro, você vai ler nesse site, no link a seguir:

https://www.folhasertaneja.com.br/noticias/agitosocial/807085/1

Supercopa de Futebol Nilson Brandão

Luciano Júnior

Hoje reencontrei o Pedro, nosso velho amigo e professor de Educação Física, aquele mesmo que fazia os menos atléticos correrem feito atletas olímpicos e que sempre tinha uma frase inspiradora para cada tropeço nos treinos. No meio de risadas e memórias dos nossos tempos de colégio quando fui seu aluno, ele compartilhou uma notícia que trouxe uma mistura de nostalgia e esperança: seu antigo projeto, a Super Copa Cachoeira de Paulo Afonso, será retomado! E, desta vez, com o nome de Supercopa de Futebol Nilson Brandão, em homenagem ao pioneiro que nunca deixou o esporte regional ser esquecido.

Este projeto que Pedro iniciou anos atrás, mas especificamente em 1998, era mais que um torneio; era uma celebração do futebol de base no sertão nordestino, reunindo talentos vindos do calor do agreste e da paixão do sertão. Um projeto que, desde sua criação, já viu nascer jovens craques que, tempos depois, brilharam nos grandes clubes brasileiros e até em times internacionais. Jogadores como Diego Costa, Marcinho e Wellington deram seus primeiros chutes profissionais nas competições que Pedro, com suor e muito improviso, ajudou a organizar.

O curioso é que a Super Copa, com seu cenário simples e distante dos grandes centros urbanos, ganhara fama como celeiro de craques e movimentava todo o comércio da região. Era pipoca, picolé e até Seu Popó, um ambulante de quase 80 anos, que sempre se preparava para vender os lendários cachorros-quentes na copa, abastecendo-se de salsichas como se fosse receber a torcida de um Maracanã lotado.

Porém, num desses tropeços burocráticos que só quem conhece o Brasil profundo entende, o torneio chegou a ser cancelado em 2012, numa crise que parecia fazer justiça ao velho ditado: “No Brasil, o futebol começa na várzea e morre na política”. Em pleno dia de abertura, foi decidido que as escolas da cidade, usadas como alojamento para os jovens atletas, estavam em reformas e não poderiam receber ninguém. Com isso, a delegação que vinha de cidades distantes, como Wenceslau Guimarães, ficou ao relento, “hospedada” em um ginásio sem estrutura. O prejuízo caiu como pedra no sapato de todos os envolvidos: vendedores, olheiros, treinadores, e, principalmente, os meninos que sonhavam em se tornar os próximos astros do futebol.

Mas, como diz o professor Pedro, o futebol ensina mais que tática; ensina resiliência. E ele, que nunca largou o sonho de retomar o projeto, encontrou, finalmente, uma nova gestão disposta a reerguer o torneio. Em 2025, a copa volta ao calendário oficial com o nome de Nilson Brandão. Uma homenagem que não só resgata a competição, mas que celebra a persistência de quem nunca aceitou que sonhos fossem deixados de lado por detalhes burocráticos.

E assim, em 2025, quando o sol de 30°C estiver dourando o campo em Paulo Afonso, cerca de 500 garotos vão se encontrar para fazer o que mais amam: jogar futebol. E, quem sabe, entre um drible e um chute, pode estar ali o futuro do futebol nordestino e, talvez, até mundial.

Quem poderia imaginar que, ao lado de Pedro, relembrando esses momentos, eu fosse perceber o valor de não desistir? Repensar é uma arte; e Pedro, com sua determinação, provou isso em campo e fora dele. E quem sabe? Talvez o segredo da vida esteja mesmo em acreditar e, às vezes, esperar o momento certo de retomar nossos sonhos com parceiros certos e de visão aguçada...




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1 comentário


Nilton Santos

19/11/2024 - 12:57:08

Fico muito feliz com o retorno desta belíssima competição,onde tive o orgulho juntamente com o núcleo do Vitória de Santo antonio de jesus sermos campeões com duas categorias,parabéns meu amigo Beto por sua dedicação


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