Mizael Gusmão era engenheiro da Chesf. Vizinho e companheiro de empresa, sempre o vimos reservado e bonachão. Taciturno, talvez. A simplicidade era do seu feitio. Com a música nas veias, organizou um coral, o Coral da Chesf Paulo Afonso. Notas, pauta, tempo, timbres e acordes povoavam a sua cabeça.
Um dos momentos mais sublimes que testemunhei na vida aconteceu na agência da Caixa Econômica. Carece cuidar dos nossos parcos recursos porque sabemos que o INSS sempre nos trairá; trairá nossas expetativas. Então, como que por encanto, entra Mizael e seu grupo. A época, era época de Natal. Sem estardalhaço nem pompa, muito menos hipocrisia, cantaram. Alimentaram-nos a alma. Testemunharam das Boas Novas de salvação cantando. E foram embora deixando a marca desse testemunho gravada para sempre nos nossos corações.
Esse tempo bom pode voltar. Tem que voltar. Nem só de pão vive o homem. Ainda menos só de energia elétrica. Maldita a empresa que se desumanizar. A busca da felicidade nos faz falta. O foco foi rebaixado para segundo plano. Era o lamento sofrido e preocupado do professor Carlos Lessa.
E a força e o prestígio da Chesf têm que se fazer representar.
Francisco Nery Júnior
P.S. A Chesf era humana. Digamos… mais humana. Ela ainda nos ajuda “por fora”. Vale lembrar que ela, como virtual parceira, paga ICMS e nos repassa royalties. A cachoeira sem a Chesf não faria sentido no escopo econômico. Repetindo, nós a vemos como parceira. E o Coral!? Com Semir, Nazaré e os outros tantos abnegados, vai tentando sobreviver sob o comando de Sandro. A Chesf dos pioneiros humanos jamais sairá dos nossos corações.
Viajamos muito por este nordeste,participando dos encontros.....restaram as fotos
Meus sentimentos aos familiares e amigos do grande Maestro Mizael Gusmão. Que ele descanse em paz.
Grande maestro. Fui componente fundador desse coral Chesf de Paulo Afonso. Descansa em paz!