Eles são ocupados e trabalham muito. Levam bastante a sério a obrigação de providenciar o pão de cada dia para suas famílias. O que poderíamos esperar seria um ávido anelo por um merecido descanso; pequeno que fosse. Ao contrário, lançam-se no afã louvável de plantar árvores. A referência é para os – cada vez mais numerosos – plantadores de árvores em Paulo Afonso.
Não ganham para isso. Nem um centavo dos cofres públicos entra nos seus bolsos. Ao contrário, reais sempre acontecem sair em despesas eventuais. Na falta de um programa compreensivo de arborização da cidade, lançam-se, sozinhos, sem pompa nem estardalhaço, na tarefa de plantar árvores. Além da doce, sublime e espiritual interação com um ser vivo – uma árvore é um ser vivo! -, sabem ser o plantio um dos caminhos certos para um melhor viver na comunidade; viver de todo e qualquer cidadão pagador de impostos. Como o professor Rubem Alves em relação à eutanásia, diríamos, com toda a ênfase do professor, tratar-se de um direito.
Quando qualquer um de nós entra no antigo Acampamento Chesf, logo sente a diferença para melhor: clima mais ameno, temperatura mais baixa e melhor sensação de conforto. Sempre é bom lembrar o resultado de uma aferição de temperatura no estado de São Paulo: diferença de 10 graus centigrados entre uma área arborizada da periferia e uma rua central da cidade.
Nessa guerra santa (o qualificador alivia o peso do nome), entra agora o empresário Dimas Cirilo. Partindo de Dimas, nenhuma surpresa. Dele, é o que amigos e clientes ousariam esperar. Forte e peitudo, o comum seria recolher-se ao interior da sua academia e tornar-se ainda mais forte em consequência da assistência aos alunos no ideal do corpo perfeito. Ao contrário, saiu para fora e semeou – na realidade plantou -, na praça pública em frente, acácias às dezenas. Breve chegarão à flora e tornarão o ambiente mais aconchegante para todos.
Na área externa da academia e no terraço superior, potes e mudas de espécies variadas. Centenas delas que, de antemão, poderiam nos ter dado a certeza que não ficariam por lá. Explodiriam para longe. Contaminariam docemente o ambiente. O sonhar dos homens de bem não pode ser contido em vasos nem garrafas de qualquer natureza. Um dia explode para além e torna o mundo um pouco melhor.
Francisco Nery Júnior
O poder do exemplo: Embora a matéria já tendo sido publicada em outros meios de comunicação, há dias, alcança, neste momento, muito menos que 24 horas de publicada, 51 acessos. Mérito para Dimas Cirilo. Sem gritaria nem exageros, muito menos hipocrisia abjeta tipo "estamos aqui pra servir", Dimas propaga o bom conviver e a valorização do que [já] tem valor. Importante o papel do site na divulgação. Tem valido a pena.
Parabenizo aos idealizadores do projeto.A natureza agradece!Atitudes como esta, tende a estimular aos moradores não só para a arborização da cidade, como criar o hábito da horta doméstica . Vale a pena tentar.