Quem não ouve sossega, ouve coitado. A onda de calor chegou a Paulo Afonso. Calor é energia e, sem ela, não vivemos. Somos, tudo e todos, energia.
Torraremos de calor se não nos protegermos contra o excesso. Basta ouvir os doutores da área. Não importa que tenhamos ouvido muito pouco. Ouçamo-los mais – para podermos sobreviver.
Se um termômetro em uma área arborizada marca dez (10) graus centígrados de diferença para uma área no centro ensolarado de São Paulo, é óbvio, cristalino e intuitivo que uma das defesas contra o calorão é PLANTAR ÁRVORES. Por isso elas foram criadas.
Fácil, lógico, construtivo, ação fraternal, ato de sobrevivência plantar árvores.
Fácil constatar: muito mais agradável, brisento ou brisável, tolerável e doce morar no Acampamento Chesf. Ele foi arborizado por entes de cabeça superior à nossa. Pensaram em nós. Como Noé, previram o naufrágio.
E não foram bestas... Moram e sobrevivem nos nossos corações agradecidos.
Em relação ao São Francisco, se não recuperarmos as nascentes ao longo do vale, se não recompusermos as matas ciliares, adeus geração de energia limpa, adeus pródiga fonte de renda, adeus ao Nordeste redimido – adeus Paulo Afonso.
Relaxamos até agora. Tentemos outra vez!
Francisco Nery Júnior