Nelson Triunfo em visita às suas origens, chega à Folha Sertaneja e lembra do Coliseu Show e dos anos de 1970
Quem está em visita a Paulo Afonso, para rever alguns amigos e suas origens, em Triunfo e em Paulo Afonso é Nelson Triunfo ou Nelsão que, acompanhado de Beto da Liga e de Aedra, estudante de Psicologia, esteve no final da tarde deste 7 de janeiro em visita ao diretor do Jornal Folha Sertaneja, Professor Antônio Galdino que, ao lado do saudoso Nilson Brandão, apresentava o Coliseu Show, onde Nelson Triunfo era uma das grandes atrações domingueiras.
Nelson Triunfo na Vai Vai - São Paulo - Carnaval 2024
Em fevereiro deste ano, publiquei uma matéria que teve mais de mil acessos, no primeiro dia e eu destacava Nelson Triunfo como uma das atrações da Escola de Samba Vai-Vai, de São Paulo. Naquele momento ele falou da sua alegria em estar participando da Escola de Samba Vai Vai e ter influenciado muito para que o tema do carnaval da escola, no ano passado, fosse essa referência ao Hip Hop e outras danças de rua de que ele é considerado o precursor, o pai do Hip Hop no Brasil...
Para ver ou rever a matéria acesse o link abaixo:
https://www.folhasertaneja.com.br/noticias/colunistas/751916/1
Naquela matéria eu dizia sobre Nelsão no Coliseu Show:
“Naquele tempo apareceu no Coliseu Show uma figura que sempre fazia o maior reboliço com a plateia. Era um cara magrão do cabelo black power e dançando um ritmo maluco no palco que deixava todo mundo na plateia de olhos arregalados. Era o Nelson Triunfo. Os organizadores do programa ficavam com medo dele quebrar-se todo naqueles agitos”.
Pois o Nelson Triunfo não mudou muito e, mesmo menos magro e apesar de já estar com 70 anos, aparenta ser bem mais jovem e continua desenvolvendo sua atividade em Diadema/SP e vive dançando muitos por aí, fazendo apresentações e formando cidadãos em vários lugares do Brasil e palestras e shows na Alemanha, nos Estados Unidos, para onde a sua arte for convidada.
Ele conversou bastante de sua trajetória de sucesso. Sobre a alegria de ter descoberto talentos entre crianças e adolescentes das periferias das grandes cidades, hoje grandes dançarinos no Brasil e em outros países.
A juventude de Paulo Afonso, que viveu nos primeiros anos da década de 1970, estudantes do COLEPA, do SETE e do CIEPA que funcionou no lugar conhecido como Baixa Funda, hoje engolido pelas águas do Reservatório da Usina Paulo Afonso 4 têm ainda vivas em suas memórias a imagens do Coliseu Show, programa de auditório que era realizado aos domingos das 11 às 13 horas no Cine Coliseu, da Praça Libaneza.
Um dos personagens que era grande atração desse programa era um rapaz magro, cabeludo, conhecido como Nelson Triunfo ou Nelsão, natural da cidade de Triunfo no Estado de Pernambuco, mas morador de Paulo Afonso e estudante do CIEPA – Centro Integrado de Educação de Paulo Afonso que se originou do IMEAPS – Instituto Municipal de Educação Adauto Pereira de Souza, criado pelo prefeito Adauto Pereira e dirigido por Dr. Roque Manoel de Oliveira e também por Darci Pereira, esposa de Adauto.
Com o projeto da construção do Canal da Usina PA-4 e seu reservatório, obra onde trabalhou Nelson Triunfo, pela Mendes Júnior, o CIEPA, da Baixa Funda se mudou para o local atual, no final do Bairro Amauri Menezes (BHN) e início do Bairro Centenário.
Ao lembrar dos seus tempos do CIEPA, na Baixa Funda, Nelson Triunfo também lembrou do seu trabalho na construção do Canal da Usina Paulo Afonso 4 que originou a retirada de famílias dali para serem os primeiros moradores do Bairro Mulungu e disse que tem conversado com pessoas de Paulo Afonso, pelas redes sociais e sempre disse que nunca se conformou com a mudança do nome do Bairro. Para ele, assim como foi para Abel Barbosa, o Mulungu sempre será o Mulungu.
Na visita ao diretor do Jornal Folha Sertaneja, ele lamentou o falecimento de Nilson Brandão e elogiou a sua paciência com os calouros que se apresentavam no Coliseu Show e lembrou que costumava, depois de suas apresentações naquele programa de auditório, sair alguns minutos antes do programa ser encerrado e, na saída era sempre abordado pelas pessoas que assistiam ao programa e de um questionamento de uma senhora, como relato naquela matéria, nasceu o seu primeiro Grupo de Hip Hop em Paulo Afonso, como conto ali:
“Nelsão lembrou dos seus tempos do Coliseu Show e do primeiro grupo de Hip Hop que criou em Paulo Afonso e que se chamava Os Invertebrados, que foi inspirado em uma conversa dele com uma senhora que assistiu a sua apresentação do palco do Coliseu Show e coincidiu de Nelsão e ela se encontrarem na saída do cinema e ela disse: - você não tem medo de se quebrar todo não, rapaz? Você parece que não tem ossos... Mas dança bem, viu? Parabéns. Nasceu aí Os Invertebrados...”
Coliseu Show - A partir da esquerda: Antônio Galdino (Apresentador), Ângela e Juvenal (cantores do Coliseu Show), Fernando Menezes (cantor da Banda Dissonantes), Isaac (cantor do Coliseu Show), Pinto e Ailson (músicos da Banda Dissonantes).
Nessa visita às suas origens, Nelson Triunfo falou muito da importância do Coliseu Show para a descoberta de muitos talentos em Paulo Afonso, como ele próprio, França, Oscar Silva e lembrou de uma grande nome da guitarra, Altair Leonardo, que durante muitos anos acompanhou Luiz Caldas pelo Brasil a fora e de nomes que já nos deixaram como Leonam, Osvaldo Silva, Toinho dos Dissonantes e de Elias Nogueira e sua banda Os Satélites, Elias hoje bem doente e de muitos outros que formaram suas bandas e hoje tocam em clubes sociais da cidade e da região.
Antônio Galdino, Beto da Liga e Nelson Triunfo. Foto de Aedra.
Ficamos muito felizes em receber na Folha Sertaneja a visita de Nelson Triunfo, o Nelsão do Coliseu Show, hoje cidadão do mundo que aqui esteve, acompanhado de Aedra e Beto da Liga, nesse final de tarde de 7 de janeiro de 2025.
Vida longa a Nelson Triunfo um dos talentos do Coliseu Show, do começo da década de 1970, há mais de 50 anos dançando, fazendo artes, descobrindo talentos, recuperando jovens com seus trabalhos sociais pelas terras brasileiras e levando a sua arte ao mundo.
Liguei muito o som para ele essaiar s
EU LEMBRO DO NELSÃO NA ÉPOCA EU FAZIA PARTE DA RÁDIO POTY,RECORDO-ME QUE ONDE ELE PASSAVA DESPERTAVA CURIOSIDADE PELA CABELEIREIRA