Porque como causa ou por que razão: devemos plantá-las. E cuidar. É uma questão de sobrevivência.
Mais que isso, obediência a Deus. Já no Jardim do Éden, criadas e estabelecidas, surgimos nós. Chegamos depois delas com a obrigação de, como jardineiros do jardim, cuidar delas. Ademais, a ordem – é uma ordem – de crescer e multiplicar não se refere somente a nós. Crescer e multiplicar as árvores!
Interessante que sempre buscamos e procuramos construir maneiras e artimanhas de descumprir. Descumprir uma ordem soberana de Deus; nada mais, nada menos, que de Deus.
Assim sendo, um ex-prefeito, o melhor de todos na nossa avaliação, alegava a caída de folhas, como se folhas não pudessem ser varridas. E um ex-senhor Direc, autoridade máxima da educação estadual na região, atribuía às árvores a culpa e o pejo da praga de cupins. Esta a razão alegada para não plantar uma árvore na sua extensa calçada. Então não escapamos de lembrar o convidado que declinou de degustar o bem preparado, sublime e perfumado banquete ao considerar a sua transformação após as vinte e quatro horas subsequentes.
Não importa que os arquitetos modernistas as desconsiderem. Nós outros não nos esquecemos do seu valor e da arquitetura perfeita da sua formação. Bastavam elas para a contemplação suprema a que aspiramos.
E é tão fácil plantá-las! Jogar, aspergir, incutir, deixar cair, semear; gozar e ser gerente da vida, concessão do privilégio de criar concedido por Deus.
E para quem renitentemente não foi lá, por um motivo ou por outro, melhor considerar o nosso papo de amigos que se consideram e respeitam e, por isso mesmo, o levam sem receio de melindrar.
Francisco Nery Júnior