Está no site. O deputado Mário Júnior agiliza reuniões com figurões da República para viabilizar as obras que permitirão a chegada da água do São Francisco a seis localidades da zona rural. Que Deus o abençoe e recompense. Se o sertanejo é um forte – e [ele] é! –, que tenha água! Falamos de água. Somos na maior parte água! Bebemos água! Só produzimos com água... que está ali no rio, bem pertinho do produtor – ávido por ela!
Uma das razões para o senador Antônio Carlos Magalhães ter sido contra a chamada transposição do rio São Francisco – como a maioria dos experts - é o fato de o rio cortar a Bahia, de sul a norte, e pessoas e gado morrerem de fome e sede a pouca distância do leito do rio.
A observação, constatação, ou o que o valha é: por apenas (A P E N A S) 5 milhões de reais, seis localidades terão água para trabalhar e produzir (um outro projeto subsequente contemplará mais dez localidades). Os campesinos virarão cidadãos com letra maiúscula. Produzirão! Tornar-se-ão brasileiros fortes parte de um país que quer ir pra frente. Corroborarão o desenvolvimento. Não precisam de esmola. Precisam de água para, repetindo, trabalhar e produzir.
O pensador, por vezes, cai num poço de incerteza e se sente um imbecil. Mas como não se sentir quando constata que seis localidades de gente (trata-se de gente!) ficaram privadas da água bem ao alcance das mãos por anos a fio quando apenas cinco milhões, que por outro lado são gastos em campanhas, projetos e roubalheiras fúteis, não foram disponibilizados? Onde as prioridades do orçamento? Onde o amor ao próximo? Onde a sensibilidade para se colocar perto e marchar junto com gente de bem que só quer uma pouca d’água para produzir?
O horror de dinheiro que foi gasto (dinheiro arrancado do nosso bolso) nestas últimas eleições que mais serviram para a propagação da Covid-19 com ajuntamentos, beijos e abraços seria suficiente para levar água para todo o Nordeste sofrido e espoliado. Sugerimos, lá pra cima, no início da pandemia, neste site, o adiamento das malfadadas eleições. Fomos desprezados. Fizeram-se de ouvidos moucos. Pregamos no deserto. Alguns, infelizmente, estão a pagar o preço da incúria ou do descaso.
O resto o leitor acrescenta.