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Professor Nery

A tremenda injustiça social no Brasil - dez reais para o companheiro da carroça

Publicada em 12/03/20 às 13:56h - 1666 visualizações

Francisco Nery Júnior


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A tremenda injustiça social no Brasil - dez reais para o companheiro da carroça
 (Foto: Da net)

Havia algum detrito na calçada. A campainha tocou e o jovem perguntou se podia, por sete reais, levar o entulho. Disse que lhe daria dez; aliás, sete para ele e três para a burra, deixando claro que conferiria o repasse para ela no primeiro encontro. Sorriu, colocou a nota de dez no bolso, um pequeno lanche e um dicionário de bolso para a filha no alforge, deixou a minha calçada mais limpa, e seguiu a vida.

A vida, ele segue no Brasil, país potencialmente falido que paga R$1 bilhão de reais por dia pelo serviço da dívida (informação da própria boca do presidente da República). O Brasil paga R$1 bilhão de juros por dia com dinheiro emitido, ou seja, com o aumento da própria dívida. País que atolou pela ineficiência dos últimos governantes, país que não consegue implantar uma infraestrutura por falta de recursos [que vão para o pagamento daquela dívida] é, inequivocamente, país falido – morto à beira da cova. Os responsáveis que permitiram que a nossa dívida (que nós é que vamos pagar) saísse de R$80 bilhões para trilhões de reais em pouco mais de 20 anos merecem cadeia, considerando-se que não temos mais a guilhotina.

A consequência da incapacidade dos governantes, senão malandragem ou roubalheira, é alguém sair em cima de uma carroça de burro, debaixo do sol escaldante, implorando que alguém lhe proporcione uma tarefa de sete reais. Como ele, doze milhões de brasileiros desempregados. Mais doze no subemprego e, dos empregados, mais de 50% ganham menos de dois salários mínimos.

Os que temos carteira assinada ou que conseguimos, a duras penas, uma aposentadoria, na maioria das vezes vergonhosa, que podemos fazer? Mal aguentamos pagar as contas. Até a pequena poupança não acompanha a real inflação, outra maneira de o pobre ser vergonhosamente surrupiado.

Quem colocou a pequena moeda no gazofilácio do templo, Cristo a monitorar de longe, foi a viúva pobre. E foi quem mais fez. O seu ato subiu aos céus. A sua oferenda foi multiplicada pelo efeito do amor, assim como os pequenos atos de fraternidade dos brasileiros seguram a barra enquanto a bomba não estoura. Pobre é quem ajuda pobre. Nas favelas, não há desamparado. Morto um pai ou uma mãe na favela, o órfão sempre é adotado por uma vizinha acolhedora. Se em sua casa comem cinco ou seis, também comem sete.

Os esquecidos da nação vendem de tudo nas feiras, nas ruas, nas portas e até nos transportes coletivos. Compremos! Deixemos-lhes às vezes o pequeno troco. Paguemos dois por um em momento de enlevo. Adiante, alguém fará o mesmo com você. Experimente o leitor [isto]. Funciona! E fique certo de uma coisa: é com esse tipo de procedimento que eles contam. Aquilo que fazem, ou que oferecem, só aquilo sabem fazer. Oferecem um serviço ou uma mercadoria para não morrerem de fome; se formos, nós outros, um pouco mais pródigos.

Francisco Nery Júnior

 




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