O domingo é o dia que reservamos para a meditação. Convite, compromisso e ocasião de busca ao Senhor Supremo de todas as coisas. O domingo, de dominus, senhor em latim, sugere um ser muito acima de nós a controlar o sistema onde vivemos, minuciosamente montado que funciona e sobrevive há milhões de anos. Para os que admitem, um Deus senhor que se confunde com o amor [e] que se fez amigo próximo. Estamos a escrever num domingo.
À nossa volta, o próximo palpável, aquele com quem convivemos e em relação ao qual somos tentados, por assim dizer, a nos decepcionar. Ele, advindo daquele Criador, como nós também, traz dentro de si contradições que nos induzem à decepção.
Muitos (sempre nós no meio) cultuam e clamam ao Senhor que dá nome ao primeiro dia da semana. Uns vão além: pulam e gritam; levantam os braços e esperneiam. E quanto mais gritam, mais parecem nos decepcionar (vide as “decepções” registradas nas escrituras).
A bíblia, palavra de Deus para os que creem, nos prepara de antemão para os nossos questionamentos. Um dos alertas registrados é o que afirma que “os filhos das trevas são mais astutos que os filhos da luz”.
E vamos encerrando levando em consideração que o título promete que a crônica seria breve. Então, encerramos, sempre verificamos que os que separamos ao lado, às vezes os taxando de “malandros”, nos parecem mais conciliadores que aqueles outros. São menos birrentos, talvez menos julgadores e parecem mais se esforçar para o relacionamento mais possível em grupo ou sociedade.
Creio termos tecido algumas considerações sobre o relacionamento uns com os outros, alertas que seríamos “os mais infelizes dos homens”, se a nossa esperança parasse por aí. Então comeríamos e beberíamos sabedores que “amanhã morreremos”.
Francisco Nery Júnior