Eles são 14.700 em protesto em toda a França e 6.000 em Paris. Proibidos de circular entre as fileiras de carros, nas vias periféricas, eles apresentam suas razões. A interdição entrou em vigor a partir de 31 de janeiro. Os protestos se dão com mais representação nas grandes cidades como Toulouse, Bordeux e Lyon, além de Paris.
A nova regulamentação considera o percurso entre veículos como cortar pela direita. A multa correspondente é de 135 euros (R$880,20).
A partir do final de janeiro, houve um aumento de 12% nos acidentes com motocicletas, o que aumentou a insatisfação dos proprietários de motos. Podemos tomar como base a argumentação [forte] de um dos coordenadores dos vários órgãos que representam os possuidores desses veículos de duas rodas, Jean-Marc Belotti, publicada no Le Figaro de 21.02.2021:
“A especificidade das duas rodas é circular entre as fileiras de carros. Se nos interditam de assim proceder, não serve mais pra nada ter uma moto.”
Quanto ao perigo de andar em fileira, continua Jean-Marc Belotti: “Circular em uma fileira de veículos é muito perigoso. Basta que haja um veículo pesado, um caminhão na nossa frente, para termos pouca visibilidade. No tráfego pesado, quando houver uma frenagem bastante significativa, o veículo de trás pode nos bater na retaguarda nos tornando um sanduíche entre dois veículos”.
O debate continua na França. Enquanto o questionamento não chega por aqui, a recomendação é o uso do bom senso e da precaução.
Francisco Nery Júnior