No final de outubro, elegeremos o presidente do Brasil para os próximos quatro anos. É ele quem vai presidir a República. Mais do que explicações, dele esperamos visão. O país precisa crescer para se desenvolver. Melhor dizendo, precisa continuar crescendo.
Na verdade, ao contrário do que adoramos crer, ou afirmar, o Brasil não está deitado eternamente em berço esplêndido. Ele cresce. Desde o descobrimento, vem crescendo. Basta olhar para trás, deixar o espírito tupiniquim de lado, crer em si mesmo, e chegaremos à conclusão que crescemos. Há não mais que cinquenta anos, só os ricos e abastados tinham o que os moradores das favelas ostentam nos seus barracos, muitas vezes barracos só no nome.
Evidente que o crescimento a que nos referimos se deve ao esforço do todos os brasileiros que trabalham. Uns dirigem, outros investem, muitos poupam, levas acordam cedo e suam o suor do trabalho responsável. Crescemos.
Nossos avós pioneiros, aventureiros que foram, deixaram tudo para trás e apostaram na colônia. Vieram as capitanias, a exploração das riquezas minerais, as grandes plantações de cana e café, a industrialização e a conquista da fronteira agrícola, e o Brasil vem crescendo.
Estamos entre as dez maiores economias do mundo! A casa arrumada, a crença em nós mesmos solidificada, bombaremos como a China. Políticas sociais mantidas e investimentos na infraestrutura do país, e cresceremos.
Nessa condução otimista que nos empenhamos junto ao leitor, uma consideração: escolher com responsabilidade a quem entregar as joias da coroa - o desenvolvimento e o futuro da Brasil.
Os países desenvolvidos têm os seus heróis, os visionários que souberam ganhar a confiança dos seus pares e, assim autorizados, traçaram as rotas que conduziram ao desenvolvimento.
Existe sempre o perigo de escolhermos mal. Do grupo dos discípulos de Cristo, o tesoureiro era Judas. Esqueçamos o consolo de vê-lo pendurado em um galho de árvore, depois caído para baixo e as tripas espalhadas pelo chão. Sejamos prudentes, isso sim, em relação à nossa responsabilidade na escolha de quem vai comandar a bolsa ou o esforço de desenvolvimento dos brasileiros.
Nery, você foi fundo e assertivo na sua reflexão.