Partiram e deixaram, com toda certeza, um belo trabalho de missionários em Santa Brígida. Missionário e míssil têm o mesmo radical. Missionário é aquele que leva e conduz a carga explosiva da salvação do mundo. “Não pensem que eu vim trazer paz à terra”, disse o Mestre. Bem que cada explosão fatalmente traz uma acomodação. Neste caso, para conhecimento das boas novas do Evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo.
A notícia é que a irmã Eni faleceu no final do ano passado e que o pastor Paulo sucumbiu à Covid-19 há poucos meses.
Ficamos a imaginar a tristeza das crianças que os dois missionários souberam muito bem trabalhar na congregação de Santa Brígida, agora criados e adultos. Muito mais que pela Covid-19, certamente continuarão contaminados pelas palavras de salvação incutidas nas suas almas juvenis. Devem estar morrendo de saudade.
De um membro da igreja mãe, a constatação que os dois arautos foram talhados para aquela tarefa; que fizeram um excelente trabalho na Santa Brígida que bem os soube acolher.
A sua morte longe das nossas terras nos permite confessar que não tiveram, da parte de cá, a atenção e o tratamento que mereciam; que o Evangelho sempre merece. Mas resistiram – sem murmúrios - até o possível. Se para eles a instituição mãe foi uma madrasta, Deus o criador certamente não foi. Com certeza partiram felizes certos do dever duramente cumprido.
Os santabrigenses e nós outros, incomodados de não termos feito mais enquanto os dois em vida, ficamos com o coração triste. Mas acrescentamos mais um grau à nossa escala de comprometimento com a responsabilidade cristã e com o amor ao próximo.
Francisco Nery Júnior