Academia de Letras de Paulo Afonso – ALPA – celebrando a Vida e a cultura literária.
Congregação de Escritores Pauloafonsinos, completa 19 anos de vida!
Francisco Araújo Filho - ALPA – Cadeira Nº 1
Antônio Galdino da Silva - ALPA – Cadeira Nº 14
Antecedentes
Desde seus primeiros passos, nossa cidade tem sido tema de diversos textos. Fruto da CHESF, Paulo Afonso, nascida em 3 de outubro de 1945 pelo Decreto-Lei Nº 8.031, coleciona livros e autores da terra ou de fora dela que escreveram sobre a sua exuberante trajetória.
O livro Paulo Afonso, do engenheiro Antônio José Alves de Souza, primeiro presidente da CHESF, publicado em 1954, é considerado o primeiro livro que se refere à nossa cidade. Sua impressão foi bem longe daqui na Lito-Tipo Guanabara S.A, no Rio de Janeiro.
Entretanto é o célebre Castro Alves, poeta condoreiro, quem primeiro bradou o nome de Paulo Afonso para o mundo em sua obra A Cachoeira de Paulo Afonso, escrita em 1870 e publicado em 1876 no epílogo do livro “Os Escravos”.
Ao largo da história, não faltaram amigos de Paulo Afonso que deixaram as suas impressões e divulgaram a imagem dessas plagas. Segundo Antônio Galdino, presidente da ALPA – Academia de Letras de Paulo Afonso – destacado pesquisador da cultura local, já são mais de sessenta escritores que contribuíram para a construção da identidade literária da cidade que ilumina o Nordeste.
Sobre este recanto especial do Brasil, até o rei do baião, Luiz Gonzaga, escreveu em 1955, o poema Paulo Afonso, um famoso baião que por muito tempo foi considerado o hino oficial de Paulo Afonso, até Oscar Silva compor o hino que, por lei municipal, é hoje a narrativa da saga de nossa gente.
E nasceu a ALPA
Sobre essas bases culturais e literárias, surgiu em 2005 a ALPA – Academia de letras de Paulo Afonso – por iniciativa dos professores Francisco Araújo Filho, Sandro José Gomes e José Fernando Silva.
Devido o crescente aparecimento de novos escritores, Paulo Afonso clamava por uma agremiação para congregar todos os que, de forma efervescente, produziam, ano após ano, obras literárias e levavam para cada vez mais longe, nas linhas da literatura, o nome de Paulo Afonso.
Já bem antes, houve algumas tentativas de intelectuais da cidade de fundar uma academia de letras, artes e dança, mas sem êxito.
Todavia, através de contatos com o então presidente da Academia de Letras da Bahia, Edivaldo Boaventura, do presidente da Academia de Letras do Brasil (Não a academia fundada por Machado de Assis, aquela é a brasileira) e a Confederação das Academias de Letras do Brasil, foi fundada no dia 20 de novembro de 2005 a ALPA.
Um ano depois, em solenidade no Memorial Chesf, em 21 de outubro de 2006, foram empossados os quinze primeiros membros da ALPA, considerados seus membros fundadores, que ocupam e são os respectivos patronos das cadeiras 1 a 15.
Da esquerda: Antônio Galdino(14), Juracy Marques(13), João de Sousa Lima(6), Francisco Araújo Filho(1), Roberto Ricardo(7) ,Edson Barreto(4), Gilmar Teixeira(8), Sandro Gomes(3), José Fernando(2), Glória Lira(15), Jovelina Ramalho(12), Socorro Araújo(5) e Socorro Mendonça(10).
Os membros Abel Barbosa e Silva e Maria Lúcia Cordeiro, também fundadores, foram eleitos como Membros Honorários, não puderam comparecer à solenidade por estarem doentes. A professora Maria Lúcia Cordeiro faleceu dias depois, em 29 de outubro de 2006 e Abel Barbosa e Silva faleceu em 26 de abril de 2018. Ambos estão imortalizados, conforme o estatuto da Academia e pelos seus feitos na educação e na política desta cidade e são os patronos das cadeiras que ocuparam nesta Academia de Letras.
A primeira diretoria da ALPA foi formada por
Presidente - Francisco Araújo Filho
Vice-presidente - Sandro José Gomes
Secretário Geral - José Fernando Silva
E contou com o apoio administrativo desde o começo de sua organização de Elisângela Alves da Silva, Elza Araújo Reis e Rute Barbosa de Oliveira.
O primeiro momento da ALPA, de 2005 a 2016, foi de construção. Sem espaço para funcionar, não atraía os próprios membros.
