Os acontecimentos se desenrolam. Hoje à tarde, 08 de janeiro, grupos insatisfeitos com o resultado da última eleição presidencial invadiram e depredaram instituições federais em Brasília. Não deixa de ser uma surpresa – e uma indagação – a facilidade de acesso que tiveram.
Os principais jornais do mundo publicaram, em primeira página, os acontecimentos.
O Le Parisien estampou o apoio mais marcante da parte do presidente francês Emmanuel Macron: “Instituições atacadas no Brasil. Macron promete ‘apoio resoluto da França’ a Lula.” E continua: “Brasil: partidários de Bolsonaro invadem o Congresso, o palácio presidencial e a Suprema Corte”.
O Le Monde publicou: “No Brasil, partidários de Bolsonaro invadem o Congresso e o palácio presidencial, Lula decrete ‘intervenção federal’”.
O The New York Times, mais discreto, publicou: “Baderneiros protestando a eleição no Brasil invadem instalações do governo”.
O The Guardian, britânico, escreveu: “Ao vivo/Lula condena ‘barbarismo’ e critica a polícia brasileira após protestos”.
Em El Clarín argentino, “[Lula] falou de ‘vândalos fascistas’. Lula decretou intervenção federal em Brasília a apontou Bolsonaro [como responsável] pelas invasões”. Segue o El Clarín: “Fúria no Brasil: o país ‘aterrador’ que desafia Lula”.
Ainda no El Clarín, matéria assinada por Marcelo Cantelmi: “O presidente Lula da Silva apenas tomou posse e acaba de receber uma cota tremenda de realismo neste domingo.” E segue: “O Brasil está dividido ao meio como demonstraram as eleições de outubro que consagraram o líder do PT por uma diferença mínima de 1,8% dos votos. (...) Todavia há uma minoria extremista e antidemocrática que se alimenta dessa divisão, condição que não minimiza a extraordinária gravidade dos seus movimentos.”
O jornal cita os protestos dos caminhoneiros após a vitória de Lula e conclui: “Foi uma ameaça e exibição de força sobre o futuro. Essa a noção de que assim serão as coisas.”
Compilação e tradução de Francisco Nery Júnior