Para mim, de saída, considerando que estamos entre amigos, leitores e cronista, a vida só faz sentido no espírito da fé cristã; aquele cristianismo nascente ainda imune aos sabidões de plantão. Sem ele, a nossa conversa não estaria acontecendo [neste momento].
O jornalista Charles Lescurier, no Le Figaro de 22 de dezembro, publicou resultados de uma enquete com 19.000 leitores em 17 países sobre “valores que dão sentido à existência”. Prevaleceram a família, o bem-estar material, passando pela fé e os animais domésticos. Em suma, os ingredientes que nos tornam a vida agradável.
A matéria é longa e a tradução completa tornaria a vida do meu leitor monótona. Como sempre faço após a leitura de uma matéria do jornal, imitando o meu colega de faculdade João José que priorizava o seu gosto na leitura dos comentários (nosso leitor comenta pouco, desprezando o seu potencial de influenciar), fui aos comentários dos leitores do Le Figaro de Paris. Creio que eles sintetizam o que eu, autor desta matéria, teria a conversar com os nossos leitores. Seguem na ordem que apareceram no jornal:
. Surpreendente o escore pífio (fraco) da espiritualidade e das relações amorosas;
. Resumo: trabalho, família, saúde;
. Os franceses perderam a sua fé católica;
. Jesus! ;
. Faltaram dois valores: a ciência e a arte;
. Deus! ;
. É indispensável ter um sentido para sua vida? Alguém não pode simplesmente gozar este pequeno momento passado no Universo? ;
. Amar viver dá um sentido à vida e vice-versa;
. Este mundo é uma oportunidade (chance, sorte) ímpar (única, inaudita).
Entremos em 2022 cientes que somos parte de um projeto sublime e compensador de um projetista muito, muito superior ao que imaginamos; que uma criança nascida em Belém se esforçou ao extremo para nos tornar parte dele [do projeto].
Francisco Nery Júnior