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Professor Nery

Se o papa jogasse capoeira

Publicada em 13/02/21 às 22:26h - 698 visualizações

Francisco Nery Júnior


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Se o papa jogasse capoeira
 (Foto: da net)


Aconteceu no Terreiro de Jesus e estourou na Internet. O arcebispo de Feira de Santana, Dom Zanoni Demettino Castro, jogando capoeira! A câmera pegou a fachada da Catedral Basílica de Salvador e, mais ao fundo, as arcadas do prédio da Coelba, antiga Companhia Energia Elétrica da Bahia, na Praça da Sé, onde iniciei a minha vida de trabalho na Secção de Folhas de Pagamento logo após dar baixa do serviço militar na Marinha do Brasil. Não sou capitão (tinha apenas 20 anos incompletos). Apenas reservista. Calculávamos tempo e horas trabalhadas da turma no bico da pena e recebíamos o salário mensal em saquinhos amarelos de um funcionário sênior da Tesouraria. 


A apresentação do arcebispo galvanizou a atenção de todo o Brasil. Foi um espetáculo de dar gosto. Aos 59 anos de idade, exemplo de fitness para os jovens das baladas e dos pancadões. Na roda de capoeira, de terno e colarinho clerical, pernas pro ar e jogo de cintura, a tradição da Bahia, doce gosto de provincialismo, se manifestou através de um clérigo da alta hierarquia da Igreja Católica. Tudo na mais alta complacência dos poderes celestiais. Queremos crer um arcebispo cheio do Espírito Santo saído de algum encontro espiritual dentro da catedral. E a consubstanciação do desprendimento através da capoeira, dança meramente folclórica, herança do passado escravagista do Brasil. 


Se jogássemos capoeira – ah, se jogássemos capoeira! -, o Brasil seria melhor. Estaria mais à frente. Teríamos mais igualdade. Seríamos mais descontraídos e, desse modo, estaríamos melhor contribuindo para o desenvolvimento do país. Justiça social se alcança mais facilmente com desenvolvimento. Foi com a visão desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek que o Brasil avançou fundamentado nos alicerces lançados por Getúlio Vargas. 


Sim, poderíamos também dançar. Dançando capoeira, nos entrosaríamos melhor. E no sentimento de nação, equipe em escala monstruosa, colaboraríamos mais. Mais produziríamos. 

Interessante que quando estamos a desenvolver alguma atividade comunitária, muitas vezes na calada da noite, não menos vezes disfarçados com máscara, óculos escuros e boné para não despertar enciumada e perseguição, o comentário inesperado – data vênia inaceitável - de alguém que nos pega com a boca na botija, na melhor das boas intenções: “A Prefeitura é que devia estar fazendo isso”. 


O arcebispo jogou capoeira. Não esperamos a mesma coisa da parte do papa. O corpo de um ancião de 84 anos não suportaria. Não seríamos nós outros vergonhosamente vis a ponto de exercer tal pressão. A capoeira do papa Francisco, ele a joga de outra maneira. 

Francisco Nery Júnior    




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1 comentário


ISAC DE OLIVEIRA

17/02/2021 - 07:59:32

Joguemos capoeira...


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