Elas não são um problema. Para a assepsia do mundo, a solução. São parte do equilíbrio da Natureza que está aí há milhões de anos sem precisar de nós. O problema somos nós!
O riozão a recolher os insumos e elas proliferam - para a assepsia ou limpeza do rio. Elas proliferam em profusão de boa vontade. Belamente fazem a sua parte.
Como precisamos produzir energia elétrica, elas nos parecem um incômodo. Enchem os reservatórios e se enrolam nas águas e nas turbinas a atrapalhar o nosso progresso. Sem energia, nada de progresso.
Nos meandros e nos cantos do São Francisco, elas se espalham e nababescamente se alimentam dos nossos dejetos. Fazem a sua parte, já foi dito. [Isto é] ponto pacífico.
Para os nossos projetos, bem verdade, elas se tornam um incômodo. Aqui e acolá, que elas nos perdõem, são um incômodo. Na prainha, verdadeiras carrascas do esporte e do lazer. Adeus aos fins de semana dos curtidores do prazer ao ar livre. Elas entulharam e condenaram a prainha ao abandono e ao esquecimento. Findaram as atividades de suporte aos esportistas e banhistas. Barracas e pontos na virtual falência. Investimentos anulados. Morreu a Prainha!
Um só tufo de baronesa trazido pela correnteza logo se transforma em uma amazônia de baronesas. Se logo recolhida por um simples funcionário da Chesf ou da municipalidade, nada do que estamos a tratar aconteceria. Com um bom funcionário, servidor municipal, em uma canoa qualquer, de volta a Prainha.
Eles existem. Os bons servidores existem. Bem aos nossos olhos, existem. Eles estão por toda a cidade a podar e tosquiar as nossas árvores sem dó nem piedade. Tosquiam e mais tosquiam. Tosquiam, podam e arrasam as ramagens até o último broto. Algumas delas, hoje persistentemente adultas, penaram por anos a se recuperar e a se dar sem desistir. Como os nordestinos, são, antes de tudo, fortes!
Então voltamos às nossas baronesas. Para evitar a profusão da sua expansão - o que nos incomoda e atrapalha - basta a transferência dos nossos hiper competentes podadores para um setor de coleta de tufos de baronesas aportados pelo rio. O salário dobrado! - com as nossas palmas e o nosso apoio.
Heureca, a solução! Setor de podas menos assertivo com novos servidores menos vorazes, mais árvores portentosas agasalhando nos galhos os pássaros tagarelas e dando sombra e consolo aos que padecem.