Uma nova diretoria
No dia 30 de Agosto de 2017, a Academia de Letras de Paulo Afonso – ALPA – realizou a sua primeira eleição para a escolha dos novos diretores, saindo eleito o professor Antônio Galdino da Silva para o biênio 2017/2019. A posse da nova diretoria aconteceu no dia 14 de setembro de 2017 que ficou assim formada:
Presidente – Antônio Galdino da Silva
Vice-presidente - João de Sousa Lima
Secretária Geral – Maria do Socorro Araújo Nascimento
2ª Secretária – Jovelina Maria Ramalho da Silva
1º Tesoureiro – Sandro José Gomes
2º Tesoureiro – Francisco Araújo Filho
Desde então, o novo presidente, Professor Galdino, começou a empreender ações que alavancaram a academia. Em 29 de abril de 2016, após anos de luta, de que participaram o presidente da ALPA, Francisco Araújo, o Professor Fernando, o Professor Roberto Ricardo, membro fundador da ALPA e então presidente do IGH e o Professor Galdino, a antiga Câmara Municipal foi transformada em Casa da Cultura e nela foi destinada uma sala para sediar a Academia de Letras de Paulo Afonso.
E foi nesse espaço onde a ALPA viveu o segundo momento da sua história, o momento de renovação e busca empreender ações para ampliar os espaços da cultura literária neste município e, conforme estabelece o seu Estatuto, primar pelo resgate e valorização da história e da memória desta cidade e região do São Francisco.
Dentre as ações da ALPA naquele tempo, está o seu reconhecimento como instituição de utilidade pública, com a aprovação por unanimidade pela Câmara Municipal de Paulo Afonso através do Projeto de Lei 118/2018, de 28 de Agosto de 2018, de autoria do Vereador, também membro da ALPA, Jean Roubert Felix Neto. 5
Outra ação importante, da ALPA, ainda no ano de 2018, foi a aprovação pela unanimidade dos seus membros da Resolução ALPA Nº 01/2018, que criou a Biblioteca Abel Barbosa e Silva que hoje tem um acervo de 1 mil livros, entregues à atual diretoria.
Em audiência com o Prefeito Municipal de Paulo Afonso, em 09 de Maio de 2018, a ALPA deixou com o Prefeito Luiz Barbosa de Deus, três propostas de Projetos que foram:
1- Criação, na Secretaria de Cultura de Paulo Afonso, de Programa de Incentivo e Apoio à Publicação de Livros e aos novos escritores, com o objetivo de valorizar e ampliar a produção literária neste município;
2 – Substituição de nomes de ruas, praças, logradouros públicos que hoje tem nomes de cidades ou países e outros sem nenhuma conotação com a história do município por nomes de pioneiros chesfianos (nas ruas do atual Bairro Chesf) e comerciantes, políticos e outros pioneiros de Paulo Afonso, em bairros da cidade;
3 – Criação e construção pelo município do Memorial Abel Barbosa e Silva, local que seria um centro de estudos do município e onde também se instalaria a ALPA e a Biblioteca da ALPA que leva o nome deste pioneiro, seu fundador.
Nesse tempo a Academia de Letras de Paulo Afonso aprovou o Projeto “O Escritor vai à Escola”, apresentado pela membro fundadora, Professora, escritora, poetisa, cordelista, Jovelina Ramalho e seus membros têm participado de eventos literários realizados em várias escolas, de todos os níveis, no município de Paulo Afonso numa saudável interação escritor/leitor.
Em 2019, o presidente Antônio Galdino da Silva foi reconduzido ao cargo por aclamação da Assembleia Geral, por iniciativa da confreira Cleonice Vergne e apoio do confrade Edson Barreto e aprovação unânime para mais um mandato, sendo a diretoria para o biênio 2019/2021 assim formada:
Presidente – Antônio Galdino da Silva
Vice-presidente – Maria Gorette Moreira
Secretária Geral – Jovelina Maria Ramalho da Silva
2º Secretário – Maciel Teixeira Lima
1ª Tesoureira – Maria do Socorro Araújo Nascimento
2º Tesoureiro – Luiz José da Silva
Em nova audiência com o Prefeito Luiz Barbosa de Deus, agora em 19 de agosto de 2020, Dia do Historiador, da qual participaram o presidente da ALPA, Antônio Galdino, os diretores Socorro Araújo e Maciel Teixeira e os membros Francisco Nery e Jean Roubert que, na época, era o líder do prefeito na Câmara Municipal, foi apresentada a proposta da criação do Memorial Abel Barbosa para funcionar no prédio do Espaço Cultural Raso da Catarina, na Av. Landulfo Alves, prédio histórico, construído pela Chesf em 1950 e doado para ser a sede da Prefeitura Municipal de Paulo Afonso que funcionou como tal até os primeiros anos da gestão do prefeito Abel Barbosa que construiu os pavilhões da atual prefeitura de Paulo Afonso, na Avenida Apolônio Sales.
O prefeito encaminhou Projeto de Lei que foi aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal e foi sancionado pelo prefeito Luiz Barbosa de Deus como Lei Municipal Nº 1.455/2020, de 27 de outubro de 2020, publicada no Diário Oficial do Município em 29 de outubro de 2020, criando o Memorial Abel Barbosa naquele local e destinando o espaço para ser a sede da Academia de Letras de Paulo Afonso com a responsabilidade de administrar esse Memorial onde será contada toda a história deste município, desde os tempos da chegada da Chesf.
