Pesquisas recentes publicadas mostram Jair Bolsonaro na frente da corrida presidencial de 2022. Após dezoito meses de governo e em meio à crise recessiva provocada pela pandemia do Covid-19, essas pesquisas apontam o presidente como vencedor se a eleição presidencial fosse realizada hoje.
Para trás ficariam João Doria, governador de São Paulo, e o ex-ministro Ciro Gomes, além do postulante Luciano Huck. Estamos levando em consideração o quadro no dia de hoje. Existem outros nomes confessadamente candidatos para 2022 e nada garante que um deles possa decolar e liderar a corrida, considerando que muita água ainda vai passar por baixo da ponte nos próximos dois anos e meio.
Com efeito, o antigo capitão do Exército, agora presidente da República, conseguiu trazer os juros oficiais para a taxa mais baixa das últimas décadas. O real se desvalorizou e as exportações subiram de valor na moeda nacional, bem como os gastos com viagens dos brasileiros ao exterior diminuíram consideravelmente.
Os mercados internacionais continuam abertos para os produtos brasileiros, e em expansão apesar de certa truculência ou falta de trato diplomático de alguns envolvidos, principalmente para o agronegócio que bate recorde contínuo de produção e de produtividade.
Outro fato determinante para as pesquisas apontarem Jair Bolsonaro na liderança foi, a nosso ver, a recuperação da queda do PIB (Produto Nacional Bruto) nos anos finais da presidência de Dilma Rousseff. Pouco antes do início da pandemia, os indicadores apontavam sinais de recuperação da atividade econômica no Brasil.
Mas seriam essas considerações “técnicas” o fator determinante para a liderança do presidente ou seriam atos e atitudes mais triviais, por assim dizer, os responsáveis?
Em primeiro lugar, Jair Bolsonaro tem conseguido projetar uma imagem de “gente do povo”. Atitudes e reações que nós outros exercitamos no dia a dia, o presidente as exercita. O que poderia demonstrar fraqueza da parte do primeiro mandatário da nação reforça, surpreendentemente, a noção que ele é um de nós.
Há presidentes e mandatários que adoram a pompa e os penduricalhos do cargo. O presidente Richard Nixon relatou nas suas memórias haver determinado o desmantelamento de uma parafernália de engenhos eletrônicos montados na Casa Branca pelo ex-presidente Lyndon Johnson. Johnson adorava os rituais do cargo e as solenidades oficiais. Não é o caso de Jair Bolsonaro que aparece nos jardins da residência oficial em roupas simples de um cidadão e se comunica com gestos espontâneos de qualquer mortal.
A comunicação peculiar do governante parece passar um sentimento de sinceridade aos governados. Ele parece comunicar – essa a percepção – que está fazendo o máximo ou o possível. E ele sempre foi desse jeito segundo os que com ele conviveram. Alguém que não se transforma ou se desfigura com o sucesso, não se embriaga com os louros da vitória, certamente passa a imagem de sinceridade e comprometimento.
Fundamental para o exercício da governança é saber compor. Essencial a busca ou o aperfeiçoamento dessa expertise. Quase no meio do seu mandato, Bolsonaro dá sinais que está aprendendo a compor. Solicitado a avaliar a atuação de Fernando Henrique Cardoso na presidência da República, Antônio Carlos Magalhães respondeu: “Ele sabe compor”.
O último indicador que podemos invocar para a posição de liderança de Bolsonaro nas pesquisas é a preocupação social do ministro da economia, Paulo Guedes; as suas declarações nesse sentido. Homem do povo como o presidente, estudante de bolsas de estudo, o ministro fala sem a frieza aparente dos economistas. Ele considera, com o aval do presidente, a transformação do auxílio emergencial em auxílio permanente, uma espécie de Bolsa Família ampliada.
A nossa esperança é que reine a harmonia entre a presidência e os outros poderes da República e que o Brasil possa decolar para o desenvolvimento em clima de trabalho, paz e entendimento.
Francisco Nery Júnior
Se você olhar com atenção, amigo, sem o ódio ideológico que vocês demonstram, a esquerda "pensa", subverte e agita, mas quem realiza é a direita.
NOvas pesquisas continuam apontando Bolsonaro na frente
A matéria muito bem articulada apenas retrata uma situação atual na visão do escritor. Interessante que os bons se omitem
Cruz Credo professor... Paulo Guedes com preocupação social? Tá mesmo preocupadíssimo com a possibilidade de as grandes fortunas virem a ser taxadas. Preocupado demais deve estar em poupar os pobres empresários da carga que carregam nos ombros, já que os livrou de quase todas as responsabilidades trabalhistas. O povo brasileiro deve estar muito feliz com o presidente que por hora só deixou morrer 85 mil infelizes velhinhos de 06 meses a 100 anos, afinal ele está tão preocupado com sua nação, que até pra Emas do palácio ofereceu Cloroquina. Já tomou professor?