Para início de conversa, uma convenção: CIEPA, este o nome que sai da mente; muito mais do coração.
Morar em uma casa exige manutenção. Sempre quebra uma coisa e lá vem o técnico em nosso socorro. Certo que o socorrido precisa tomar parte no processo do socorro. Monitorar e acompanhar. Faz parte do processo e os nossos bravos mantenedores devem concordar.
E lá vêm eles! Se despedem, saem, e a coisa volta a funcionar. O contador de energia precisa ser deslocado para a frente da casa, a fibra condutora do Velox tem que ser trocada, um telhado comido pelos cupins dever ser trocado, e assim vai a vida domiciliar, que parece muito mais atormentada pela manutenção da casa quando a gente se aposenta. Jamais diga, nobre leitor, que a aposentadoria é um mar de rosas navegado suavemente numa rede; daquelas bem gostosas do Nordeste do Brasil. Os sulistas não sabem o que estão perdendo!
E eles, os técnicos, ativos e ligeiros, tentam resolver rapidamente o nosso problema. Parafusam, matutam e ... resolvem! Nós lhes somos agradecidos. Agradecemos muito mais de coração que com o – devido – pagamento pelo serviço prestado.
Eles chegam e inevitavelmente tem início uma conversa. Muitos se lembram de nós. Das salas de aula, do Comércio, das clínicas médicas que nos socorrem, das ruas e das memórias; eles se lembram. Como com todo aquele que escreve quase nada sai da cabeça, precisamos conversar. Da conversa vêm as dicas e as informações. A partir delas, as nossas crônicas para o leitor mais atento e interessado, talvez, que o autor.
Procuro saber a sua formação. Vários deles vieram do Ciepa. Lá se formaram e adquiriram a base técnica para o eficiente trabalho de manutenção das nossas casas e dos nossos equipamentos. De novo, eles dão conta! Este o testemunho do autor.
E neste parágrafo específico, o testemunho deles que a formação que receberam no Ciepa dos professores “técnicos” foi fundamental para a decolagem rumo ao profissionalismo da manutenção. Nós outros éramos das matérias “periféricas”, e pronto acabou. E vamos repetir que invariavelmente eles garantem que o curso técnico foi fundamental para a construção de uma base segura para a eficiência técnica.
Antes que surja algum protesto, nós, os periféricos, também fomos parte da formação. Com um mínimo de noção pedagógica, podemos afirmar que todos fomos importantes. As matérias são apenas a provocação para a formação e o afloramento das habilidades.
E o maior agradecimento que poderíamos receber é a satisfação de ver os nossos técnicos darem conta do recado naquilo em que se propuseram atuar. O CIEPA, resumindo o conjunto das outras instituições de ensino de Paulo Afonso, foi fundamental.
Estudei nós anos 80,me formei em Eletrônica em 1988, amava meu querido Ciepa, muito bom.Professora Janete de EletrônicaAriosvaldo de Análise de circuito... E tantos outros.
Sugestão para os que aparecem nas fotos se identifiquem e escrevam um comentário pra gente se lembrar de vocês... Será um prazer.
Noêmia, grande diretora (ao iniciar minha vida no Ciepa; nas palavras que posso publicar): "Menino, estou vendo que você é bem diferente do que me pintaram". E a minha resposta: "Pra você ver o que gente mal intencionada pode destruir!". Toinho, o fiel escudeiro da professora Noêmia, no rastro de gente como padre Alcides, padre Lourenço e padre Mário (depois bispo),sempre ao lado de Noêmia. Juntos (com Helena e Ivone e Nazaré), dinamizamos a área de Educação para o Lar e Técnicas Agrícolas e, com a ajuda do professor Edson - e muita luta - arborizamos o CIEPA. Com a licença do leitor, tenho que registrar que a nossa horta escolar forneceu hortaliças e legumes para a Merenda Escolar. Tenho orgulho em registrar que foi uma honra ter trabalhado com Noêmia e um punhado de gente de valor no Ciepa, professora Vera e Creuza um pouco depois. Tenho que desejar que Deus as abençoe e à sua descendência.
Excelente matéria. Parabéns, nobre confrade Prof. Nery.