Em 2021 foi realizada eleição para a nova diretoria da ALPA, sendo eleitos e empossados para o biênio 2021/2023 os seguintes membros:
Presidente – Maria Gorette Moreira
Vice-presidente – Antônio Galdino da Silva –
Secretária Geral – Ma. do Socorro Araújo Nascimento
2ª Secretária – Jovelina Maria Ramalho da Silva -
1º Tesoureiro - Jotalunas Rodrigues Barros
2º Tesoureiro – Maciel Teixeira Lima
Em 18 de abril de 2022, a presidente da ALPA renunciou e o vice-presidente assumiu o cargo e concluiu este mandato. Nesse período de gestão, com a renúncia da presidente e da secretária geral, foi convidado o confrade Aníbal Nunes para apoiar a diretoria como segundo secretário e a nova diretoria ficou assim formada:
Presidente – Antônio Galdino da Silva
Secretária Geral – Jovelina Maria Ramalho da Silva
2º Secretário – - Aníbal Alves Nunes
1º Tesoureiro - Jotalunas Rodrigues Barros
2º Tesoureiro – Maciel Teixeira Lima
Além de incentivo à publicação de livros por seus membros, a ALPA produziu entre os anos de 2019 e 2023, 10 livros sendo duas antologias poéticas, uma antologia sobre o rio São Francisco, uma antologia natalina, um livro da história da ALPA e biografia de seus membros e cinco livros anuários chamados Revista da Academia de Letras de Paulo Afonso com artigos, histórias de pioneiros, e outros textos em prosa e poesia, inclusive literatura de cordel, de membros da ALPA.
Em outubro de 2023 houve nova eleição e no dia 18 de outubro de 2023 tomou posse a nova diretoria da ALPA para o biênio 2023/2025, assim formada.
Presidente - Isac de Oliveira
Vice-presidente - Maria Socorro de Mendonça Gomes –
Secretária Geral - Maria Gorette Moreira
2ª Secretária - Maria Lúcia Teixeira dos Santos -
1º Tesoureiro - Maciel Teixeira Lima
2º Tesoureiro – Jacques Fernandes dos Santos
O quadro da ALPA previsto no seu Estatuto é de 40 membros, assim distribuídos:
- 25 (vinte e cinco) membros efetivos, moradores de Paulo Afonso, dentre os quais os primeiros quinze membros fundadores;
- 15 (quinze) membros correspondentes, que são pauloafonsinos de nascimento, adoção pelo município ou seus moradores por um tempo, com produção literária e moram em outros municípios, estados ou países.
A ALPA tem em seu quadro também um Membro Honorário, o Sr. Sebastião Leandro de Morais.
Da esq: Gorette Moreira, Lúcia Teixeira, Maciel Teixeira, Isac de Oliveira, Ana Elizabeth, Ma. Socorro de Mendonça e Jorge Henrique (18/09/2024)
No dia 18 de setembro de 2024, membros da Academia de Letras de Paulo Afonso – ALPA, atenderam à convocação do presidente Isac de Oliveira, para participarem de uma Sessão Selene, realizada na Câmara Municipal de Paulo Afonso quando foram empossados dois novos acadêmicos desta instituição literária: a escritora Ana Elizabeth que ocupa a Cadeira Nº 20, antes ocupada por Jânio Soares e depois por Dolores Moreira, falecidos e o poeta Jorge Henrique, que ocupa a Cadeira Nº 27, antes ocupada por Alcivandes Santana, falecido em 01/04/2023. Os dois novos acadêmicos da ALPA certamente muito contribuirão para elevar ainda mais o conceito dessa instituição cultural literária de Paulo Afonso.
“A ALPA - Academia de Letras de Paulo Afonso - é uma associação civil de direito privado com finalidade social, sem fins lucrativos, apartidária, regida pela legislação vigente, sem discriminação racial, sexual, política ou religiosa, e por este Estatuto e constituída por prazo indeterminado, situada à Av. Getúlio Vargas 522 - Casa da Cultura – Sala Euclides Batista Filho – Paulo Afonso – BA”.
Atualmente tem sua sede no prédio do Espaço Cultural Raso da Catarina, na Rua Landulfo Alves.
Francisco Araújo Filho – membro fundador da ALPA, Cadeira Nº 1, primeiro presidente da ALPA, desde sua fundação (2005) até 14 de setembro de 2017.
Antônio Galdino da Silva, membro fundador, Cadeira Nº 14, ex-presidente da ALPA.
OBS:
O texto acima, atualizado, foi originalmente publicado no livro Revista da ALPA Nº 01, de Julho/2019 e também no livro ALPA -18 anos - Breve história de uma Academia de Letras, publicado em Agosto/2023.
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