Ele é vítima de muitos preconceitos. Alguns o odeiam e outros até o perseguem; maltratam. Mas ele é só seguro de si. É exímio caçador e, por isso mesmo, não precisa de nós. O gato é uma figura!
Deitado majestosamente na entrada da casa, muitas vezes na cama ou no sofá, reina como um rei. Lambe-se e rola-[se] a nos desprezar sabedor do nosso amor. E a ele nos curvamos. Ele em casa, fora os ratos.
Estamos a escrever neste 08 de agosto, Dia Internacional do Gato, o primeiro animal domesticado pelo homem. Os egípcios o veneravam. Os franceses mesmo enviaram a gata Félicette ao espaço sideral - antes do homem! Os soviéticos lhe dedicaram uma estátua no centro de Moscou.
No quintal da minha casa, começou a aparecer, furtivamente, desconfiado como deve ser, como lhe convém, como carece ser para sobreviver, o gato Gavroche. Ele é negro como a noite sem luar. Os olhos verdes e penetrantes. A cada dia, chega mais perto a sondar a minha sinceridade em relação a ele. Vem, mia, se aproxima e chega cada vez mais perto. Já bate na porta da cozinha. Come, reparte conosco refeições e vai embora. Mas volta. Providencialmente, é dele que corre Lady, a minha cadela adotada há poucos meses.
E viva Gavroche, talvez pivete em francês; menino de rua de Paris arrojado, zombeteiro, corajoso e intrépido. Assim era Gavroche personagem de Victor Hugo em Os Miseráveis, o livro mais fantástico que já li, primeiro em inglês e, como corolário, no original em francês.
Deixando os preconceitos de lado, vale a pena a adoção de um gato. A recompensa é exponencial. O retorno indizível.
Francisco Nery Júnior
O amarelinho, Pitoco; o marisco, Julius, gatos de Milena.
Eu diria que vale a pena a adoção de dois gatos.Um casal na verdade como o que tenho aqui em casa. Amooo!