O difícil é escrever esta matéria sem dó nem paixão. Muito menos vingança. Mas pobre professor! Cantado, romantizado e agradecido nas ocasiões de festa, resta desprezado no seu canto de resignação.
Mas, paciência. A verdade levou o Mestre à cruz. E eles venceram, a Verdade e o Mestre, assim cremos os cristãos. Os discípulos, os nossos alunos, não são maus. Navegam na onda do modismo, senão da irresponsabilidade de quem não devia tê-la. Maduros muitos outros, para alegria nossa vitoriosos e reconhecidos. Deus os abençoe, dizemos do fundo do coração. Cada aluno bem sucedido é garantia de uma porta para bater em caso de necessidade. Resgate líquido e certo.
Formação em curso, ainda imaturos e inseguros em um mundo cada vez mais individualista, onde os cidadãos morrem de medo uns dos outros, alguns deles começam a partir para a vingança irracional à primeira análise.
Alunos pejados de feridas mal cicatrizadas da infância começam a atacar pobres professores. Irrompem escola adentro dispostos à vingança que não conseguem controlar. O representante da sociedade injusta e cruel, bem à sua frente, ao alcance, é o professor.
E eles os atacam com uma impiedade que deveria nos levar, a nós todos, a uma reflexão com iniciativa e acabativa.
Carece mudar o mundo. Já que os poderes acima de nós se recusam mudá-lo por imposição, insta-nos fazê-lo. De um autor, “Façamos o homem” é um irrefutável convite de Deus para o esforço de construção do mundo e do homem.
Francisco Nery Júnior
"Vou te dar seu contracheque", aparece na última ilustração, é a maior violência de todas, kkkkkkkk.
Ao procurar na internet imagens para ilustrar esse texto do Professor Nery, ouvi de uma pessoa amiga, muito querida, que estava aqui no escritório naquele momento e essa pessoa me dizia... - "essas imagens são muito fortes." E eu, com o muito respeito que lhe tenho lhe disse o que afirmo para todos agora: - Forte é essa violência, o desrespeito instituído contra professores, coisa até incentivada por uns e aplaudida por outros, tão insanos como os agressores, muitos vindos de lares desestruturados e ainda enganados, desde pequenos por ideologias doentias..." E tenho dito. De novo!