De cara, o candidato conquistou meu voto. O nome romano acrescentou. Os romanos assimilaram muito da cultura grega, fincaram as origens latinas, reinaram por quase seis séculos e nos legaram o que de melhor uma civilização pode legar (estamos desprezando a escravidão). Um nome romano, curto e na mosca, era a minha opção para o meu filho que os ruídos deletérios da vida impediram.
Ao nome romano, a sinceridade da promessa: o repasse dos vencimentos, em 70%, para os desvalidos e descamisados de Paulo Afonso. Setenta por cento! Os 30 restantes, para o custeio, um pró-labore justo e aceitável. Certamente há despesas no exercício da legislatura municipal.
Nome romano, acuidade no cálculo da porcentagem, e até uma certa promessa de postura de edil, o candidato a vereador à Câmara Municipal de Paulo Afonso conquistou o meu voto no próximo mês de novembro. Tem mais: fica, aqui, exarada a minha promessa de incentivador da sua campanha. O leitor já imaginou 70% de toda a fortuna de vereadores (dos 5570 municípios do Brasil), mais da legião de “assessores”; da fortuna, idem, de deputados e senadores das 27 unidades da federação? Se partíssemos para os outros poderes, a arrecadação seria exponencial. Os nossos problemas de educação e saúde estariam resolvidos no que depende de verbas orçamentárias.
A minha esperança de eleitor contribuinte é a imitação e o contágio da posição do agora nosso candidato. Que todos o imitem! Precisamos salvar o Brasil. Da peste e da pandemia, muito mais da corrupção cultural solidamente arraigada na alma nacional.
Então asseguramos a nossa posição. Repetimos o nosso compromisso. Cumpri-lo-emos. Nós todos o cumpriremos, cada um com o seu escolhido. De corpo e alma cumpriremos. A menos que o nosso candidato NÃO registre a promessa em cartório, como uma dívida plenamente ativa e um débito a pagar, o que nos capacitaria ao devido protesto e à cobrança judicial no caso de descumprimento.
Francisco Nery Júnior