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Professor Nery

Nos tempos de Alonso Maciel, as Casas Pesqueira

Publicada em 07/01/22 às 13:27h - 1244 visualizações

Francisco Nery Júnior


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Nos tempos de Alonso Maciel, as Casas Pesqueira
 (Foto: Arq. Jornal Folha Sertaneja - Acervo Antônio Galdino)

Eram as Casas Pesqueira de Alonso Maciel. Ele pertencia a um grupo de imigrantes que souberam pegar o bonde na hora e na marcha certa. Pioneiros sonhadores que investiram e trabalharam duro para que Paulo Afonso se consolidasse e se tornasse um lugar melhor para se viver. A seu modo, na dureza que se impunha, alcançaram o sucesso. 


Sem diploma de economia, usaram o tirocínio, navegaram na onda do futuro certo da cidade – na cabeça deles não ia acabar – e bombaram os seus negócios. Eram os empresários dos nossos primórdios. 


Três lembranças de Alonso: a primeira, que denota prudência, foi quando lhe sugeri montar uma grande supermercado na Apolônio Sales, daqueles que eu entrava quando de férias em Salvador para distrair a mente, sondar as novidades e comprar uma delas (ainda não existiam os shopping centers). Assim eu argumentava. A dúvida, porém, desta vez lhe bateu na cabeça e ele preferiu esperar a poeira baixar após a construção das usinas de Moxotó e PA-IV. O G-Barbosa se instalou e Alonso como que se acomodou. Me vem à cabeça a afirmação de Aristóteles Onassis: “Se você não estiver sempre querendo mais, terá sempre menos”. A afirmação vai muito além da ganância. 


A segunda lembrança se refere ao gosto do empresário pelo “chão da fábrica”. Na devolução de garrafões de água mineral pelo pessoal do Banco do Brasil, faltava um garrafão. Alonso não contou conversa e se dirigiu, pessoalmente, à agência. À censura de uma funcionária ao ato, o comentário de uma outra: “Por isso ele chegou onde chegou”. 


A administração José Ivaldo levou a sério a arborização da cidade. Colaborei alguma coisa para tal. Sondamos Alonso e plantamos uma árvore ao lado da Pesqueira Um. A árvore cresceu e se tornou propriedade única e inegociável de Alonso Maciel. Ao redor, uma proteção tipo cavalete ou o que o valha. Era um estacionamento privativo. A árvore e a sombra eram privilégio único e intransferível dele. 


Alonso passou e com ele a amada árvore. (Alonso, como nós outros, era capaz de demonstrar amor pelas árvores.) Em vão, algumas vezes, em consideração ao seu ato, ou testemunho de responsabilidade pelo meio ambiente; em vão tentei, junto aos responsáveis pelo atual supermercado onde funcionava a Pesqueira Um, plantar uma nova árvore no lugar da velha. 


A propósito, na área não existem árvores! Ademais, nada de urbanização. A Amâncio Pereira, onde o calçamento da Vila Poty praticamente começou, carece de urbanização. Na área, os empreendedores respeitáveis de hoje: F S Copiadora, Barbearia de Ribeiro, Mercado de Frutas e Legumes Municipal, Imobiliária de Lourival, Magazine Cinderela, dentre outros. A urbanização de vários locais da cidade avança rapidamente. A inclusão de melhoramentos na Amâncio Pereira nos faria felizes a todos nós. 


Na Poty a cidade nasceu. Consolidou-se e se desenvolveu. Na Poty, a esperança permanente de uma cidade que veio e chegou para ficar. 


Francisco Nery Júnior




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5 comentários


SAUL CAMBOIM

13/01/2022 - 14:43:45

BELA MATÉRIA DO INTELIGENTE PROFESSOR NERY; CONHECÍ O ORA SAUDOSO ALONSO MACIEL NA ÉPOCA DA RÁDIO POTY QUANDO FUI MAIS O RADIALISTA FERNANDO PEREIRA NA BUSCA DE PATROCÍNIO E QUE ME DESCULPEM EMPRESÁRIOS ATUAIS,ALONSO MACIEL É INESQUECÍVEL QUEM NÃO LEMBRA DA DISTRIBUIÇÃO DE PEIXES NA SEMANA SANTA ? E OS SHOWS COM ARTISTAS FAMOSOS NA APRESENTAÇÃO DO SAUDOSO GILBERTO LEAL ? PARABÉNS PROFESSOR NERY,PRA VOCÊ EU TIRO ME CHAPÉU. 4


Jaime Jackson Gomes Freire

11/01/2022 - 22:17:33

Alonso Maciel Ferreira. Foi realmente um grande comerciante em Paulo Afonso. Homem de visão.Amigo do meu pai e logo também fiquei seu amigo.Sempre vendia o café Paulo Afonso na Casa Pesqueira. Alonso era um homem de bom coração participava das festas de final de ano. Com brindes ao Pastoril de GilbertoLeal.BELA lembrança desse pioneiro guerreiro. Knk


Aníbal Alves Nunes

08/01/2022 - 18:33:57

Tive o privilégio de trabalhar como publicitário dos Supermercados Pesqueira, pintar logomarcas nos veículos e estampar as laterais dos furgões refrigerados, levando imagens de Paulo Afonso para onde fossem. Um cidadão determinado que ajudou a desenvolver o comércio do município e da região.


Professor Galdino

07/01/2022 - 21:38:00

Refazendo o comentário anterior, com algumas correções:De fato, Professor Nery, o Bairro de Fátima, antiga Vila Poty, na Ilha de Paulo Afonso, é mesmo desprovida de arborização. De cima da Barragem da Usina Paulo Afonso 4 dá pra se ver perfeitamente essa diferença entre a área do antigo Acampamento da Chesf, hoje Bairro Chesf e a Vila Poty, hoje Bairro de Fátima. Enquanto no Bairro Chesf, onde estão cerca de duas mil e quinhentas edificações, quase não se consegue ver as ruas, no Bairro de Fátima, a pouca arborização que existe fica nos quintais de algumas casas, quase sempre. E temos acompanhado o teu empenho para que a cidade tenha mais árvores. Infelizmente, uma pregação no deserto dos insensíveis.


F.Nery Jr.

07/01/2022 - 17:55:11

Havia os shows patrocinados por Alonso, distribuição de alimentos na Semana Santa e apoio a campanhas meritórias não mencionados no texto por se tratar de uma crônica. Da parte do autor, comentários neste espaço seriam enriquecedores.


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