Irmão de igreja que sempre tinha um “mas” para obstar. Fiel e zeloso da sua igreja, a qualquer mudança ou proposta lançava o seu “mas”. De um pastor também zeloso e fiel, ouvi serem tais irmãos muito importantes nas igrejas.
Em uma das nossas salas, palestrava um estudante de teologia. Que bom, pensei. Algo de novo e interessante. Vamos sair um pouco das repetições. Pois não é que o irmão, logo na primeira colocação do convidado, resolveu levantar a mão e, mesmo sem a concessão do devido aparte, bradou o “mas” inicial das suas costumeiras objeções.
“Mas o quê, irmão tal”, interferi agora eu, também sem a concessão do aparte. “Deixe o homem falar”. O conferencista abafou e aprendemos todos um pouco mais sobre teologia.
Então apareceu no site a reforma do Parque Belvedere pela Prefeitura Municipal. Talvez no lugar de reforma pudesse ter sido anunciada uma expansão ou acréscimo de alguns equipamentos. O parque foi projetado e executado pelo pessoal da Chesf – para durar; como as obras centenárias da Roma antiga.
O anúncio da reforma suscitou a nossa preocupação. Eu me lembro de uma “reforma” passada quando lambuzaram de cal ou coisa parecida o panteão em memória de Alves de Souza. Eu estava no SPOM na época e me lembro da trabalheira comandada pela professora Dirce Georgina para reverter a mancada.
Felizmente não é o caso da atual reforma. Vimos alguns acréscimos, a manutenção do espelho d’água em torno do memorial e o enchimento do lago adjunto ao pé da barragem de concreto.
Como nós outros sempre procuramos um “mas” para chatear, eu teria mantido as ruínas de uma espécie de choupana ou casa de materiais, no pé da barragem, que resistiu por muitas décadas às investidas das reformas. Para mim era um charme, um testemunho e uma singularidade. Ah, e vimos um pedestal de pedra de um poste de iluminação pintado de cal. Apenas um.
Resta louvar a responsabilidade da Prefeitura pelo zelo e conservação dos nossos logradouros e pela colocação de equipamentos sociais para proveito dos frequentadores, como sempre advogamos nesta coluna.
Pequenos senões ou “mas’s” que tenham aparecido no texto foram em função de manter a boca torta pelo uso do cachimbo e pela tentação de imitar o nosso irmão a quem amamos de coração.
Francisco Nery Júnior
Tá bom, tá tudo bem. Tá legal. Tá tudo em ordem. Data vênia, só não tá muito estético, por assim dizer, o costume de pintarem as construções em pedra in natura (geralmente muros ou divisórias) tão bem planejadas pelos engenheiros da Chesf e mantidas no seu estado natural pelo pessoal do SPOM. Isso acontece em prédios cedidos e vendidos pela Chesf. Está bem, está certo porém. Gosto não se discute. Tá e está