O cartaz anuncia a semana dos mototaxistas. Durante sete dias, concentramos nossa atenção no trabalho de centenas de jovens, uns poucos no limite da juventude, comprometidos em prestar um serviço comunitário indispensável. O nosso atestado de reconhecimento não sai necessariamente em função da semana. O atestado é o serviço prestado. Nesta coluna e neste site, o atestado público que, temos certeza, leva o carimbo dos nossos leitores.
O Aurélio descreve homenagem como um ato de respeito, de consideração e de cortesia. Vai além e declara ser uma promessa de fidelidade do vassalo ao senhor feudal. Pois é a esses senhores que nos referimos neste momento.
Nas ruas, sol a pino, poeira e lama, em cima de uma motocicleta a vencer miríades de quebra-molas e outros monstrengos tais, eles nos servem. Com presteza nos servem.
Atendem ao nosso chamado e vêm. Trazem as nossas encomendas e nos transportam ao nosso destino. Eles nos servem, carece repetir. Não podemos nos esquecer que eles nos servem. Não importa que estejamos pagando. Não importa que sejam profissionais. Eles prestam um serviço comunitário fundamental. Cumprem a obrigação sem insinuar agrado; o que não nos libera de agradá-los. Um troco deixado aqui ou um acréscimo voluntário acolá não afetará o nosso orçamento.
E vamos nos conscientizando que em os tratando bem, também somos bem servidos e seremos pelos outros bem tratados. Entendemos que enfrentam os perigos do trânsito, o perigo de assalto, a chuva e o vento, encaram a desvalorização das suas motos e pagam combustível caro.
Enfim, torcemos pela manutenção – e pelo aumento - da clientela dos bravos mototaxistas de Paulo Afonso na esperança da regulamentação completa e definitiva da profissão. Agradecemos a eles o serviço [bem] prestado e dizemos MUITO OBRIGADO.
Francisco Nery Júnior
E a homenagem fica estendida a todos os motoboys de Paulo Afonso e região.