Ele foi um amigo de nós todos. Os amigos, conquistados pelo exemplo e pela dedicação de um pai. Os mansos, ah, os mansos herdarão a terra. Envergonham e sempre envergonharão os maus.
Fomos ao sepultamento de Ivane, amigo e vizinho da minha sogra. E lá encontramos amigos outros, gente de valor da nossa terra. Encontramos e, com a nossa presença, acreditamos ter levado um pouco de consolo à viúva, mãe, filho e irmãos seus. De certa forma, nos rendemos à morte física, ao mesmo tempo nos vingando e nos resignando por ela já estar vencida.
Repetindo, encontramos velhos amigos – um favor proporcionado pela morte de Ivane -, outros não tão velhos, mas todos, sem ressalva, com o seu valor no nosso coração.
Destacamos a presença de Adelina, reserva importante de Paulo Afonso, amiga de Vera Campelo, falecida; prima de Semir, e mãe de Téo.
Téo é meu velho amigo canino de dezesseis anos. A amizade surgiu ao vê-lo, controlado na guia, a entrar e sair de canteiros e bancos da praça em frente à catedral. Feliz de Téo em ter Adelina como mãe adotiva e de Adelina em ter o privilégio de amar a Téo. Amar sempre será um privilégio.
Perguntei por Téo, tendo preparado o coração. Idoso e cansado, audição diminuída, mas vivo. Resposta positiva - e alívio no coração!
Por incrível que pareça, vamos agradecer à morte a oportunidade de ter reencontrado uma educadora de peso, com ela ter conversado e rememorado bons momentos e amizades e de ter revisto tanta gente de bem de Paulo Afonso.