Ele era para estar aqui. De peito aberto, pra fora, e pujante. Ele plantou uma árvore na Avenida Apolônio Sales! Calma, não é desordem, bagunça, baderna, insubordinação cidadã, nem barafunda. O local é aberto, não há fiação, perigo algum outro e o senhor prefeito é sabedor e garantidor da liberdade de os pauloafonsinos plantarem árvores!
Ele declinou de aparecer na nossa matéria. Provavelmente já leu na bíblia que “todo aquele que tomar o lado do pobre (da árvore) sofrerá perseguição”. Contactado, saiu de fininho e se recolheu à sua “insignificância”. Na ilustração, a foto de uma portentosa árvore! Nem a árvore plantada, nem o autor de um ato nobre de cidadania.
No dia 21 de setembro, para delícia do leitor; gosto, paz e prazer, mais uma vez Velhas Árvores de Olavo Bilac:
Velhas Árvores
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Francisco Nery Júnior