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Professor Galdino

“E por falar em SAUDADE...”

Publicada em 09/04/25 às 16:00h - 120 visualizações

Antônio Galdino


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“E por falar em SAUDADE...”
 (Foto: imagens ilustrativas)

“E por falar em SAUDADE...”

Por Antônio Galdino

Membro fundador da Academia de Letras de Paulo Afonso – Cadeira 14 

Há dias, momentos na vida, que nos sentimos envolvidos por lembranças, histórias, acontecimentos, a que talvez se defina como saudade, que, na verdade, tem mil formas de aparecer e mil outras definições e há ainda quem assegure que nem se pode definir esse sentimento.

Muitos poetas da região, inclusive vários da Academia de Letras de Paulo Afonso, já escreveram sobre esse tema e sobre ele, voltaremos a conversar em breve...

Hoje, vi em um grupo de WhatsApp um poema do Maestro Bacalhau, da Academia Delmirense de Letras e Artes – ADLA -, de Delmiro Gouveia – Alagoas e lembrei de um estudo que fiz há anos sobre o tema Saudade, sobre o que falei em uma das edições do FLIPA, realizado pela FASETE, hoje UNIRIOS, de Paulo Afonso.

O tema é bem amplo e está ligado aos sentimentos das pessoas. Os psicanalistas podem explicar?

Resolvi apresentar o poema do Maestro Bacalhau e também trazer à memória dois sertanejos de cultura simples e que falaram desse tema que, com muita sabedoria, definem... E pra você, o que saudade?

O título dessa crônica é o verso de abertura da canção Onde anda Você, do poeta Vinícius de Morais onde a Saudade é o foco, na sua voz e de Toquinho, que você pode ouvir no YouTube no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=Gb5sbORA62w

Mas, o que é saudade?

Saudade é definida como “sentimento melancólico devido ao afastamento de uma pessoa, uma coisa ou um lugar, ou à ausência de experiências prazerosas já vividas. Frequentemente é usada também no plural: saudades.”

Há quem assegure que a palavra saudade não tem tradução para outros idiomas, o que não é verdade, conforme esclarece o www.brasilescola.uol.com.br.

“O Dia da Saudade é celebrado anualmente em 30 de janeiro, sendo uma data comemorativa para relembrar pessoas queridas que se foram ou que estão longe de nós por um distanciamento geográfico ou pela rotina diária. É um momento para homenagear, mandar mensagem ou presentar essas pessoas queridas.

A saudade é um dos sentimentos mais comuns entre os seres humanos. É, inclusive, um sentimento que todo mundo experimentará em algum momento de sua vida. A falta de familiares, amigos, de um ambiente ou de uma fase da vida é comum em nossas vidas. Sendo assim, a saudade pode ser o sentimento nostálgico que a falta de algo ou alguém causa, bem como o sofrimento que essa privação gera.

A palavra que usamos para expressar esse sentimento no idioma português tem origem no latim, e originou-se da palavra solitate. Essa palavra também é encontrada no galego, um idioma do norte da Espanha bastante semelhante ao português.

É muito comum ouvir pessoas afirmarem que a palavra saudade não é traduzível para outros idiomas, mas isso é um grande mito que foi difundido na internet. Muito provavelmente esse equívoco se consolidou com base em uma pesquisa inglesa que definiu que a palavra saudade era a sétima mais difícil a ser traduzida.

De toda forma, a palavra saudade possui correspondentes em outros idiomas.

(www.brasilescola.uol.com.br.)

O fato é que esse sentimento que envolve poetas e prosadores mereceu até um dia que pode ser chamado de seu. O “Dia da Saudade” é celebrado em 30 de janeiro. Mas, esse sentimento pode envolver a pessoa a qualquer momento e tem sido inspiração para muitos, desde o poeta repentista, de cultura simples, quase analfabeto, aos mais estudiosos dos linguistas.

Falaremos de saudade através de Pinto do Monteiro, Antônio Pereira e Maestro Bacalhau.

Severino Lourenço da Silva Pinto, conhecido como Pinto do Monteiro (Carnaubinha, município do Monteiro, 21 de novembro de 1895 - 28 de outubro de 1990) foi um poeta popular, Compositor, cantador e improvisador brasileiro. Filho de uma doméstica com um tropeiro, chegou a trabalhar como vaqueiro, vendedor de cuscuz, auxiliar de enfermagem e guarda do serviço contra a malária. Foi também soldado no combate aos bandos de cangaceiros. Casou-se quatro vezes e aprendeu a ler e a escrever já depois de adulto. (Conheça mais sobre Pinto do Monteiro acessando o link abaixo:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pinto_do_Monteiro)

Provocado para definir Saudade, Pinto do Monteiro disse:

 

Antônio Pereira, conhecido como o poeta da saudade, fez muitos versos sobre esse tema. Ele nasceu a 13 de novembro de 1891, no sítio Jatobá, hoje município de Itapetim, onde viveu até a morte, a 07 de novembro de 1982. Violeiro e poeta popular, ele mal assinava o nome e nunca fez da arte a sua profissão, tendo sobrevivido como modesto agricultor. (Veja mais em https://cantigasecantos.blogspot.com/2013/03/poesia-antonio-pereira-o-poeta-da.html)

Em uma de suas definições de saudade, ele disse:

Antônio Pereira também definiu Saudade com estes versos:

O tempo vai longe, são centenas de canções evocando a Saudade, assim como centenas, milhares de livros e poemas sobre esse sentimento que mexe com o emocional das pessoas...

"Maestro Bacalhau" é o apelido de Ednaldo Alves do Nascimento, um músico de Delmiro Gouveia, Alagoas. Ele é licenciado em artes visuais e tem habilitação em música, dança e teatro. O Maestro Bacalhau, como é popularmente conhecido, é presidente da Academia Delmirense de Letras e Artes, de Delmiro Gouveia/AL. Compartilho o seu poema com os internautas que acompanham esse site, agradecendo também ao Radialista Adriano, outro membro desta Academia de Letras e Artes de Delmiro Gouveia/AL..

Ê saudade

Maestro Bacalhau - 

Eu briguei com a saudade

Por conta da solidão

Que feriu meu coração

Desde a minha mocidade

Foi triste a realidade

Assim tive que partir

Sem poder me despedir

Confesso que não foi fácil

Reconheço não sou frágil

Por isso que resisti 

 

Para deixar um alguém

Que fique a te esperar

Enquanto vais prosperar

Tú sofres junto também 

És da saudade refém

Vai embora a emoção

Chega uma solidão

Feito um filme de terror

Que aumenta o pavor

E maltrata o coração

 

Para quem estar partindo

Com tamanha ilusão

Vai seguindo em contra mão

Talvez do que ficou rindo

Vão no pensamento ouvindo

A letra de uma canção

Sem saber qual a razão

Porque estão se repartindo

E um amor se dividindo

Faz sofrer o coração

 

Só sabe a dor da saudade

Quem tem um amor ausente

Não tem carta nem presente

Que mude a realidade

É grande a penalidade

Fica se sentindo um pó 

Não tem reza nem forró

Que lhe traga alegria

Pois a pior agonia

É um ser viver tão só

 

Maestro Bacalhau

     03/04/2025




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2 comentários


Marcos Antônio Lima

09/04/2025 - 19:01:16

Ah,saudade.


Gorette Moreira

09/04/2025 - 17:08:22

A saudade apertou e doeu !!


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