Ladeada por duas instituições bem avaliadas do Brasil, Exército Brasileiro e Caixa Econômica, a nova avenida, em construção, entre o centro de Paulo Afonso e o Bairro General Dutra, caminho do Centenário, surge em boa hora. Provavelmente, acreditamos, vai evitar o contorno incompreensível que os motoristas, vindos da Vila Militar, têm que percorrer para chegar ao centro.
A área, salvo engano, já sabíamos de um empresário surpreendentemente bem sucedido e proativo, amigo esposo de uma ex-aluna amiga e filho de pioneiro honrado. Bom quando alguém cresce e proporciona, a reboque, oportunidade para outros. Não nos referimos a um crescimento baseado em concessões pródigas sem retorno ou baseado na expropriação do patrimônio de quem suou e acumulou. Tal expropriação fatalmente tornará o “doador” em necessitado aumentando a massa dos desvalidos. Assim é a liberalidade em que acreditamos e a partir da qual o mundo pode se desenvolver. Com a supervisão forte do Estado enxuto, há que se dizer.
Não tivemos a curiosidade (a obrigação de fazê-lo, observaria algum leitor mais exigente) de procurar saber se o empreendimento é público ou privado. Apenas antevemos o benefício que vai trazer.
Também não sabemos se é uma contemplação da anunciada reforma do centro da cidade quando, esperamos, nos seja devolvida a subida da Getúlio Vargas, evitando o desgaste nefasto de dobrar e circular por várias ruas. E aqui apontamos como ponto de honra a preservação ou a compensação de quem acreditou na reforma anterior e investiu na área.
Torcemos que o esforço para a travessia da tempestade da Covid-19 não anule a intenção de racionalizar a circulação em todo o Centro. A propósito, a nossa Prefeitura, dita rica, tem, ou está a executar, algum programa de cessão de alguma ajuda mensal para os que estão impedidos de trabalhar como está fazendo, como exemplo, a prefeitura de Salvador? Estamos a conjecturar sobre mais uma ação emergencial além das que estão sendo executadas pelo Poder Municipal.
Francisco Nery Júnior
P.S. Que toda crise traz soluções, sabemos. Que na crise alguns ganham, também. Nada a censurar. Data vênia da cutucada, setores abertos que sabemos faturando mais que em tempos normais, estão chegando perto do esforço de ajuda para os que estão com fome? Desculpem-nos o tom de pregação, mas vale lembrar: “A quem se dá mais, se exige mais”.