Já tendo negociado com os leitores que cada um de nós quer ser prefeito, e ciente que há a exceção de Raul Seixas, podemos considerar mais alguns pontos, certos que um de todos nós vai ser o próximo prefeito.
Também eliminar da nossa cabeça que o senhor prefeito no cargo é um ogro mau doido para derramar sobre nossas cabeças a poção bem mexida do caldeirão da maldade. Realmente creio que cada prefeito da região quer acertar e cumprir as promessas enfaticamente feitas nos palanques. A eloquência com que são proferidas nos dão a esperança de virem a ser realizadas. Não importa a nossa quase invariável decepção, pelo menos em parte. Insistimos em acreditar. Não desistimos. Sem fé, a vida não vai. E sem fé é impossível agradar a Deus.
Se nos despirmos da má vontade inata para valorizar o esforço do outro, não importando se fomos sempre induzidos a isso, poderemos verificar que há progresso. Lento, talvez. Sem velocidade de Fórmula 1, é verdade. O desenvolvimento das nações – e das comunidades - deveria ter a velocidade da Fórmula 1. Se os governantes erigissem prioridades, já estaríamos mais para a frente. Menos miséria, menos sofrimento, menos penar.
Uma das causas para o que chamamos de ineficiência dos prefeitos (considerando que nem tudo é perfeito), poderia ser a falta de tempo para meditar e amadurecer ideias e projetos. O dever democrático de atender a todos de portas abertas, na moda, lhe tira o precioso tempo para tal. O tiro de misericórdia é a obrigação de jogar, para não dizermos tramar, o jogo político.
Morei na cidade de Worcester em Massachusetts, cidade de mais de 400 mil habitantes, por mais de dois meses. Em conversa com a secretária do prefeito, antes da entrevista coletiva da qual participei como jornalista do site, descobri que o prefeito é uma Rainha da Inglaterra. Quem se encarrega do dia a dia da cidade é um administrador escolhido pela Câmara de Vereadores. O prefeito reina, coordena e encarna o município. O administrador governa.
Antes de tomar posse como governador do Maranhão, Edson Lobão perguntou a Tasso Jereissati como ele tinha conseguido fazer um bom governo no Ceará. Tasso respondeu que escolheu dois titulares comprovadamente competentes para as duas principais secretarias e lhes garantiu base e cobertura. Lobão catou os cabras, os levou para o Maranhão e fez – também – um bom governo.
Imagine o leitor, agora prefeito, o belo governo que faria em Paulo Afonso se no seu time estivesse Covas, Paulo Lopis, professor Silva, Monteiro, engenheiro Fred, Socorro Rolim, Edson Barreto, José Fernandes, Semir, Francisco do IFBA, Valmir Simplício, Carlão, Wilson do SPOM, engenheiro Wilson, professor Rui, Ozildo Alves, Antônio Galdino...
Francisco Nery Júnior
E o leitor poderia acrescentar os nomes de pessoas notáveis e sérias da cidade. Eu cito a professora Adelina